O que fazer em Beirute
O que fazer em Beirute: vem ver o que visitar nessa cidade incrível, a capital do Líbano. Vamos falar se é preciso ter um guia do Líbano, como visitar as mesquitas e igrejas de Beirute, quais os bairros que merecem sua atenção e comentar o surpreendente Museu Nacional de Beirute.
Vamos lá?
História de Beirute
Beirute era uma cidade do meu imaginário, fui com altas expectativas. Fiquei um pouquinho chocada com a decadência física, mas entendo, afinal a recuperação de tantos conflitos demora e depende de uma economia saudável. De qualquer forma, me senti andando pela história e amo um lugar com cara de antiguinho.
É a maior cidade do país e concentra metade da população deste, cerca de 3 milhões de pessoas. Estar na beira do Mar Mediterrâneo fez dela um importante porto e ponto comercial desde o século XV a.c quando foi fundada pelos fenícios. Já passou pelas mãos dos assírios, gregos, romanos, bizantinos, egípcios, turcos, otomanos, árabes, franceses e ingleses.
Esse monte de povos que passaram por ali fizeram de Beirute uma das cidades mais miscigenadas e cosmopolitas do Oriente Médio, uma das poucas com alta diversidade religiosa.
Transporte em Beirute
Beirute não é uma cidade muito grande, mas o transporte público é deficiente, então é preciso se deslocar de táxi ou Uber. Existe na cidade um sistema de táxi compartilhado mucho loco, chamado servee. Basicamente você fica parado no meio da rua (uma via principal do bairro) e encostam uns carros comuns vindo bem devagarinho.
O carro para ao seu lado com a janela aberta. Começa um diálogo. Você pergunta se é “servee” e se ele disser que sim, você diz para onde vai. Se ele estiver indo pros mesmos lados, manda você entrar e te leva. Se ele estiver indo para outro lado, vai fazer que não e sair andando. Usamos várias vezes e foi sempre tranquilo.
Custa 2.000 libras libanesas (LPB) por pessoa nas distâncias entre os bairros Hamra e Mar Mikhael (a zona turística) e o preço é fixo. Se for para áreas mais longe, custa 4.000 LPB por pessoa.
Porém, você sempre precisa perguntar claramente se é servee ou eles vão te cobrar a mais ou vão cobrar o preço do “taxi”, que nada mais é que a mesma coisa, mas exclusivo para você. Confirme o preço, sempre. No serviço “táxi” eles cobram a partir de 5.000 LPB, dependendo da distância.
Nem sempre o motorista fala inglês, em geral eles entendem o bairro e por isso ou por conveniência deles, costumam deixar a pessoa na parte central da área. No nosso caso, dávamos o nome da rua do hotel, que era bem conhecida, e quase sempre eles nos deixavam 2 quarteirões antes, numa esquina em que eles faziam retorno.
Estude um pouco o mapa da cidade (mas dá pra ir seguindo no celular) e evite esse esquema se for mulher sozinha. Apesar de termos pego várias vezes com mulheres sola, elas eram locais e entendiam a conversa em árabe enquanto nós, não.
O Uber funciona normalmente, é só um pouco mais caro que o servee. Se estiver sozinho, opte pelo Uber. No mais, ande a pé, que é sempre a melhor forma de conhecer uma cidade.
Se quiser andar num daqueles ônibus Hop On Hop Off, em que podemos subir e descer várias vezes, tem aqui e sai da Praça dos Mártires.
O que fazer em Beirute – Bairro a Bairro
Há muito o que fazer em Beirute e a cidade tem vários bairros interessantes, então vou separar as atrações pela localização. Assim fica mais fácil para você se organizar dia a dia. Veja abaixo todos os lugares indicados no mapa:
Hamra e Ras Beirut
Hamra é um bairro comercial super ativo, cheio de lojas, restaurantes, bares e hotéis que inclui a vizinhança de Ras Beirut também.
Considero essa a melhor área para se hospedar, com opções para todos os gostos e bolsos. Tem tudo muito perto: bancos, muitas opções para comer, beber e festar, algumas atrações interessantes e é perto da praia em Raouche.
A região mais próxima da praia tem opções mais caras, mas você consegue encontrar hotéis bem confortáveis e mais em conta pela Hamra Street e ruas adjacentes.
Me hospedei no Mozart Hotel, que atendeu bem pelo preço e o ótimo café da manhã (o restaurante era bom para refeições também). O serviço não era super simpático, mas funciona. O quarto era enorme, com cama e chuveiro excelentes e muito limpo. A localização é ótima, fizemos muita coisa a pé e era fácil de usar o servee, porque Hamra é bem movimentada e sempre tinha carros indo para lá.
Próximo do Mozart fica o Queens Suite, que me pareceu um pouco melhor. Já se puder gastar mais, o Lancaster Plaza e o La Vida tem vista para o mar e para Raouche, enquanto o Movenpick tem até praia particular! Mas para qualidade 5 estrelas escolha o Intercontinental La Vendôme.
As atrações de Hamra e Ras Beirut são as lojas, estúdios e galerias de arte como a Saleh Barakat Galery, que fica num cinema abandonado, além dos restaurantes e bares de suas redondezas onde se come muito bem.
Hamra tem 3 restaurantes maravilhosos: o Salon Beyrouth, o Hamra Cafe e o Mezyan, nessa ordem de excelência. O primeiro é um restaurante, mas também é um interessante jazz bar.
O Hamra Cafe tem um pátio interno que é a razão de estar sempre cheio. Suas confortáveis mesas ao ar livre são ótimos para a atividade preferida dos libaneses: jogar conversa fora fumando um narguillé. O menu é extenso, mas sugiro que vá de buffet. Embora não seja barato, você se serve à vontade de uma comida excelente no melhor estilo mezze libanês, em que é servido um pouco de muitas coisas.
Agora o Mezyan foi meu queridinho. Fui mais de uma vez porque me apaixonei pelo ambiente gostoso e pela comida ma-ra-vi-lho-sa, que é libanesa, mas com toque moderninho. Ótimo para vegetarianos e veganos, porque tem mais opções e os preços são bem em conta. Experimente a berinjela recheada e seja feliz.
Chegar no Mezyah pode ser complicado. Ele fica no segundo andar de um prédio comercial que chama Rasamny Building e fica no n. 505. Rodamos pela rua várias vezes procurando o endereço até encontrarmos.
Outra atração de Hamra é a sensacional Universidade Americana. É uma das mais prestigiadas e caras universidades do Líbano e dá a maior vontade de estudar nos seus lindos prédios e jardins bem cuidados. Apenas por curiosidade, é um dos poucos lugares em que fumar é proibido em Beirute.
Dentro da Universidade fica o Museu Arqueológico, que é bem interessante. É pequeno, mas bem organizado pela Universidade, portanto, rico em informações. As peças são do Líbano, Síria, Irã, Iraque, Chipre, Egito e Palestina e a entrada é franca.
A Universidade também é a razão de boa parte da agitação na área. Graças aos estudantes as ruas ao redor dela são lotadas de bares. Tem muita música, inclusive ao vivo, muito fumacê e cerveja barata. É divertido pelo menos dar uma passada no começo da noite, que não tem hora para acabar. Fomos ao Rabbit Hole, que era bem simpático (mas sente do lado de fora se não quiser ser defumado) e também gostamos do vizinho London Bar.
Raouche e Corniche
Essas áreas são praticamente parte de Hamra e os hotéis são os mesmos indicados acima.
O Corniche é a orla do Mediterrâneo que começa lá no Centro e vai até a praia em Raouche. Tem outros nomes, mas o que importa é que é a avenida que margeia o mar. Quase todas as praias do Líbano são fechadas e o acesso é por animados e caros clubes de praia. Em Raouche dá para curtir uma parte livre da praia.
Andar pelo Corniche é maravilhoso, cheio de gente passeando, namorando, fazendo exercícios e comendo de frente para aquele visual. Há muitos (caros) restaurantes e cafés.
Vale a pena experimentar um dos fantásticos doces do Ahmad Aouni. Já o Bay Rock Cafe, que fica bem de frente para as Raouche ou Pigeon Rocks é uma opção bacana para ver o pôr-do-sol.
As Pigeon Rocks são um dos principais cartões postais de Beirute e não é à toa. As duas pedras que brotam do mar bem onde o sol se põe formam um quadro estonteante. Há passeios de barco que contornam as rochas, mas só de ficar ali na orla de frente para elas já é demais!
Uma boa sugestão é visitar as galerias e a universidade de manhã, almoçar num dos ótimos restaurantes de Hamra, passear pela praia e Corniche a tarde, terminando com o pôr-do-sol nas Pigeons Rocks. Se animar, fique para o Happy Hour. Se tiver pouco tempo na cidade, caminhe só por uma parte do Corniche ou corte algum dos locais e faça o resto em meio dia.
Centro e Igrejas de Beirute
O Centro de Beirute é bem pitoresco. Começa logo depois de Hamra e vai da Zaitunay Bay até a Praça dos Mártires.
Além de ser uma importante área comercial, financeira e política e ter alguns dos hotéis mais caros da cidade, também é nessa região que ficam muitas mesquitas e igrejas de Beirute e vários prédios históricos.
Essa é a única área em que pode ser interessante visitar com um guia do Líbano para ter mais detalhes. Uma boa opção é fazer um walking tour gratuito, como esse que rola às terças e quintas
Magníficos hotéis da área são o Four Seasons, que tem uma vista da marina de cair o queixo, um lindo Hilton, o Le Gray, considerado um dos melhores hotéis de Beirute com sua vista maravilhosa do centro e um fantástico bar no rooftop e o Etoile Suites, que fica na praça principal e tem um estilo bem clássico.
Vou começar falando do antigo Holiday Inn. Esse prédio abandonado já foi um dos mais chiques hotéis da cidade e foi invadido no começo da guerra civil libanesa num episódio conhecido como a “Batalha dos Hotéis”, em que os diferentes grupos que lutavam invadiram hotéis luxuosos e fizeram deles seus QGs. O Holiday Inn não foi restaurado depois como outros hotéis.
Essas conquistas eram “territoriais” e como os prédios eram altos, eram usados para controle e disparos. Bizarro. Eu não fui até lá, mas passei na frente e meu taxista fez esse relato porque simplesmente tudo é história no Líbano.
Depois de alguns anos de batalha dos hotéis, a cidade acabou dividida. Os cristãos ficaram no leste e os muçulmanos no oeste, separados por uma linha imaginária chamada Green Line.
Bom, comece a expolorar o centro pela Praça Nejmeh ou Praça Estrela (pelo formato) que tem um mix de arquitetura romana, francesa e moderna. No centro dela fica a Torre do Relógio e ao redor estão restaurantes e cafés classudos e muitas ruas de souk, os bazares libaneses que aqui foram todos reformados e só abrigam lojas de grife, com exceção do souk El Tayeb que é apenas de comidas.
Essa região é linda, com prédios restaurados e muito limpos. Por ali só circulam carrões e pessoas que podem gastar muito. Esse clima de riqueza junto à abundante segurança acaba inibindo a ocupação da área, que é bem inóspita.
Imagino que em outros tempos devia ser cheia de vida, com os bazares e as muitas mesquitas e igrejas da área lotadas, mas hoje o movimento é tão pequeno que me deu certa tristeza. A melhor opção para comer ali é o clássico Café Étoile com suas mesinhas na calçada, mas os preços são salgados.
De qualquer forma, dali você tem muito a visitar. À oeste da praça, depois da escadaria, ficam o Parlamento, as ruínas dos Banhos Romanos, o Grand Serail, que é a residência do primeiro ministro, e a St. Louis Church.
À leste ficam as mais importantes mesquitas e igrejas de Beirute: a Igreja Católica Maronita de St. George, a Igreja Católica Ortodoxa Grega de St. George, a Igreja Ortodoxa Grega de St. Elie e a Nouriyeh Virgin Chapel, além da Mesquita Al Omari, a Mesquita Amir Assaf e a Mesquita Al Amine. Sério, tudo isso está concentrada numa pequena área do centro de Beirute, rodeada de ruínas do período romano, provavelmente de outros templos dedicados à outros santos.
Gostei particularmente da Igreja Ortodoxa Grega de St. George, a mais antiga da cidade (século IV d.c.) e da Capela da Virgem Nourieyeh, a nossa senhora da luz. Essa é bem pequena e parece uma caixa numa maquete, de tão bonitinha e encaixada no espaço.
Já entre as mesquitas a mais exuberante é a Al Amine Mosque, que é um cartão postal de Beirute. A Al Amine meio que substituiu a Al Omari, mas essa tem uma história bem mais interessante. Ela foi construída como igreja de São João Batista no século XII sobre as ruínas de um templo romano do século III. Foi logo em seguida convertida em mesquita e considerada sagrada porque São João seria correspondente ao profeta Yahya, do Islã. Adoro esses rolos.
Para entrar nas mesquitas, é preciso seguir os protocolos: homens entram por uma porta e mulheres por outra, os sapatos devem ficar na entrada, as mulheres devem vestir um chador (uma vestimenta da cabeça aos pés) que é emprestado na porta e os homens não podem estar de bermuda nem regata.
Saifi Village e Beit Beirut
À leste da mesquita Al Amine começa tecnicamente Saifi Village, mas você pode considerar ainda o centro. Ali fica o mausoléu de Rafic Hariri e na sequência dele, a estátua dos mártires. Senta que lá vem mais história.
Hariri foi um político que contribuiu com o fim da guerra civil nos anos 80 e posteriormente, como carismático primeiro ministro, focou na reconstrução do país, até porque tinha feito fortuna na Arábia Saudita e queria ganhar ainda mais.
Em 2005 Hariri foi assassinado num atentado cuja autoria é desconhecida e virou uma espécie de mártir, um representante da vontade do Líbano de se libertar de seus invasores, entendidos como as tropas Sírias que estavam no país desde o começo da guerra civil (a Síria foi seriamente acusada de mandante do assassinato) e Israel (embora o Hezbollah, que era a resistência à Israel, tenha sido acusado também).
É uma história obscura, porque Hariri não era mais do governo e ninguém sabe exatamente de que negociações ele vinha participando que possam ter causado esse fuá, mas é daqueles episódios cujas consequências ecoam no tempo.
A estátua dos mártires homenageia combatentes mortos em 1916, mas seu tema continua atual e dá um toque dramático ao vizinho mausoléu de Hariri. Durante a guerra civil, foi bem metralhada e os buracos estão lá até hoje, representando os muitos mortos dessa guerra e fazendo um lembrete de que ninguém a venceu.
Termine o passeio descendo para o sul. Você vai passar pelo Dome, também conhecido como Egg. É um prédio esquisitão que deveria ser um cinema, mas ficou inacabado por causa da… guerra.
Continue descendo pelas ruelas do Saifi com seu estilo colonial que lembram Paris até chegar ao Beit Beirut ou Museum of Memory.
Conhecido como a Casa Amarela, essa construção em estilo otomano fica num ponto crucial da famigerada Green Line. Funcionou como um posto de controle.
O prédio foi bem destruído na guerra e recentemente transformado neste memorial com objetivo de colaborar na conservação da história e recuperação do país.
É impossível ficar indiferente ao ver os postos de atiradores e as marcas de guerra, mas as lindas exposições e shows realizados atualmente levam à um processo de entendimento e cura. Fiquei emocionada quando estive lá e tomei mais uma lição de história e resiliência. A entrada é franca, visite!
Esse visita ao centro, igrejas de Beirute e Saifi Village vai depender das suas paradas, mas vai demorar mais de meio dia.
Para a noite você pode visitar um dos incríveis bares e restaurantes nos rooftops da área ou as baladas sem fim perto da marina como o Iris Rooftop, o Skybar, e os clubs O1NE e Discotek Beirut Waterfront.
Gemmayzeh e Soursok
Esses dois bairros surgem logo depois do centro e são simplesmente deliciosos, com uma vibe mais moderna e artística.
Vá até a rua Garoud (também chamada de rua Gemmayzeh) na altura da escadaria St. Nicholas e explore a partir dali. Tem várias lojinhas e pessoas interessantes por todo lado. Visite as galerias BAR e Carwan, ande ali pela Garoud, depois suba as escadas para curtir a vibe relaxada que rola no meio dela ou visite o Museu Sursock, lá em cima.
O prédio do Museu era a antiga residência da família Sursock e é maravilhoso (ao lado fica o palácio Sursock, que você pode espiar, mas não entrar). As lindas peças são de arte contemporânea. Abre de quarta à domingo das 10hs às 18hs e é gratuito. Nos seus jardins funciona um restaurante super charmoso para um café.
E por falar em restaurante, fica em Gemmayzeh um dos restaurantes mais gostosos de Beirut, o Le Chef. É pequeno, simples, com cara de antigo e serve a deliciosa gastronomia libanesa raiz. Não deixe de provar!
Também valem a visita o Urbanista, que é um misto de café e loja, o Demo, que é um bar simpático e se você quiser explorar mais, o Yukunkun, um bar mais underground com muita música.
Não é exatamente o lugar com mais opções de hospedagem. Se quiser ficar por aqui, as opções são o jovial The Grand Meshmoash ou o mais tradicional Saifi Suites.
Mar Mikhael e Bairro Armênio
Se você continuar seguindo para leste pela rua Garoud vai vê-la se transformando na rua Armenia.
Nessa área se estabeleceram os refugiados do holocausto armênio. Tem muitos deles nas lojas e prédios das ruas paralelas, mas basicamente toda essa região entre a rua Armenia e os bairros Getawi (para baixo) e Quarantina (para cima da Charles Helou) virou um bairro super hype mais conhecido como Mar Mikhael.
Muitas lojas de novos designers, mais montes de galerias de artes, bares descolados e restaurantes diferentões é o que você vai encontrar por aqui. É agitadíssimo de dia e de noite e, por isso mesmo, é a parada dos xóvens.
Tem tanta coisa que eu nem sei direito o que indicar. Você vai ter que bater perna.
Na rua Pharaon fica a igreja Mar Mikhael e ao lado dela um teatro e uma área chamada de Designer’s District, com várias lojinhas.
Seguindo para leste você chega na antiga estação de trem de Mar Mikhael, que hoje é meio que um parque e uma área super instagramável.
Atrás dela fica a Quarantina, uma área industrial que está virando um pólo artístico no melhor estilo novaiorquino. Aqui na Quarantina fica um club super famoso, o B018, que era uma antiga prisão. O lugar é controverso, mas lendário com seu teto removível que faz com que a galera dance sob a luz das estrelas até de manhã. Você pode conhecer melhor a história do B018 aqui.
Em Mar Mikhael existem várias escadarias fofas pintadas por uma ong com barzinhos e cafés como o Soleinsight pendurados nelas. Se não tem bar, não tem problema, tem gente sentada lá curtindo a vida mesmo assim.
Tem muitas opções para comer como o Mayrig, de comida armênia ou o Makan, que é também uma galeria de arte. Mas eu recomendo demais que você vá ao Enab. O lugar é lindo e a gastronomia libanesa é tratada como assunto sério. Foi um dos poucos lugares em que vimos kibe cru, que achávamos que teria em todo lugar. É excelente e não custa caro.
Durante a tarde, pare para um café no lindo L’ Atelier do Miel, que só tem produtos naturais, ou na deliciosa sorveteria Oslo.
Para curtir a noite, os bares Radio Beirut, Internazionale e Abbey Road são os que achei mais legais, mas é só andar por lá e escolher onde quer ficar.
Apesar do movimento, tem poucos hotéis na área e a maioria por ali tem uma pegada mais baratex. Se sua viagem for mais econômica, fique no Beirut Hostel, que é bem recomendado e onde você certamente vai encontrar companhia para explorar a night.
Outras opções são o Beyt Mar Mikhael e o Beit Al Tawlet, ambos no estilo apartamento ou guesthouse, mas bem avaliados no Booking. O único hotel da área que é mais estrelado é o Villa Clara, que tem um estilo meio romântico e meio vintage.
É possível seguir mais à leste nos bairros de Achrafieh e Sodeco, mas não tem grandes destaques depois.
Sugiro apenas que você tire um tempinho e vá comer no Freiha, em Achrafieh. É apenas uma portinha num bairro totalmente residencial (que vale umas voltinhas), mas se você quiser comer um Falafel assim, com F maiúsculo, é aqui.
Custa uma pechincha, então você pode comer logo uns 3. É bom DEMAIS. Não tem mesa nem nada, então você pode pegar e continuar no rolê ou ir para o hotel comer e dormir!
Em meio dia você consegue explorar Gemmayzeh, Soursok e Mar Mikhael sem ficar muito tempo nas lojas e bares. Mas o mais legal é justamente curtir com calma e sentir a famosa alegria de viver libanesa, então faça como eu e volte lá em quantos fins de tarde quiser!
Museu Nacional de Beirute
Para terminar, não deixe de visitar o Museu Nacional de Beirute. É bem pequeno, meio afastado das outras atrações da cidade, mas é bem bacana.
Super bem organizado e com muitas peças arqueológicas interessantíssimas coletadas desde 1919 que você consegue visitar sem cansar.
Há uma série de sarcófagos impressionantes e muitas peças descobertas em Byblos e outros sítios arqueológicos do Líbano de diversas eras e povos.
Como o fluxo de turistas no Líbano não é tão grande, você pode ter a oportunidade de visitar o museu completamente sozinho o que, garanto, é uma experiência diferente.
Você também vai ver um filme super interessante. O museu ficava na Green Line e foi bem destruído na guerra civil, quando ficou fechado. O filme mostra como as peças foram escondidas e protegidas e o processo de reabertura do museu em 1999.
O Museu Nacional de Beirute abre de terça à domingo das 8hs às 17hs e custa 5.000 LPB para entrar. Não perca.
Acho que é isso. Fiz esse guia de Beirute de coração, com todas as informações que eu gostaria de ter recebido antes de ir para lá e não tive. Ficou grande, mas fiquei orgulhosa.
Eu também já publiquei esse Guia do Líbano dando uma ideia de roteiro e explicando um pouco da história do país e contei tudo o que fazer no Líbano além de Beirute, é só clicar para ler.
Acho que vou conseguir facilitar a sua viagem! =D
Mais um help para planejar sua viagem:
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Oi Paulo! Que delícia de comentário! Fico feliz que tenha te inspirado a conhecer novos ares! Um grande abraço e ótimas viagens!
Parabéns pelo seu trabalho! Jamais havia me passado pela cabeça visitar o Líbano mas, agora, depois de ler seus posts, ele definitivamente entrou em minha Wish List e com a Certeza de que voltarei encantado de lá. Continue nos brindando com mais posts sensacionais como este!
Olá! Outubro foi bem o mês em que fui para o Líbano! Alguns dias fez bastante calor – quase 30 graus – mas na maior parte dos dias fez em torno de 25°C e esfriava a noite. Leve roupas leves, mas também calças e casacos. Não precisa de nada pesado para o frio, acho mais útil um corta vento.
Na maior parte do tempo usei vestidos ou calça e camiseta.
A vestimenta no Líbano é bem variada. Há pessoas que usam roupas bem ocidentais como estamos acostumados: regatas, shorts, vestidos curtos e justos, bermuda e regata para os homens, mas há uma enorme parcela da população que é muçulmana tradicional e não usa roupas curtas nem mostram muito o corpo, sendo que muitas mulheres usam véu nos cabelos, mesmo não sendo obrigatório.
Assim, deixo a dica para ser um pouco mais conservadora nas roupas para poder circular sem problemas por todos os lugares.
Por outro lado, os libaneses são super vaidosos e se vestem super bem. Especialmente se quiser ir jantar em restaurantes mais estrelados ou se pretende sair à noite, leve suas melhores roupas. ;)
Boa viagem, aproveite demais esse país lindo!
Por favor, deixe aqui umas dicas de roupas a serem levadas em outubro/2019
Oi Kadija, que legal que você vai conhecer o Líbano, é um país maravilhoso e Beirute é incrível, cheia de coisas para fazer e conhecer.
Não sei se você já conhece essa pessoa que vai encontrar, mas em caso negativo, seja muito cuidadosa. Os costumes são muito diferentes no Brasil e no Líbano e também entre os próprios libaneses. É importante que você veja direitinho onde vai ficar, onde vão se encontrar, deixe alguém sempre a par de onde você está e com quem. Por fim, pesquise muito, mas muito mesmo, tanto sobre a pessoa quanto sobre os usos e a religião dele e só vá se se encontrar se sentir-se totalmente segura, ok? Um beijo!
Sempre estou buscando informações sobre Beirute motivo pelo qual sou apaixonada por tudo que leio e vejo em fotos sobre essa cidade capital do Líbano. Também amo um libanês que mora lá, e estou contando os dias pra ir ao encontro dele e também conhecer essa maravilha de cidade. Li tudo que você escreveu aqui…me apaixonei.
Você vai amar, Flávia! A culinária libanesa é de enlouquecer mesmo!
Você vai amar, Carol!
Lendo o seu post já me imaginei andando por todos esses lugares…esse destino já vai para minha wish list!
Um dos lugares que mais tenho vontade de conhecer, tanto pela cultura quanto pela culinária! Maravilhoso!
Tomara que você se anime, Ana, o Líbano é incrível e Beirute é maravilhosa e cheia de coisas para fazer!
Parabéns pelo post, ficou incrível e me deixou morrendo de vontade de conhecer Beirute. Confesso que tinha um pouco de medo de conhecer o Líbano, mas acho que agora vou encarar. Bjs
Vai pro Líbano sim, Marcela, tenho certeza absoluta que vcs vão amar!
Eu leio teu blog e já fico aqui com mil ideias na cabeça. Vou já montar um roteiro pra conhecer Beirute! Parece incrível
Espero que você conheça mesmo Beirute, Sandra! Tem muito o que fazer por lá e é uma delícia de cidade!
Que post sensacional, Bruna! Adorei suas dicas. Não conheço Beirute, mas a cidade está no topo da minha lista. Agora então… ótimas dicas, eu amei!!!