O que fazer em Cunha SP
O que fazer em Cunha – SP: conheça as principais atrações da cidade e saiba como organizar seus dias para um fim de semana romântico ou de descanso, para um feriado prolongado e até para umas férias nas montanhas. E não é só! Vem ver também quais os melhores restaurantes em Cunha e outros lugares para uma visita gostosa!
Não esqueça de ver nesse outro post as nossas indicações das melhores pousadas em Cunha SP conforme a região da cidade!
O que fazer em Cunha – SP
A cidade de Cunha é bem pequena e sem muito agito, muito menos noturno. As atrações da cidade são quase todas naturais: trilhas, cachoeiras, montanhas, lavandários ou culturais, com visitas aos incríveis ateliês de cerâmica. Tudo pode ser feito com calma, porque a ordem na cidade é relaxar. Vou indicar abaixo os principais pontos de visita para você se organizar.
Mas se você estiver apenas em busca de sossego, não se preocupe, aproveite o ar da montanha, a vista da sua janela e relaxe entre os ótimos restaurantes com comida feita na hora e toques de chef e volte recarregado para a cidade grande!
1) Pedra da Macela
Um dos cartões postais de Cunha é a Pedra da Macela, que fica no topo de uma das montanhas da região. Recomendo demais a visita num dia bem aberto e sem nuvens. Lá de cima o visual é de tirar o fôlego: um mar de montanhas e o mar de Angra e Paraty.
E se quiser saber mais sobre a Estrada Real – Caminho Velho de Paraty veja aqui nesse post!
Para chegar lá você vai de carro por 8kms de terra até o pé da montanha que fica no eixo da estrada Cunha-Paraty. Depois precisará subir andando. Todo mundo fala que é uma caminhada tranquila de 5km com um pouco de subida, mas é beeeeem cansativo se você não for dos mais atléticos.
Dá para qualquer um fazer essa caminhada, mas convém levar uma água e ir de tênis macio e protetor solar. Se possível, de boné e óculos. E ao chegar lá, tente não acabar com o clima dos outros com as suas conversas, tem gente que nem vê a paisagem, vai até lá trocar receitas….
Se você for numa época mais quente, o ideal é fazer essa subida logo cedo de manhã, para evitar o sol forte e também para curtir o visual com aquelas cores lindas do amanhecer. Demora mais ou menos 1h20 para fazer a subida, então não precisa acordar tão cedo.
Mas é possível subir em qualquer horário, inclusive à tarde, só se certifique de que o céu está aberto para garantir a vista maravilhosa.
2) Contemplário e Lavandário de Cunha
Na volta da Pedra da Macela dá para visitar esses dois lugares lindos de Cunha: o contemplário e o lavandário. Ambos são plantações, mas o primeiro tem lavandas e ervas e o segundo apenas lavandas. A vista é maravilhosa de qualquer um deles!
O contemplário tem um café e uma loja e fica aberto entre 10hs e 18hs. Eu não fui, mas ouvi dizer que os preços são meio salgados, embora tomar uma bela taça de vinho ali seja certamente uma experiência linda.
Já o lavandário também tem um café e uma lojinha com produtos feitos da lavanda e nos finais de semana é possível ainda marcar uma massagem ( ligue em (12) 3111-6048 e (12) 99777-6922 com antecedência).
É possível ver lavandas floridas o ano todo, pois a plantação é feita em rodízio. Mas a grande atração ali é o pôr-do-sol, espetáculo que precisa de um local adequado para ser visto das montanhas. Fica aberto todo dia das 10hs até o pôr-do-sol.
A Silvia, do Matraqueando, tem mais informações sobre a visita ao lavandário aqui nesse post.
3) Parque da Serra do Mar – Cidade Cunha
O Parque da Serra do Mar na Cidade de Cunha é delicioso e bem cuidado. O núcleo fica a cerca de 20kms por estrada de terra fácil de seguir e tem guias e um centro de visitantes.
A partir do centro de visitantes é possível sair em 3 trilhas: a do Rio Paraíbuna, facílima, em círculo de cerca de 2km de poços e cachoeiras para um mergulho ou simplesmente sentir a energia; a do Rio Bonito que tem cerca de 8km em Mata e chega numa linda cachoeira; e a das Cachoeira que tem cerca de 14kms e margeia os rios Paraibuna e Ipiranga até chegar às cachoeiras do Ipiranguinha, com 4 quedas.
Essas 2 últimas trilhas são feitas com guia e precisam ser agendadas, dê uma ligada no dia anterior porque as turmas saem cedo. Tel: 12 – 3111-1818 ou 3111-2353.
O Parque está aberto diariamente das 8hs às 17hs e não tem restaurante nem lojinha. Sei que parece bizarro esse comentário, mas é apenas para lembrá-lo de levar água, um lanchinho, repelente e filtro solar.
Aliás, uma ótima pedida, caso você não queira fazer nenhuma das trilhas e prefira apenas ficar curtindo a paz ali naquele recanto preservado da natureza, é fazer um piquenique em umas das mesinhas entre araucárias. O barulhinho de água rolando nos rios é o acompanhamento perfeito para esse ótimo passeio romântico. As crianças também adoram ver correr por ali em liberdade e se espantam com as lindas borboletas!
Se você estiver procurando o que fazer em Cunha em um dia apenas, até é possível visitar a Pedra da Macela e o Parque no mesmo dia, mas o ideal seria visitar um em cada dia. Para um dia só seria mais produtivo ir à outras cachoeiras e ao centrinho, já falo abaixo.
4) Cachoeiras em Cunha
A cidade de Cunha também tem várias cachoeiras que ficam fora do Parque. Vou contar sobre as que visitei: a do Pimenta e a do Desterro, que ficam no eixo do Monjolo.
As 2 estão na mesa estrada e apanhamos horrores para encontrar a entrada para a Cachoeira do Pimenta, mas vale a pena. A Cachoeira tem vários “níveis” e por isso mesmo que esteja cheia dá para encontrar um cantinho para ficar tranquilo.
Já a do Desterro é mais fácil de chegar e perigosamente mais perto da cidade, o que torna bem maior a possibilidade de ficar meio lotada, mas é bem bacana também.
As cachoeiras lá de Campos Novos ficaram para a próxima, mas com certeza merecem a visita!
5) Arte e Cerâmica
Já se você gostar de arte e cerâmica, pode fazer um tour pelos inúmeros ateliês da cidade. Todos são legais, mas a “cerâmica de raiz”, da técnica mais primitiva das paneleiras representadas pela lendária Dona Dita que tem até estátua no centro da cidade, praticamente morreu, só há uma paneleira viva.
Os ateliês utilizam em sua maioria o Noborigama, uma técnica oriental para queima da cerâmica em alta temperatura ou a técnica Raku, que é similar, mas tem dupla queima.
No ateliê Gaia, por exemplo, há vários eventos para observar a abertura do forno raku e é preciso reservar para conseguir participar (12 – 3111-3126). Já os noborigamas são abertos com maior espaço de tempo, já que são imensos e demoram meses de trabalho para encher. As aberturas em geral são em abril e outubro, mas dê uma consultada antes para mais informações.
Ainda que você não veja uma abertura do forno e nem goste tanto assim de cerâmica, vale a pena fazer uma visita ao ateliê Suenaga e Jardineiro para ter uma ideia da dimensão do que estamos falando. Lá dá para ver o forno e a quantidade de lenha armazenada para a queima, além das peças maravilhosas!
Você pode visitar os ateliês que quiser, são milhares espalhados pela cidade. Foi um dos meus programas favoritos, já que amo a técnica! Muitos estão concentrados na Rua Alcides Barreta, de super fácil acesso na cidade.
Recomendo uma passada no Casa do Oleiro, especialmente se você gostar de referências espanholas e mouras. Eles fazem uma cerâmica um pouco diferente da habitual, branca e com uma pintura muito particular. Achei as peças fantásticas e até trouxe umas para casa.
A Casa do Artesão também reúne algumas peças de cozinha e mais artesanato.
Mas meu preferido de todos é o ateliê do Lei e Augusto. Até a descrição da história do ateliê no site deles é maravilhosa: “O ateliê foi construído com uma finalidade: a de apresentar a arte da cerâmica para o público. Por esse motivo, foi criado um palco no qual o visitante pode conhecer a produção em detalhe.” Tem como não amar?
As peças são de uma simplicidade encantadora e os preços são mais em conta, uma combinação perfeita! Sem falar na simpatia de todos. Tome cuidado para não acabar passando a tarde toda por lá!
+Extra: Festas do Corpus Christi
Já te contei tudo o que fazer em Cunha, mas se você for no feriado de Corpus Christi terá uma tração extra: a montagem dos tapetes de rua e procissão.
Sempre adorei essa tradição e lembrei cheia de amor da infância lá em Caçapava quando minha vó me fazia levantar da cama na misteriosíssima madrugada para levar café para o pessoal que trabalhava na montagem. Acho incrível o que eles fazem e lindo ver que essa tradição não morreu.
Primeiro o design dos tapetes é feito no chão com giz e depois vão sendo preenchidos e ornamentados com areia colorida, fuligem e outros materiais reciclados ou naturais, mas todos em pó. O tema, claro, é a paixão de Cristo, a morte e a ressureição. A procissão é para lembrar a caminhada do povo em busca da terra prometida.
Não fui ver a procissão porque não gosto de ver a galera pisoteando a arte e também porque é sempre meio chatinho (para mim, que não sou muito religiosa), mas se te interessar, a cidade estava na maior festa!
Restaurantes em Cunha e outros lugares para comer e beber bem!
Ta, não quer andar no mato, não quer subir pra Macela, não quer ver cerâmica nenhuma, tem o que mais para fazer? Comer. Comer. Comer.
Tem tantos restaurantes em Cunha gostosos que nem dá para conhecer todos, além de ser uma fonte infinita de pinhão. Uma pena, na minha opinião, que a maioria seja mais para “chique” do que para “roça”. Não sei se me animo a sair de São Paulo para comer pratos tão elaborados e, principalmente, caros. Mas pode ser sua praia e comer e beber bem sempre vale a pena!
1) dO Gnomo – uma atração de Cunha
Fomos ao dO Gnomo. Super rústico, super pequeno, super charmoso. Uma graça mesmo e o Sr. Gnomo (um gnomo de verdade) cozinha seu prato na hora, ali no meio de todo mundo.
Não é barato e é bom não ter muita pressa, mas a comida é realmente excepcional. Cordeiro e truta num capricho que só quem ama o que faz tem.
Eles utilizam vários ingredientes das fazendas e chácaras locais, contribuindo para a sustentabilidade do turismo em Cunha. Acho uma das melhores opções onde comer em Cunha.
2) Taberna Coração da Terra – Sofisticado e Romântico
Na descida da Pedra da Macela e perto também do lavandário de Cunha fica o restaurante Taberna Coração da Terra. O lugar é bem rústico e romântico e a comida é mais elaborada, mas cheia de ingredientes naturais como o shitake cultivado por eles.
Eles servem a cerveja local, cuja fábrica é quase vizinha e já conto abaixo. Meu único porém fica por conta do preço. Não que não valha a pena, mas se você estiver no modo mais econômico, pode ser melhor escolher outra opção.
3) Cervejaria Wolkenburg – Só para beber
A Cervejaria Wolkenburg fica ali no caminho de volta da Pedra da Macela no eixo Cunha-Paraty. É uma ótima pedida para se dar um “prêmio” pelo esforço da subida, afinal, nada do que uma cerveja de boa qualidade para ser feliz.
A cervejaria tem aquelas mesonas de oktoberfest alemã e em outubro você pode participar do oktoberfest deles, única ocasião em que é servida comida. No resto dos dias é só tomar uma cerveja com uma vista bonita mesmo.
Como a produção é realmente artesanal e pequena, você não de se frustrar se eventualmente chegar lá e o produto tiver acabado. Acontece. Eles tem 4 tipos de cerveja em chopp e à venda em garrafas.
É bom checar se eles estão abertos e alguém DEVE ficar totalmente sóbrio para a volta, porque a estrada é apertada e sinuosa, ou seja, um perigo.
4) Quebra Cangalha – Para um jantar especial em Cunha
Já o Quebra Cangalha, além de ter uma decoração maravilhosa, traz um misto de cozinha simples e sofisticada. Eu poderia ter comido só as entradas: polentinha como a mamãe fazia (simplesmente divina) e um mix de cogumelos de lamber a cumbuquinha!
Indico muito para um jantar especial, porque além da boa comida e ótima carta de vinho, o lugar é um encanto, todo decorado com a cerâmica dos ateliês locais. É o meu preferido.
5) Delícias da Roça – Comida de Interior de Verdade
O pessoal da cidade não indica muito o Delícias da Roça porque fica mais afastado e costuma demorar um bocado para servirem, mas é perto de quem for ao Parque da Serra do Mar e faz valer cada minuto de espera.
O lugar é bem familiar e faz comida da roça, ou melhor da Roça, com maiúsculas. Lugar que me faz comer carne de porco e lamber os dedos merece respeito. Acho esse um dos melhores restaurantes em Cunha!
Demora porque a comida é feita na hora e com muito carinho e o preço é tão justo que nem dá vontade de sair de lá. Assim que fica pronto eles servem no fogão à lenha: arroz, feijão, couve, farofa, salada e na sua mesa vem a carne. Para aguentar a espera, bata um papo com os donos, tome uma boa cachaça e peça uma porção de mandioca, que é tão bem frita que você nem vai ver o tempo passar. Ah é, e você come à vontade e depois corre para a cama dormir 3 dias!
6) Camaleão – Para um lanche
Não recomendo nem um pouco que você coma no centro da cidade. A comida deixa a desejar, o preço também e demora, viu? Em compensação, se quiser só comer um lanchinho à noite, vá ao Camaleão, lá perto da Igreja Matriz.
O hamburguer é caseiro, a batata é sequinha. Delicioso e barato, perfeito para variar um pouco onde comer em Cunha. E aceita cartão, coisa raríssima na cidade!!!!!
7) Fazenda Aracatu – Para trazer para casa
A Fazenda Aracatu vale demais uma parada. O lugar é muito lindo e lotado de delícias para você levar para casa: doces, geléias, queijos, sorvetes e todas as delícias produzidas na região.
Em algumas épocas eles servem deliciosos caldinhos e um bom café da roça é obrigatório!
8) Doceria da Cidinha – Para adoçar a vida
Para fechar com chave de ouro, passe na Doceria da Cidinha e compre o maior saco de suspiro que tiver. Durinho por fora, molinho por dentro, simplesmente derrete na boca. Se comprar um saquinho pequeno como eu fiz, vai ter que voltar e comprar outro!
A Cidinha também tem balas de côco, chocolates e outros doces, além de servir um bom cafezinho, mas não deixe de experimentar o suspiro e depois volte para me agradecer.
Para dicas de onde ficar em Cunha, não deixe de ver: Pousadas em Cunha. E se quiser visitar outras cidades parecidas, conheça também Gonçalves e Aiuruoca.
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Oi Lulu! Olha só, em um bate e volta de Paraty a Cunha dá para conhecer algumas coisinhas sim! Eu acho que se você for bem cedinho dá tempo de conhecer a Cachoeira dos Pimentas, que é bem pertinho da cidade, visitar o lavandário e uns 2 ateliês de cerâmica, com uma parada para almoço em algum dos deliciosos restaurantes da cidade! Ou, se chegar mais para o meio da manhã eu deixaria a cachoeira de fora e visitaria o lavandário e os ateliês, com uma boa parada pro almoço. Divirta-se! =D
Amei o post. Estou planejando alguns dias em Paraty e tinha anotado para ir ao lavandário. Mas pelo seu post acho que é viável fazer um bate-volta de 1 dia e curtir outros pontos de Cunha. O que você recomenda?