Já contei no post anterior como foi o nosso City Tour em Cusco, e, antes, o que você pode fazer à pé pela cidade. Na verdade já te dei o roteiro inteiro para o Peru aqui basta escolher o que fazer.
Agora chegou a vez do Vale Sagrado, esse lugar simplesmente maravilhoso que fica ali no entorno de Cusco.
Eu já disse que acho pouco um dia só para conhecer o Vale Sagrado. Se possível, durma em Ollantaytambo e aproveite um dia inteirinho só nessa cidade. Eu vou voltar um dia para isso, pode ter certeza!
Nosso tour saiu às 9hs da manhã com a simpática Maria, da equipe do José Miguel, rumo à: Chinchero, Ollantaytambo, Urubamba, Salinas de Maras e Moray, nessa ordem.
Mais uma vez, a ordem e os horários foram escolhidos para evitar as multidões, assim como a exclusão de Pisac onde, segundo relatos, os turistas param apenas para comprar artesanato.
Chinchero
Chegamos à Chinchero em pouco mais de 20 minutos e a cidade estava totalmente vazia. Vimos os vários ateliês das artesãs abrindo e as senhoras, redondinhas e sorridentes, se aprontando para um dia de entretenimento de turistas e tecelagem nas horas vagas e chegamos ao vale, que estava lindíssimo coberto de névoa da manhã e aquela famosa sensação de que estamos profunda e definitivamente conectados ao Vale.
Pode soar como romantismo da minha parte, mas a cada curva e cada morro, você vai entendendo porque o Vale Sagrado tem esse nome.
Paramos para conhecer o método de tecelagem e tintura das lãs e, por mais rudimentar que isso possa parecer, fiquei tão impressionada com o processo que acho que poderia até ficar por ali tingindo. Certo, fui cativada pelas panelonas, panelinhas e jarras de barro, que amo de paixão, mas mesmo sendo um espetáculo para os turistas, achei interessantíssimo.
Ollantaytambo
Na sequência fomos à Ollantaytambo, a cidade mais injustiçada do Vale Sagrado. Não que todo mundo não passe por lá, mas o lugar merece de verdade mais do que algumas horas.
Além de umas ruínas incríveis que você vai demorar uma hora para subir de língua de fora, é lá que fica a famosa montanha em forma de face humana por onde o sol transpassa os olhos no solstício de inverno/verão, não tenho certeza. No seu passeio de um dia não dá tempo de subir até lá. :(
Sem falar que a cidade é toda lindinha, cheia de ruelas, restaurantes aconchegantes e lojinhas. Os tours coletivos costumam chegar ali por volta das 14h/15hs então praticamente circulamos por tudo sozinhos. Mais uma vez, vale a pena estar com guia particular.
Urubamba – Cervecería Del Valle Sagrado
Paramos para almoçar em Urubamba, outra cidade bem fofinha. Fomos à um restaurante totalmente turístico, o Inkas House, com aqueles buffets que tem de tudo e mais um pouco, mas a comida era ótima, estava super fresquinha porque era cedo. Deu para experimentar várias comidas típicas que ainda não tinha visto e tomar uma chicha morada geladíssima como se deve. Só que aqui foi bem caro, pergunte antes…
Saindo do restaurante, fizemos um pequeno desvio no caminho a pedido do Gabriel e gentilmente atendido pelos nossos guias que não entenderam nada e não faziam ideia de para onde queríamos ir.
Mestre Cervejeiro que se preze encontra cervejaria em qualquer lugar… E lá fomos nós com uma breve indicação do local rumo à Cervecería del Valle Sagrado! A Maria estava certa de que queríamos ir à Cusqueña, a cervejaria industrial da cidade (muito boa por sinal) e foi uma grata surpresa à todos chegar ali naquela pequena cervejaria artesanal no meio do mato.
Estava fechada, porque só abre às 14hs, mas tinha uma americana super mega simpática e agradável arrumando as coisas que nos deixou ficar sentados conversando com ela até abrir a cervejaria. Fizemos uma degustação completa por 5 soles por pessoa e, tchram tchram, as cervejas eram deliciosas!!! A maioria com algum ingrediente local, bem surpreendente. Tinha até de ayrampo, uma frutinha pela qual morri de amores!
No último sábado do mês eles fazem uma festinha durante o dia, aproveite se estiver por lá. Senão, aproveite que o Cholos (o botecão mais estiloso de Cusco), o La Bodega 138 (o botecão mais hypster de Cusco) e o Paddy’s Irish (o Pub mais parrudão e almofadinha de Cusco) servem as cervejas deles para provar. Vou falar mais disso depois. ;)
O Jose Miguel, que organizou todos os nossos passeios, foi tão fofo com a gente que nos deu de presente de despedida 2 tulipas da Cusqueña! Pira que elas tem a parede de pedra e a pedra de 12 ângulos! Mal sabia ele da coleção que tem aqui em casa e que as tulipas vieram fazer par com a caneca da Cerveceria! Amamos muito esse mimo que foi muito cuidadoso!
Salinas de Maras e Moray
Felizes, seguimos para as Salinas de Maras. A visita é rápida, mas o lugar é lindo e a flor de sal ali custa uma pechincha tão ridícula que pode fazer sua mala pesar, especialmente se você estiver levemente embriagado da visita anterior.
Última parada, Moray. Já estava frio, o sol já estava baixo, os pastores já recolhiam as ovelhas, já tinha batido um soninho, mas quando você pára ali, seu olho esbugalha e não há guia que te convença que aquilo era apenas um local de testes de agricultura inca. Se aqui também não era coisa de extraterrestre, não sei mais o que pode ser!
Muita gente acha que esse passeio (e o City Tour) não devem ser feitos depois da ida à Macchu Picchu porque pode ficar sem graça, mas nós fizemos e curtimos a valer, inclusive iríamos mais um dia se tivéssemos tempo!
No próximo post tem as dicas de comidas e bons drinks em Cusco!
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