Osaka é uma cidade grande e conhecida mundo afora, mas que nem sempre entra nos roteiros pelo Japão porque pouco se sabe sobre o que fazer por lá. A cidade não tem nenhuma atração mundialmente conhecida, mas ainda assim é uma pérola!
Nós descobrimos que Osaka é um lugar ótimo para comer e tomar cervejas artesanais, como já contei aqui e não resistimos, fomos dormir lá 2 noites. Precisamos então descobrir o que mais há para ser feito na cidade e conto aqui para você que são várias coisas, viu?
O que fazer em Osaka
As grandes atrações de Osaka são: o Dotonburi e o Gliko Man, o rio Tombori , o Castelo de Osaka, o Sky Building e o estúdio da Universal. Claro que nada melhor do que andar pela cidade descobrindo essas atrações e tantos outros cantinhos escondidos. Nós fizemos tudo de metrô e todas as atrações tem alguma estação próxima, se não tiver mais de uma! Em Osaka vale a pena comprar um bilhete diário que permite andar de metrô e ônibus quantas vezes quiser e custa 800 ienes ou 600 em feriados e finais de semana. É só comprar na máquina, que explica tudo em inglês. Vale a pena se você for usar pelo menos umas 4 vezes no dia, pois cada trecho custa entre 180 e 240 ienes.
Uma coisa curiosa custar mais barato em feriados e finais de semana, né? E se eu te contar que eu e o Ga fomos impedidos de entrar no metrô porque compramos o bilhete errado? Sem saber que era um feriado, compramos o bilhete inteiro, que não abriu a catraca. O guarda nos chamou na salinha e já achamos que tínhamos feito burrada, já que ele não falava uma palavra em inglês, mas na verdade ele trocou o bilhete e nos devolveu 200 ienes. Não é para amar o Japão?
1- Dotonburi
O Dotonburi é o paraíso para quem quer comprar. São quilômetros de ruas cobertas em que de um lado tem loja e do outro lado, também. Para quem já esteve em Santo André (não San Andres, aquela ilha mágica, mas a cidade do ABC paulista mesmo), não dá para não notar na semelhança com a cobertura da Oliveira Lima e, até com as suas lojas, no trecho mais “popular”do Dotonburi, mas tem de tudo: de tranqueiras chinesas, muitas coisas bacanas e até grandes marcas como Diesel e Ralph Lauren. Sem falar, claro, na Uniqlo que aqui tem umas camisetas para turista do tipo “I love Japan”, mas que são super estilosas.
Como a duração da viagem depende de não gastarmos muito em compras e obviamente não termos como ficar carregando milhares de coisas, achei esse passeio um suplício. Teria torrado loucamente se fosse uma viagem de férias. Sem falar na lotação, porque a japonesada não para de comprar um minuto.
Extra para compras: se você sair um pouco de Dotonburi e atravessar o rio vai chegar numa região que, na minha opinião, é muito mais legal para comprar. Cheio de lojas modernas de roupas, acessórios e decoração, além de cafés repletos de gente interessante, a Orange Street e suas transversais tem aquela cara de novidade que a gente espera do Japão. E ainda tem uns brechós ótimos onde você pode comprar roupas de inverno novíssimas por preços imbatíveis. Aqui, realmente eu quase chorei por sair sem nenhuma comprinha.
Dotonburi tem vários restaurantes, a maioria só para enganar os turistas mesmo e é cheia de outdoors e holofotes no melhor estilo Times Square asiática. É meio perturbador. E lá fica um outdoor com uma figura de um homem meio correndo que é de uma marca de doces, a Gliko. A gente não entende como aquilo pode ser atração turística, mas a imagem está lá desde 1935 e é engraçado porque os japoneses fazem fila para tirar uma foto ali em frente imitando a pose do cara. Sei lá.
2. Castelo de Osaka
O Castelo de Osaka é bem impressionante. Imenso, com um jardim lindíssimo e enorme que, só ele, já valeria um dia inteiro de passeio. Vários locais ficam por lá caminhando, correndo, fazendo picnic. É um lugar super vivo, principalmente nos finais de semana e feriados, como quando estivemos lá.
Nós acabamos não visitando por dentro, porque chegamos mais para o fim da tarde do nosso último dia, já próximo da hora de fechar e além de gastarmos muito tempo observando a vida pelos jardins, não demos conta de andar tudo. Mas acredito que vale uma visita com calma, pois a história é riquíssima.
Mais do que isso, o Castelo de Osaka é uma diversão para as crianças (para quem tem), pois ficam várias pessoas fantasiadas de samurai ou de personagens históricos brincando, tirando fotos e alugando espadas ninjas.
3. Sky Bulding
O Umeda Sky Building foi um dos lugares que mais me surpreendeu. Eu não tinha ideia do tamanho da cidade até subir lá. Custa USD 10 para entrar, meio carinho, mas a vista é tão legal que compensa.
Claro que fica lotado se o dia estiver bom para ver um pôr-do-sol deslumbrante, o que aconteceu conosco, mas foi bem tranquilo comparado à outros lugares. Os japoneses, especialmente, são muito educados e não fica barulheira nem vuco-vuco.
No penúltimo andar, antes do andar aberto, fica um restaurante com preços justos e uma vista igualmente maravilhosa e umas poltronas modernosas super legais. Durante todo o pôr-do-sol fica tocando bossa nova! Achamos muito divertido ficar lá cantando “o barquinho vai, a tardinha cai…” diante daquele céu maravilhoso.
Depois que escurece, o chão ainda fica iluminado como se fossem estrelas, super bonitinho. Se você tiver um único dia em Osaka e o céu estiver limpo, não deixe de ir até lá!
4. Rio Tombori
As margens do Rio são deliciosas para uma caminhada, um passeio, ver a vida passar, os jovens fazendo maluquices, tomar um sorvete…. Dedique pelo menos um tempinho. E se quiser, ainda dá para fazer um pequeno passeio de barco. O Tombori River Jazz é um famoso passeio de 40 minutos com uma bandinha ao vivo. Vimos passando e achamos demais. Osaka é enorme e dá para ter uma vista legal da cidade, especialmente se você for na época do Natal, quando dizem que a cidade fica lindamente iluminada ou do Tenjin Matsuri, um festival de fogos que acontece em julho.
5. Namba
Um bairro bem agitado, cheio de shoppings, lojas, restaurantes, baladas e com o curioso “Yasaka Shrine”, um templo muito doido em forma de dragão.
Confesso que nossa ida ao Yasaka Shrine foi uma aventura. Colocamos no google maps e ele nos mandou descer no metrô Namba e sair pela porta 32 para pegar um ônibus. Sim, essa estação tem mais de 32 portas e é praticamente uma cidade! Demoramos uma eternidade só para encontrar a saída e o ponto de ônibus. Pegamos o ônibus e começamos a achar estranho quando começamos a se embrenhar por um bairro muito residencial. Quando chegamos no local indicado, olha pra direita, olha pra esquerda, pra cima e pra baixo e nada. Era apenas um cruzamento onde ninguém conhecia esse tal templo.
Pegamos o ônibus de volta e conseguimos juntar pessoas para nos ajudar. Um gringo inglês que morava por ali, um japonês da região, uma jovem e depois de muitas olhadas em volta sem ninguém saber dizer para onde iríamos, conseguimos uma direção. Depois de rodar muito encontramos o templo e… bom, ele é meio nada demais, sabe? Rá-rá. Ficou mais para história mesmo.
6. Estúdio da Universal
Além dessas coisas, Osaka tem um estúdio da Universal. Nós não fomos porque não nos interessa muito ver esse tipo de coisa no Japão, mas para quem gosta, dizem que é bem legal.
A entrada custa cerca de 8000 yenes e é fácil chegar de trem, ônibus ou ferry, já que fica numa baía.
7. Beisebol
Um dos esportes favoritos no Japão, leva multidões aos estádios, especialmente em cidade como Osaka, em que o time é super forte.
Se você gosta do esporte ou simplesmente quer ver de perto um traço fortíssimo da cultura japonesa, vá ao Orix Stadium assistir à um jogo, tenho certeza que será super divertido!
8. Time Bomb Records
Essa loja de música é um barato. Tem de um tudo, música comum, pop, rock e muito som e gente alternativa. Combina perfeitamente com Osaka. É um prédio enorme por onde você pode se perder e ouvir milhares de músicas diferentonas nos vários fones espalhados pela loja!
Além dessas opções, Osaka tem um aquário super famoso (que não visitamos porque temos um pouco de pena dos animais e achamos caro), um Jardim Botânico, um zoológico, um museu do Ramem (juro!), a maior loja do Pokémon do mundo, vários templos, alguns museus e muitas, mas muitas lojas para você comprar de tudo. Ai vai do seu tempo e interesses. Não importa quais sejam as suas opções, não deixe de se perder pelas ruas e comer e beber muito! (aqui nesse outro post você encontra algumas sugestões).
De lá também dá para fazer passeios de um dia para Monte Koya (já falei aqui que vale a pena dormir lá, é demais!), Nara, Himeji e Kobe.
O Sky Building todo iluminado pela lua no céu e pelo chão de estrelas.
Onde ficar em Osaka
Nós alugamos esse apartamento pelo Airbnb (Clique aqui nesse link e receba um desconto para alugar seu apê em Osaka) e como não tínhamos grandes pretensões por lá, simplesmente escolhemos o mais barato e perto do metrô. Logo, não é nenhum palácio, mas a cama era boa, o lugar seguro e a localização, na porta do metrô Higashi-Mikuni numa linha muito fácil de acessar qualquer lugar, compensou o menor espaço para tomar banho do mundo e o aspecto meio decadente da cozinha e do próprio prédio.
No Japão você encontra opções bem legais de hospedagem pelo airbnb e eles sempre mandam uns arquivos mega detalhados de cada passo que você tem que dar para chegar lá e como usar todos os eletrônicos. Achei mega fofo. Nesse apartamento tinha muitas explicações sobre o lixo. Como separar, onde colocar. Depois descobri que se o lixo não está separado para reciclagem os lixeiros não levam e ainda deixam um recado imenso no saco para o dono do lixo separar direito, o que gera constrangimento com os vizinhos. Primeiro mundo, né, gente? Me senti mal, porque acho que colocamos o lixo no lugar errado antes de sair…
As melhores opções de hospedagem ficam ao redor das estações de Namba e Osaka, porque além de facilitarem muito a chegada/saída da cidade, são de fácil acesso à qualquer lado da cidade de metrô e bem servidas de lojas e restaurantes.
Algumas opções de hospedagem bacanas e super bem avaliadas no Booking: para os que precisam economizar mais – Hostel Rakutsuki e Hostel Sakura La An (em torno de USD 50), Rozy Hotel e Daiwa Roynet (em torno de USD144), Hotel 88 e Il Cuore Namba (em torno de USd 200) e os sempre seguros Hilton e Marriot.