Turismo no Tibet – Roteiros de Viagem pelo Budismo Tibetano
O turismo no Tibet pode parecer meio complicado já que é bastante controlado pelo governo chinês, mas eu garanto que dá para montar um roteiro de viagem incrível por lá tanto para conhecer a história, arquitetura e natureza típicas quanto para saber mais sobre o budismo tibetano, que é bem lindo.
Eu já contei aqui nesse post que para visitar o Tibet é necessário tirar o visto para a China e ainda uma permissão especial para entrar no Tibet, que só é possível por meio de uma agência. Turismo independente infelizmente não rola. Dá uma olhadinha lá que recomendo uma agência tibetana maravilhosa e dou todo o beabá dessa parte meio burocrática.
Nesse post vou contar como foi nosso roteiro, nosso amor por Lhasa, a capital do Tibet, e ainda dar umas outras sugestões de roteiro. Vem junto!
1- Como montar um roteiro de viagem pelo Tibet
O Tibet é uma região cuja história tem mais de 2000 anos, é o berço do budismo tibetano, já foi independente e hoje é uma província anexada pela China. É gigante, tem mais de 1mi de km2s de extensão e fica bem no centro da Ásia. É conhecido como “teto do mundo” porque fica quase todo acima de 4000 metros de altitude.
Por essas características, o turismo no Tibet é baseado em 3 fatores: religião, história/cultura local e natureza, já que o plateau tibetano tem paisagens de tirar o fôlego e algumas das montanhas mais lindas e altas do mundo. Se você decidir ir para lá, precisa ter interesse nisso e, se um desses fatores te interessar mais do que outro, escolher que lugares visitar para deixar sua estada mais interessante, considerando ainda o tempo que você terá disponível.
Independentemente da quantidade de dias e dos lugares que vai visitar, considero que a capital do Tibet, Lhasa, é uma parada obrigatória por no mínimo 2 dias inteiros. Ali você já consegue ter uma boa ideia de como é a vida dos tibetanos, também vai conhecer a história política e ter uma forte impressão, além, claro, de muitas explicações sobre o budismo tibetano. É o centro de tudo, onde você encontrará tibetanos das mais variadas regiões e etnias e vai ver a força da fé, que é MUITO incrível. Muito mesmo. Lhasa é apaixonante.
Para qualquer roteiro de viagem, o ideal é ficar em Lhasa 4 dias, considerando um para chegar e descansar um pouco, afinal a altitude pode causar mal estar e muito cansaço (e provavelmente você terá viajado muitas horas), 2 dias para passear e o dia de retorno, já que quase todos os vôos são pela manhã ou começo da tarde.
2- Roteiro Cultural e Budismo Tibetano
Se você se interessa mais pela parte cultural e religiosa, além dos dias na capital do Tibet, pode continuar seu roteiro indo de Lhasa para Shigatse, passando por lagos, glaciares e visitando monastérios gigantes encravados nas montanhas que são um verdadeiro espetáculo. Não tem como desassociar a religião da história e cultura uma vez que até a ocupação chinesa em 1949 o líder religioso – Dalai Lama – era o líder político da região e assim muitos tibetanos acreditam que deveria ser até hoje. Está tudo junto e misturado e assim sempre será.
Esse foi o roteiro de viagem que nós escolhemos. Nosso estilo de viagem sempre prioriza mergulhos na cultua local, em questões sociológicas e antropológicas, e tínhamos muito interesse em saber mais sobre o budismo tibetano e em como ele afeta a vida das pessoas que moram nessa região. Apesar de amarmos natureza e trekking, tínhamos acabado de voltar do Everest Base Camp pelo lado nepalês (clique aqui e saiba tudo sobre esse trekking!) e estávamos honestamente ainda um pouco cansados, então optamos por economizar um pouco e deixar as montanhas para outra ocasião, que certamente virá!
Nosso roteiro de 7 dias no Tibet incluía:
Dia 1: Chegada e tarde livre para andar por Lhasa e aclimatar aos mais de 3000m de altitude;
Dia 2: Em Lhasa com visita aos palácios de inverno e verão;
Dia 3: Em Lhasa visitando monastérios;
Dia 4: Ida para Shigatse passando pelo lago sagrado e glaciares e pernoite em Shigatse;
Dia 5: Visita aos templos de Gyantse e retorno para Lhasa;
Dia 6: Dia no leste de Lhasa, visitando monastérios nas monatnhas;
Dia 7: Manhã livre e partida.
Como vocês podem imaginar, a gente ouviu sobre budismo tibetano até não poder mais. Apesar das conversas dentro dos monastérios serem um “pouco restritas” e do fluxo de informações ser um pouco comprometido pelas orientações do governo, dá para sair de lá com muita bagagem e, principalmente, com muita coisa para pensar (e também com muitas repetições, confesso). Nós aproveitamos para observar o povo, os costumes budistas e, enfim, conhecer novos pontos de vista e ideias.
Nós amamos e só mudaríamos alguma coisa se fosse viável acampar em alguma das lindas paisagens pelas quais passamos (muito complicado) ou ir para outras cidades longíquas (muito caro para nós na época). Esses períodos livres em Lhasa foram bem legais para nossas habituais caminhadas para conhecer melhor a cidade, não deixe muito apertado o roteiro!
Se você não se interessa tanto pelo budismo tibetano, ou se te irrita ouvir umas 100 vezes sobre a White Tara, as escolas do budismo tibetano e, enfim, esse tipo de coisa, pode optar por mais natureza ou diminuir um dia em Lhasa ou trocar a visita a alguns monastérios por mais tempo na região das montanhas. Só não esqueça de decidir isso antes de ir, pois você precisa de autorização para ir de uma região para outra e o guia vai ter que parar e mostrar todos os documentos nos check points, então é meio difícil mudar de ideia no meio do caminho. Todo o seu roteiro vai estar especificado na permissão de entrada.
Dificilmente você vai conseguir uma imersão no budismo de um jeito mais intenso. Os monastérios são bastante controlados, não aceitam hóspedes, os monges não podem ficar muito de papo nem te chamar para uma conversa franca e obviamente eles não estão abertos para cursos ou algo do gênero. Se você quer esse tipo de vivência, infelizmente terá que ir para a Índia.
Se, por outro lado, você quiser conhecer outros monastérios ou outras comunidades tibetanas – como eu disse, o Tibet é enorme e cada pedaço tem um povo, uma paisagem e costumes, certamente poderá contratar outras opções com a sua agência. Acho que o roteiro básico e as variações que as agências oferecem facilitam a obtenção da permissão de entrada, mas a agência vai te ajudar tudo e dar as melhores opções fora do comum, mas veja tudo com a máxima antecedência possível. Não se esqueça de escolher uma boa agência, pontual, com guias que falem bem inglês, tenham bons carros e parcerias com hotéis legais. Como já disse no post anterior, o ideal é contratar uma agência tibetana, que além de contratar guias tibetanos, te leva para hotéis de tibetanos, restaurantes de tibetanos, lojas de tibetanos e no fim é para isso que você atravessou o mundo, certo? Eu recomendo a Tibetan Guide, com a qual fomos, de olhos fechados. Algumas opções são Shannan e Ningchi. Pergunte ao seu guia e ele certamente terá outras sugestões além dessas. Só lembre-se que as distâncias são bem grandes e que podem haver dificuldades fora das cidades maiores de Lhasa e Shigatse. Digo isso pensando nas condições dos banheiros nos locais públicos do Tibet que eram, para dizer o mínimo, difíceis.
Por fim, o Tibet tem vários festivais durante o ano. O mais famoso e movimentado é o Saga Dawa, que acontece em junho. Nós estivemos lá pouco antes e o movimento de peregrinos já era intenso. Não ficamos para o festival, mas um amigo que participou dos 14 dias de festas, disse que foi um espetáculo de fé. Só que nesse período as coisas ficam com preços bem mais salgados, como era de se esperar mesmo.
3) Roteiro de Natureza e Aventura no Tibet
Além dos lugares que já indiquei, você pode seguir para Gyantse e fazer trekkings, chegar ao base camp do Everest ou do Mont Kailash.
Como é possível chegar ao Everest Base Camp tibetano de carro, essa aventura é bem viável até para quem não quer caminhar. Tenha em mente que nem sempre é possível ver o Everest, que passa boa parte do tempo encoberto e que lá no meio do nada da montanha as condições de hospedagem/banho e comida podem ficar mais roots. Aventura, né? Veja aqui como foi a ida da Renata do Notícias do Mundo de Lá.
Existem roteiros de 8 dias que vão até o Everest e não são caros, embora sejam meio corridos. A Alessandra, do Tô Pensando em Viajar tem outro ótimo relato sobre esse roteiro aqui. E ainda roteiros entre 10 e 16 dias que vão ao Everest e ao Mont Kailash. Gente, tenham claro que estou falando da base e não do topo das montanhas, ok? Para subir (ao Everest), você precisará se juntar a uma expedição, algo bem mais complexo e que exige preparo.
Também existe a opção de fazer a kora no Kailash, uma caminhada de 3 dias acima de 5000m de altitude. A kora é a volta em sentido horário que os budistas dão em torno de templos e lugares sagrados por acreditarem ser um sinal de que segue os ensinamentos de Buda (e não o próprio Buda).
Toda a natureza é sagrada no Tibet e os budistas tibetanos praticam vários rituais relacionados aos rios, lagos e, claro, às montanhas. A coisa é tão séria, especialmente no Kailash, que fica na fronteira com a Índia e o Nepal e é muito reverenciado como centro do mundo tanto pelos budistas, quanto pelos hinduistas e jainistas, que alguns peregrinos tibetanos fazem a kora em prostração, ou seja, se agachando e deitando com pés, joelhos, peito, braços, queixo, nariz e testa no chão, seguido de levantar, andar até a altura onde a cabeça deitou e começar de novo. Já pensou? Nesse roteiro você vai encontrar muitos grupos de indianos prestando suas homenagens. Deixo aqui esse texto super curioso relacionando a kora com a nossa política, que achei um belo relato de viagem e como elas mexem com a nossa forma de ver o mundo para sempre.
Existem várias lendas envolvendo essas montanhas tão misteriosas para nós humanos. Uma delas é de que os peregrinos deveriam dar 108 voltas em torno do Kailash para alcançar uma espécie de sorte ou carma positivo. Enfim, como eu já sai muito do tema do post, que é o turismo no Tibet, vou deixar para você pesquisar sobre o significa do 108 que aparece tanto no budismo e como burlar a regra. É, tem isso também, rá-rá. Mas vou deixar aqui esse ótimo relato do Arthur Veríssimo na Trip para você se animar e descobrir mais umas coisas.
Outras opções: Trekking de 4 dias entre o lindo Ganden Monastery e Samy; trekking de 3 dias entre Tsurphu e Yangachen e por último, mas não menos emocionante, ir de Lhasa à Kathmandu pela Rodovia da Amizade, se você for desses, de moto. Veja aqui um relato dessa viagem. Quando estivemos lá em 2017, a estrada estava fechada supostamente por danos causados pelo terremoto em 2015 e, do Nepal para lá é subida, muito mais complexa.
4) Opções de roteiro pelo Tibet e hotéis
Resumindo tudo, algumas opções de roteiro são as seguintes:
4 dias: somente em Lhasa
5/7 dias: Lhasa e Shigatse
8/10 dias: Lhasa, Shigatse e trekking de Ganden para Samye ou pernoite no Namtso Lake ou visita ao Everest Base Camp
15 dias: mesma opção de 10 dias + Mount Kailash
16 dias: mesma opção de 10 dias + Saga Dawa em junho
20 dias: qualquer das opções acima + outros trekkings ou outras regiões do Tibet
Com isso você já consegue ter uma boa ideia para montar seu roteiro e discutir as opções com a sua agência. Em geral, os custos de um tour pelo Tibet vão ficar em torno de USD 100 por dia por pessoa e não incluem refeições nem os custos com visto (veja o post sobre o visto e permissão). É um pouco alto, mas vale cada centavo só pela experiência, sem falar que todo o tour inclui bons hotéis, guias e carros para te levar para todo lado. A gente que estava no meio de um mochilão super muquirana, se sentiu muito rico e mimado, passeando de motorista e ficando nuns hotéis lindos e com café da manhã super farto!
Para te ajudar a escolher entre as opções das agências, em Lhasa nós ficamos no Shambala Palace Hotel, uma construção milenar típica tibetana transformada num hotel super charmoso, confortável, com boa comida, funcionários simpáticos e no miolinho do bairro antigo. Em outras palavras, uma experiência realmente tibetana, amamos!
Em Shigatse ficamos no Gesar Hotel que era bem maior que o Shambala, com mais cara de hotelzão, como a maioria em Shigatse. Embora não tivesse aquela carinha de casa tibetana que o hotel de Lhasa tinha, o hotel era ótimo, super confortável, bem localizado e com um restaurante delícia.
5) Melhor época para visitar o Tibet
Melhor época para mim é aquela que tem a ver com você. Uns gostam mais de calor, outros mais de frio, uns querem cidade, outros montanha…
Mas resumindo, julho e agosto são os meses chuvosos e suas visitas, muitas vezes em locais a céu aberto, podem ficar comprometidas. Já o inverno, entre novembro e fevereiro, é bastante rigoroso e algumas regiões podem ficar inacessíveis. Não se engane com o sol no Tibet, é super forte e queima muito. Filtro solar o tempo todo! No verão as temperaturas chegam a quase 40 graus, mas durante a noite caem bastante.
Em geral, a época de céu azul e temperaturas agradáveis é entre abril e maio e setembro e outubro e também é a época mais fácil de fazer os trekkings e encarar as montanhas.
Acho que você já tem tudo para montar seu roteiro, certo? Não esqueça de que o turismo independente não é permitido no Tibet e que você precisará de um guia. Aproveite essa viagem linda!
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Está empolgado para conhecer o Tibet? Então comece a planejar seu roteiro de viagem e não esqueça nossas dicas!
Oi Selma, namastê!
É isso ae, temos que aproveitar a vida, não importa a idade, sempre é tempo!
Vamos por partes na sua pergunta.
É indescritível a sensação de conhecer o Tibet, mas lá você não vai conseguir aprender nada em cursos. A China controla todo o movimento de turistas e dos monges, afinal são eles a principal resistência à ocupação. Mal conseguimos falar com eles, que dirá ter uma aula sobre budismo ou yoga. Lá você vai ver e sentir muita coisa, mas se quiser instrução, tem que procurar em outros lugares.
Como você já deve saber, os tipos de yoga são muito diferentes. A yoga relacionada ao budismo tibetano é uma linha, a indiana é outra. Se te interessar conhecer mais sobre o budismo tibetano e a yoga relacionada, o melhor lugar é em Mcleod Ganj, uma cidade na Índia onde vive o Dalai Lama (tem esse post sobre essa cidade aqui). Não sei se foi para lá que você foi ano passado, mas lá tem uma comunidade imensa de tibetanos e aulas de yoga, de tibetano, de budismo, sem falar que os monges são super simpáticos e abertos para um bom papo.
Já o Nepal é mais similar à Índia. Eu não sei te dizer com certeza sobre cursos lá no Nepal, porque não fiz. Mas sei que há um monastério próximo de Kathmandu chamado Kopan que tem vários cursos/retiros e é muito procurado. Como eu disse, não fiz para poder contar como é.
Na região de Pokhara também há vários cursos e retiros de yoga. Eu gostaria de ter feito algo por aqui, pois fica já no pé dos Himalaias, cheio de montanhas lindas. Acho que é uma energia diferente.
Bom, é isso que tenho pra te contar, espero ter ajudado!
Um abraço e siga viajando e se descobrindo.
Um beijo,
Bruna
Olá Bruna, namastê ! Fui para a India com meu grupo de yoga em 2019 e ficou aquela vontade de estudar mais. Saberia de informar sobre cursos de yoga no Tibet e Nepal ? Adorei suas dicas de viagem, me incentivaram muito a ir mais longe…já tenho mais que 60 anos …kkkkk
Oi Rejane, que bom que gostou! Fiquei muito feliz com a sua mensagem! Você e sua filha certamente vão amar o Tibet!!!
Li tudo texto maravilhoso a narrativa escrita, quero muito conhecer tibet, você me ajudou muito, grata mesmo. vou repassar para minha filha ela adora o budismo, pretendo conhecer este roteiro vai dar uma ideia o que posso fazer, novamente muito obrigada. amei tudo e escreva mais sobre as viagens é uma boa ajuda. amem.
Obrigada, Aline! Eu também quero voltar e explorar os lados que não consegui dessa vez.
Adorei esse post sobre as opções de turismo no Tibet e dicas de roteiros! Eu ficaria fácil mais de 20 dias e faria turismo de aventura e religioso. Parabéns pelo post! Super completo e rico!
Rolf, o site da companhia de trens da Índia é http://www.indianrail.gov.in . Mas fizemos algumas reservas pelo Make my trip, que funciona bem. Aqui nesse post do 360 Meridianos tem um tim tim por tim tim do que vc precisa saber para comprar as passagens: https://www.360meridianos.com/2012/06/como-viajar-de-trem-na-india.html
Lá em Pokhara nós não fizemos nada. Só descansamos e curtimos a vibe, o lago e as caminhadas curtas até os templos e a Peace Pagoda. Mas tem trilhas pro Annarpuna (de 1 a 12 dias), passeio de barco/caiaque pelo lago e o vôo de paraglider, que é suuuuper famoso. Dá um google ai que vcs vão querer fazer.
Bjo!
Ahhh, e é bem isso que vc falou mesmo, a ideia da trip é conseguir conciliar esses rolês todos mesmo: natureza, aventura, aspectos religiosos, culturais, sociais, antropológicos, gastronômicos, fotografia, etc e viajaaaar nisso tudo!
Oláá Bruna!! Que bom que curtiu o roteiro! Boraaa! haha
Valeeeu pelas dicas!
Acho que essa de fazer primeiro o Nepal e depois ir direto de Lhasa pra Delhi é uma ótima, não tínhamos pensado muito a respeito, vamos olhar vôo e pode ser a boooa mesmo! Brigadão!
Sobre a Índia, a ideia já era fazer Rishikesh ou Varanasi mesmo e pelo visto Rishikesk tá na frente, hahaha. Eu já estava na dúvida sobre Jaipur, e com essa dica de Dharamshala, ela aumentou. Vou tentar convencer o amigo em fechar: Delhi, Agra, Rishikesh e Dharamshala.
E a questão do transporte na Índia ainda não vimos nadinha! Vamos checar onde rola e os preços dos vôos! Já os trens, pode indicar por onde compramos com antecedência?
E Pokhara, o que mais fizeram lá? tem muuuita coisa pra ver e fazer né? Recomenda algo que não devemos deixar passar?
Valeeu pelo retorno Bruna!
Já tô seguindo no insta tbm!
Bjo!
Lembrei de uma outra coisa: o visto no Nepal é pago de acordo com a quantidade de dias e entradas, então tem que colocar na conta também que voltar pro Nepal depois do Tibet vai deixar o visto mais caro. Tem várias fotos no insta tanto do Nepal quanto da Índia, dá uma olhada lá! Bjo
Fala Rolf! Bem legal a viagem de vcs, tbm quero! ?
Fiz tudo isso, exceto Chitwan e Jaipur, então vou dar um pitaco de acordo com a minha experiência.
Nós fomos para Pokhara assim que voltamos do EBC. A cidade é beeem relax, descansamos uns dias tomando cerveja na beira do lago e curtindo o visual, foi ótimo pq a gente volta bem cansado do trekking…Fomos de bus, super barato e demora umas 6-8hs. É de boa, mas cuidado se vc tiver voo no mesmo dia que voltar pra Kathmandu…
Não fomos para Chitwan pq precisaríamos de um tour pra ver os animais e não estavamos a fim, mas deve ser bem legal.
Se eu fosse vcs, tentaria ir de Lhasa direto pra Delhi. Tem voo e é mais ou menos o mesmo preço, assim vcs não perderiam tempo voltando pro Nepal pra depois ir pra Índia. Mas se não der, é tranquilo voltar e seguir viagem.
Tentem fechar os transportes pela India o quanto antes porque acaba tuuuuudo. Passamos perrengue com isso. Se vcs virem com antecedência as passagens internas de avião saem baratas. Não tanto quanto o trem, mas não mais do que 50usd. O trem tem que comprar rápido pq acaba tudo. Segunda classe é a ideal pra conseguir dormir porque a sleeper é bem bagunçada e sem ac acaba fazendo muito barulho. Outra opção é rachar um táxi entre as cidades, é mais caro, mas dá pra ir tbm. As distâncias são grandes, então se vcs só tem 7 dias na Índia, eu sugeriria que vcs diminuissem a quantidade de cidades. Agra é bate volta de Delhi, dá pra fazer em meio dia até. Agora Rishikesh, Jaipur e Varanasi estão entre 6 e 10hs se viagem de trem/taxi/bus. Depende muito do que vcs gostam, mas considerando o roteiro que vc falou, imagino que vcs curtem natureza e estejam interesados um pouco nos aspectos religiosos. Então assim, tanto Rishikesh quanto Varanasi precisam de pelo menos 2 dias inteiros para vcs darem os rolês. em Rishikesh dá para acampar na beira do Ganges, conhecer o ashram dos Beatles, ir nas cavernas falar com os sadhus, fazer yoga, tem bastante atividade. Já Varanasi é bem intenso, tem yoga, tem vários templos, a cremação, também é bastante coisa. Eu faria uma ou outra se fosse vcs. Sugiro menos tempo em Delhi que é mais Babilonia. Agora, se vcs conseguirem encaixar no roteiro, vão para Dharamshala, onde vive o Dalai Lama. A cidade tem uma vibe incrível e depoia de ir pro Tibet, vcs vão ter um lance ainda mais forte com os tibetanos. O Dalai Lama faz até umas audiências de vez em quando, quem sabe vcs não dão sorte?
Bjo!
Pois é Bruna, na nossa última pesquisa vimos que saía mais em conta ir de avião pra Lhasa e contratar uma empresa tibetana(!!) lá, do que fazer de busu com uma empresa nepalesa a partir de Katmandu. Se continuar com o preço menor, é o que faremos.
Ainda estamos decidindo a quantidade de dias em cada cidade, a ordem e a locomoção entre elas (talvez mudemos uma cidade ou outra), se puder dar qualquer tipo de dica, será beem recebida, nosso roteiro tá mais ou menos assim por enquanto:
Rio – Delhi – Katmandu (vôo)
Katmandu – Lukla (trekking EBC) – volta Katmandu
Katmandu – Lhasa (tour de 7 dias, Lhasa e Shigatse) – volta pra Katmandu
Katmandu – Pokhara(não sabemos o que fazer ainda) – Chitwan – Katmandu (todos esses trajetos provavelmente de ônibus :/ )
Katmandu (vôo para Delhi) – Delhi (prentendemos Agra, Jaipur, Rishikesh ou Varanasi, não sabemos a ordem e calculamos 7 dias pela Índia) – volta pra Delhi
Delhi – Rio
Temos 35 dias de viagem no total!
o que achaaa, Bruna? Ajuda a gente aê! Valeeu!
Oi Rolf! Que bom que o blog tem te ajudado!
Então, nós tbm cogitamos ir de ônibus porque realmente a passagem é cara (pagamos USD 150 a ida), mas a estrada estava fechada esse ano. Pesquisem bem, pq algumas agências no Nepal podem te enganar com relação a isso e dizer que está aberto quando na verdade não está. Também pese bastante se vcs vão aguentar a viagem num minibus, que normalmente nem tem banco reclinável… desde o terremoto de 2015 as estradas do Nepal estão bem prejudicadas. Qualquer trajeto de 200kms demorava 8hs quando estivemos lá!!!! Talvez até o ano que vem as coisas estejam melhores pq realmente estavam rolando muitas obras, mas não tenha muitas ilusões, vcs vão demorar MuITO!
Uma opção que vc pode dar uma olhada é se não sairia mais barato ir primeiro pra Índia e de lá pegar o vôo pro Tibet. Não sei se é mais barato, mas quem sabe?
O bom de pegar o vôo é ver todas as montanhas, inclusive o Everest!!!!
Ainda que vcs façam a viagem de bus con apoio de uma agência do Nepal, sugiro que vc feche o pacote do Tibet direto com uma agência tibetana pq vai sair um pouco mais barato e por uma questão de ajudar os tibetanos, que realmente precisam….
Ajudou?
Por fim, ainda não escrevi no blog, mas se tiver dúvidas quanto à Índia, pode perguntar tbm!
Bjo!
Olá Bruna, beleeeza?
Um amigo e eu estamos indo pro Nepal, Tibet e Índia em maio do ano que vem, fechando o roteiro, e seus posts tem ajudado muito, valeu!!!
Ainda temos algumas dúvidas e escolhas a fazer, será que podia dar aqueela ajudinha??
Bom, a ideia tbm é acabar o trekking do EBC e partir pro Tibet tbm, mas estamos na dúvida se partimos de Katmandu pra Lhasa e de lá fazemos o tour com uma agência tibetana como vcs fizeram e recomendaram ou se fazemos Katmandu-Lhasa de minibus pela rodovia com uma agência de Katmandu. O que vc sugeriria? o que tá assustando é o preço da passagem de avião por enquanto.. hahaha