Ubud – Celebrações Religiosas – Gulungan e Kuningan
Os balineses possuem uma infinidade de comemorações religiosas, sem falar nas oferendas e orações diárias! Para saber se você estará por lá durante algum feriado ou comemoração especial, precisará dar um google, porque eles seguem o calendário hindu, que é bem diferente do nosso.
Na nossa estada em Bali pegamos duas comemorações dessas: o Galungan e o Kuningan. O Galungan é a comemoração do dia em que os espíritos ancestrais visitam a terra e na verdade é o início do período de comemorações e da “visita”.
Embora no Galungan fosse feriado e todos estivessem com vestes e oferendas especiais, não percebemos muito a magnitude desse dia porque coincidiu com o dia em que partimos para Gili, que é de maioria muçulmana e onde não havia comemoração nenhuma.
Mas o que não sabíamos é que 10 dias depois ocorreria o Kuningan, ou fim do período de Galungan, e que caiu no nosso último dia em Bali.
Percebemos uma movimentação diferente logo que chegamos em Ubud. Havia crianças para todo lado nas ruas porque nesse período de Galungan não há aulas! Havia também vários grupinhos de meninos que saiam pelas ruas com um boi (no melhor estilo boi bumbá), tocando instrumentos e arrecadando doações para as celebrações.
Eles eram super compenetrados e embora houvesse vários grupinhos desses durante vários dias, cada vez que passava um a criançada se alvoroçava e saia correndo para as ruas como se fosse a maior novidade.
No dia de Kuningan tudo fechou. Não havia restaurantes, massagens, passeios, lojas. Muito disso já estava fechado 2 dias antes do Kuningan. Nosso dia foi meio tumultuado, pois tínhamos esperança de ainda fazermos algumas coisas e comprarmos uns badulaques que vimos quando estava tudo aberto. Para você ter uma ideia, até o Mercado de Ubud estava fechado.
Apesar disso, a cidade estava especialmente viva. As oferendas eram enormes, novas, mais bonitas do que nunca e estavam pinduradas em tudo, inclusive nos carros e motos, pois acredita-se que essa seja a “festa de despedida” dos espíritos ancestrais, que voltarão para os céus. É tudo no capricho!
Essas coisas penduradas são as tamiang, que simbolizam o karma, ou seja, significam que o mundo dá voltas e que o que você faz traz inevitáveis consequências, lembrando a todos que se deve procurar sempre o caminho do bem! Assim como as vestes pretas e brancas quadriculadas dos barongs e warongs (que estavam muito mais limpinhas e esticadas) simbolizam que o bem e o mal estão em tudo e em todos, cabendo ao homem a opção sobre o caminho a seguir.
As celebrações começam na noite anterior, já que os espíritos ancestrais e os deuses estão dando as últimas bençãos e distribuindo prosperidade e o dia de Kuningan propriamente é quando se deve compartilhar com a família toda essa benção.
Todos vestem roupas especiais, majoritariamente brancas, e vestem principalmente sorrisos e felicidade. Seguem-se procissões (não sei se essa seria a palavra mais adequada) em direção aos templos com muita comida e música.
Me explicaram que ao chegar ao templo eles fazem orações e depois dividem os alimentos para que todos comam um pouco do que foi abençoado e receba sua graça.
Aliás, eles acreditam que os presentes devem ser úteis, ou seja, é comum dar comida uns aos outros em sinal de respeito e desejo de prosperidade, saúde e boas energias. Devíamos aprender um pouco mais com eles…
Bom, nós conseguimos por um milagre marcar uma massagem no hotel, mas obviamente foi feita com um pouco de desleixo e eu que tinha ido ao Yoga Barn sai de lá e não consegui encontrar um único táxi. Estava desesperada pois tinha uns poucos minutos para o Budi nos levar para o aeroporto e era uma caminhada de uns 30 minutos até o hotel.
Sai andando e eis que começa a brotar gente de todo lugar. Comecei a andar mais devagar para ver o que acontecia e tcharam, peguei uma das famosas procissões de Ubud para presentear minha vida de mais uma experiência linda.
Tirei as últimas fotos que cabiam no meu cartão de memória, filmei tudo torto com a Gopro na outra mão (essa função era do Ga, mas ele estava no hotel) e sai em disparada.
Para provar que eu também tinha sido abençoada, na esquina seguinte tinha um táxi. O motorista estava de folga, mas ficou meio assim e disse que não se deve negar um pedido, ainda mais nesse dia, pois é um karma ruim. Para completar, eu só tinha metade do que ele pediu para me levar. Mas me levou. Com sorriso no rosto, me desejou boa viajem e me deixou com o Budi, que tinha chegado no horário e esperava tranquilo! Linda despedida!
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