O que levar para o Trekking do Everest Base Camp
Se tem uma coisa que todo mundo pergunta é o que levar no trekking para o Everest Base Camp. Quais roupas, quais equipamentos são necessários? Aqui vou dizer mais ou menos o que as agências e guias aconselham e também o que levamos, onde compramos e como funcionou, considerando que resolvemos fazer o trekking no meio do nosso mochilão de 1 ano, ou seja, em clima de economia total de dinheiro e espaço na mala!
Você vai precisar de algumas roupas e equipamentos específicos que você pode ir comprando aos poucos, pegando emprestado com os amigos e ainda pode deixar algumas coisas para comprar no Nepal. Kathmandu tem uma loja de roupas e equipamentos do lado da outra, no bairro de Thamel. Tem que bater perna e pechinchar, mas é possível fazer boas compras. Algumas lojas oficiais, como a The North Face e a Mountain Hardwear honestamente não são mais baratas e tem menos variedade do que em outros lugares. Se tiver oportunidade de comprar nos EUA, você vai se divertir bem mais. Já as lojinhas tem de tudo. A maioria das coisas são fake, mas procurando é possível encontrar diversas qualidades. Como eles mesmos perguntam, você quer que tipo: o bom ou o mais barato? É só escolher…
Ah, e não deixe de pegar todas as dicas de Kathmandu, sua parada obrigatória no Nepal antes do trekking!
Então vamos lá!
Saiba aqui como uma molenga conseguiu fazer o trekking para o Everest Base Camp!
Roupas que você deve levar no Trekking para o Everest Base Camp:
1) Botas: de cano longo para proteger de torções e com Goretex, que deixa a bota impermeável. Não, não dá para ir com tênis velho nem com bota sem Goretex. Imagine se chove logo no primeiro dia e você tiver de encarar mais 10 dias com a bota molhada!! Porque é frio né amigo? Não tem solzão pra secar a bota. No Brasil você vai encontrar mais facilmente botas boas da Salomon e da The North Face, que são respiráveis (vulgo evitam meia molhada e chulé). Compre o quanto antes e vá usando para amaciar. Não escolha pela beleza e sim pelo conforto. Fora do Brasil você pode comprar uma bota italiana como a La Sportiva, considerada uma das melhores do mundo e que ainda por cima, são lindas. As botas não vão custar menos de R$ 500,00 e você encontra em lojas especializadas como a Pé na Trilha e Arco e Flecha.
Nossa escolha: Preferimos a Salomon porque as botas são um pouco mais largas na lateral e assim, mesmo com 2 meias ou meia grossa, não aperta. Vai de cada um. As nossas compramos na Netshoes.
2) Chinelos: para aquele momento de relax depois da caminhada e para o banho em banheiro compartilhado. O pessoal aconselha a levar um chinelo sem dedal ou crocs para ficar mais confortável de meias.
Nossa escolha: Levamos um par de havaianas que revezamos para tomar banho e o Ga usava quando estava a fim, enquanto eu levei uma sapatilha havaianas que usava para ficar no lodge e dar um rolezinho pelas cidades. Não compramos crocs nem um chinelão tipo Ryder porque nunca mais usaríamos e não quisemos gastar, embora sejam coisas baratas lá em Kathmandu. Levamos só um par para economizar peso e espaço na mochila.
3) Tênis: aconselhável para dar um descanso nos pés das botas de caminhada.
Nossa escolha: Nós não levamos porque já estamos acostumadíssimos a andar com as botas durante nossa viagem e não sentimos necessidade de trocar. Economizamos peso e espaço e não sentimos falta.
4) Meias: 1 par para cada 2 dias de caminhada. Devem ser meias específicas para trekking que tem costuras que não machucam tanto o pé e são de lã ou outros materiais térmicos, grossas. São mais caras, mas valem cada centavo. Além dessas, é legal você ter meias finas, também próprias para trekking que são usadas sob as meias grossas. Nem todo mundo sente necessidade de usar, eu adoro. Além de deixar os pés mais quentes, ajuda a evitar bolhas. Uso até em trekking no verão (a loka).
Nossa escolha: Tínhamos algumas velhas e compramos outras em Kathmandu por cerca de 2/3 USD cada uma. Tem em todas as lojas. Minhas meias preferidas comprei no Brasil mesmo, na Arco e Flecha. São as meias Insulate da Solo (grossas) e Veloce Pro Coolmax da Solo (finas).
5) Calças de trekking: dá para fazer o trekking todo com uma calça de trekking – mais leve e resistente – só, mas 2 é o ideal para variar e caso molhe, enlameie, rasgue ou alguma outra tragédia.
Nossa escolha: Nós levamos calças-bermuda da The North Face e Columbia que compramos no Brasil na Netshoes e na Pé na Trilha. Em Kathmandu o preço também era bom na loja oficial e ótimo nas lojinhas. Nem usamos bermuda, acho bem dispensável um shorts, exceto se você realmente for muito acalorado. Eu ainda comprei lá em Kathmandu uma calça Chokstone da Mountain Hardwear que é sensacional, mais resistente à agua e sujeira e um pouco mais quente que a outra calça-bermuda. Sem falar que é um modelo mais justo que cai bem melhor no corpo.
6) Calça impermeável: É bem útil levar uma calça impermeável, seja uma própria de trilha, seja uma daquelas tipo motoboy para vestir por cima de tudo caso comece a chover.
Nossa escolha: nós tínhamos a Venture da North Face que é essencial para qualquer mochilão. Compramos na Amazon. Usamos pouco, mas quando usamos é porque a coisa tá grave! Foi beeem útil no trekking, tanto num dia de nevasca quanto na chuva.
7) Calça de relax: para depois da caminhada e para dormir (nem pense em pijama, quanto menos trocar de roupa no frio, melhor para evitar o mal de altitude). As de fleece são as mais leves e quentes, e são baratas nas lojinhas de Kathmandu (umas meio feias) e em Namche Bazzar (umas bem bonitinhas).
Nossa escolha: Como não tínhamos calça de fleece e não queríamos ocupar espaço com algo que não iríamos usar muito no resto do mochilão, levamos umas velhas calças de moletom fino mesmo e deu.
8) Calça e blusa segunda pele (base layer): são umas leggings e camisas finas e quentes para usar debaixo da calça de trekking e de todas as jaquetas. Também existem umas ceroulas meio quentes, mas as leggings são bem práticas. Esse item é essencial porque nos dias mais frios você precisa vestir-se em camadas e usar a segunda pele, fleece e down jacket, senão vai passar perrengue.
Nossa escolha: Compramos em Kathmandu nas lojinhas um conjunto de calça e blusa segunda pele por cerca de 10 USD. Tem de várias marcas: The North Face, Under Armour, Mountain Hardwear.
Um videozinho para dar uma ideia dos dias de neve, em que é essencial ter boas calças e jaquetas impermeáveis!
9) Camisetas: 3 de manga curta para os primeiros e últimos dias e umas 3 ou 4 de manga longa, de preferência Dry Fit.
Nossa escolha: Nós fomos com as camisetas que tínhamos: algumas dry fit, outras comuns de algodão, mas as de algodão não secam nunca… Leve Dry Fit que você encontra em promoção em várias lojas e outlets no Brasil. Em Kathmandu não achei tão barato.
10) Fleece: 1 grosso. Esse item é essencial! É leve e bem quentinho. Tem gente que recomenda levar 2, sendo o outro mais fino, acho bobagem.
Nossa escolha: Compramos os da Gonew na Netshoes e são ótimos e baratos. Usamos bastante em todo o mochilão. Em Kathmandu também existe milhões de opções baratas, acho bem desnecessário comprar de marcas famosas que custam uma fortuna.
Não esqueça de fazer um seguro viagem próprio para o trekking! Veja aqui todos os detalhes.
11) Jaqueta de pena de ganso ou down jacket: tem que ser apropriada para baixas temperaturas e você pode alugar em Kathmandu por cerca de 25 USD pelo período todo.
Nossa escolha: Nós tínhamos uma da Uniqlo, mas não tínhamos certeza se aguentava temperaturas muito negativas, então pegamos a alugada que a agência nos ofereceu e que era própria para o trekking. Levamos as 2, porque a nossa era bem pequena e leve e usamos em alguns pedaços do trekking, depois das caminhadas e para dormir. A down jacket emprestada usamos somente nos 2 dias de maior altitude, quando nevou e realmente fez frio.
12) Jaqueta corta vento impermeável ou anorak: item essencial para a VIDA. É uma jaqueta bem leve, que segura o frio quando está ventando e a chuva/neve. Para vestir por cima de tudo e ficar seco e quente.
Nossa escolha: Já tínhamos as nossas, uma Venture e uma Resolve (que acho a melhor) compradas na The North Face que usamos MUITO. Isso também tem em todo lado de Kathmandu bem em conta, mas eu sugiro que você compre um bom original porque vai usar muito.
13) Luvas: vimos várias sugestões para levar 2 luvas, uma fina e uma grossa. A fina é para os dias menos frios e para usar debaixo da grossa nos casos de frio intenso, então tem que experimentar junto na hora de comprar a grossa para ter certeza que serve,
Nossa escolha: nosso guia disse que não era necessário em abril/maio e seria mais importante na temporada do fim do ano. Então levamos só uma luva, mais grossa, mas não aquelas de neve. Vale a pena comprar em Kathmandu porque tem vários modelos e é barato nas lojinhas. Compramos por 3/5 USD umas que eram corta vento e tinham a ponta dos dedos que permitiam usar celular. Eu praticamente não usei, só num dia de nevasca e no dia do Base Camp. O ideal é que sejam impermeáveis.
14) Gorro, boné e cachecol/buff: leve aquele seu gorro de casa ou compre um artesanal em Kathmandu, dá perfeitamente. Já o buff é uma coisa muito simples que alguém inventou e que é ótimo, um pedaço de tecido leve ou com fleece que serve de cachecol, corta vento, afasta poeira, gorro, escondedor de cabelo sujo, segura franja e o que mais você quiser. O original é caro, entre 20 e 30 USD (com ou sem fleece). Em Kathmandu e em Namche Bazzar tem várias opções fake bem em conta e que servem também. Só não espere encontrar nada discreto: tudo era estampado, berrante, colorido. Boné ou chapéu é importante para proteger do sol super forte das montanhas.
Nossa escolha: levamos boné velho, gorro das ruas de Kathmandu e eu comprei um buff lá na Mountain Hardwear de Kathmandu com fleece que amei de paixão (e que nunca mais usei!).
Ah, não esqueça suas underwear! Tops em quantidade suficiente para não ficar usando nada molhado, calcinhas e cuecas confortáveis.
Equipamentos que você deve levar no Trekking para o Everest Base Camp
15) Óculos de sol: aqui há uma controvérsia. Metade das pessoas nos disse que era essencial levar um óculos próprio para altitude/neve para evitar a cegueira de altitude, que dói e obviamente acaba com seu trekking. É um óculos com polarizador e fechado nas laterais. A outra metade disse que isso só é necessário para quem fica no Base Camp ou escala o cume.
Nossa escolha: Nós também nos dividimos. O Gabriel foi com os óculos normais dele. Não teve nenhum problema. Eu, que já sou meio cegueta, fiquei preocupada. Só que eu uso óculos de sol com grau e não estava disposta a gastar uma fábula para fazer um óculos desse e não queria ir de lente porque fico com o olho irritado quando uso por muito tempo. A Sadhana, que nos atendeu na agência que contratamos, sugeriu que eu procurasse nas óticas em Kathmandu, pois eles tinham uns encaixes para óculos de grau e realmente achei um que não era lá muito bonito, mas encaixou direitinho no meu óculos e custou 15 USD (depois de muita choradeira da minha parte, devo dizer).
Saiba mais sobre o roteiro dia a dia do trekking para o Everest Base Camp aqui.
16) Sleeping Bag: precisa para os dias mais frios, pois os lodges não tem aquecedor nenhum e os cobertores que eles providenciam não seguram toda a onda. Tem que ser próprio para -20C. Se você não pretender usar muito depois desse trekking, não compre, vai ser apenas uma tralha a mais na sua casa. Você aluga facilmente em Kathmandu por cerca de 25USD todo o período.
Nossa escolha: a agência que contratamos providenciou alugados para nós, como já contei no outro post.
17) Mochilas/Duffle Bag: você vai precisar de uma mochila pequena para levar no trekking suas coisas essenciais (água, papel higiênico, filtro solar, anorak, snacks, passaporte, dinheiro). Pode ser a sua ai mesmo, mas de preferência leve uma com bom sistema de ventilação nas costas e alças para não ficar molhada, pois como já disse, lá em cima é difícil secar. Para o restante das suas coisas você pode levar uma mochila normal, mas se for despachar com os carregadores, é melhor levar uma duffle bag. Aparentemente é uma bolsa bem mais desconfortável de carregar, mas eles não levam nos ombros e sim amarradas de duas em duas e presas na cabeça ou nos yaks, uns animais da região. Elas são mais duras e impermeáveis, portanto resistem melhor aos raspões e apertos das cordas e aos trancos de quando são jogadas pra lá e pra cá. São baratas em Kathmandu. Em qualquer caso, não deixe coisas para fora da mala, tudo deve caber dentro, inclusive os sleeping bags, não esqueça de levar isso em conta na hora da arrumação caso vá alugar o sleeping bag e a down jacket!
Nossa escolha: para o dia a dia nós temos uma da Osprey que é fan-tás-ti-ca. É a Escapade 36 que compramos na Amazon. Nunca fica molhada de suor, é confortável, tem lugar para tudo e já vem com capa de chuva. Se sua mochila não tiver capa, compre uma, é essencial. No Brasil você encontra nas lojas de aventura e em Kathmandu em toda a parte. Nossa agência forneceu para nós a duffle bag e levamos uma só com as coisas de nós 2.
18) Cadeado: pequeno, para a duffle bag que às vezes fica sozinha enquanto os carregadores almoçam ou enfim, para proteção.
Nossa escolha: cadeado de código para não perder a chave…
19) Sacos estanque: o pessoal recomenda colocar tudo em sacos estanques dentro da mala, mas achamos um baita exagero, já que a duffle bag já é impermeável e quando chove os carregadores ainda cobrem com uns sacos plásticos. Claro que a situação pode ficar complicada se chover ou nevar vários dias seguidos… Tem à venda em todos os lugares de Kathmandu, de todos os tamanhos e a preços razoavelmente baratos.
Nossa escolha: nós, pão duros que fomos, compramos bem baratex no mercado uns sacos de lixo daqueles bem grossos e fizemos uma “bolsa” dentro da duffle bag. Somente os sleeping bags protegemos com mais carinho, com um saco só para eles porque isso sim, se molhasse estaríamos bem ferrados. Colocamos nuns sacos estanques pequenos que já tínhamos apenas as coisas mais delicadas: papel higiênico, celulares e outros eletrônicos, passaporte. Deu tudo super certo.
20) Lanterna de cabeça: boa para os dias em que o banheiro é externo e fica um breu total durante a noite e para casos de falta de energia.
Nossa escolha: Levamos do Brasil umas baratinhas que compramos na Netshoes. Dizem para não levar lanternas à pilha porque nos lugares mais frios congela, mas nós usamos numa boa. Isso não é tão barato em Kathmandu, embora dependa muito da qualidade que você escolher.
21) Bastão de caminhada: para ajudar no equilíbrio e nos esforços. Carinhosamente apelidados por nós de palitos, considero um dos itens mais inúteis que recomendam levar.
Nossa escolha: Compramos em Kathmandu (não esqueça de abrir e testar todos) por 8 USD cada par e praticamente não usamos. Nem nós nem ninguém do nosso grupo. Eu até me esforcei, porque achei elegante andar com aqueles palitos, mas acho que a caminhada não é tão exigente, a gente anda mais devagar com eles e, honestamente, nas descidas você não pode confiar tanto, tem que forçar o joelho de qualquer jeito. Eu usei por um tempo um palito só, mas me irritava cada vez que queria tirar uma foto e só tinha uma mão disponível, acabava dando palitada nos outros, enfim, abandonei meu par lá em Lukla. Mas se você se sente confortável com eles… muita gente usava.
Outras bugigangas que você precisa levar para o Trekking para o Everest Base Camp:
22) Garrafa e purificador de água: a garrafa é importante para o caso de você preferir pegar água e purificar e, se for no inverno ou próximo dele, deve ser térmica, senão congela. Se for comprar água mineral, não é essencial. Lá em Kathmandu tem várias garrafas de todas as faixas de preço. Os purificadores você compra em qualquer mercadinho de Kathmandu e custa 1 USD uma caixinha com 50 (para 50l de água).
Nossa escolha: Compramos uma garrafa por 5 USD bem dura e não tóxica. Desistimos de coletar água porque tinha muitos resíduos e ficava com muito gosto de cloro. Usamos também um saco de hidratação da Nautika que compramos baratinho no Brasil, na Netshoes.
23) Despertador: é bom ter um além do celular, caso não consiga/queira carregar.
Nossa escolha: Não tínhamos, então não levamos nem sentimos falta. Desligávamos o celular durante o dia e usávamos um de cada vez como despertador para salvar bateria.
24) Toalha: própria para trekking: pequena e de secagem rápida.
Nossa escolha: Da Seo to Summit que compramos na Amazon e adoramos. Secam bem o corpo, secam rápido e ainda tem um toque de toalha de verdade, que é bem gostoso. Embora seja fácil de encontrar em Katmandu, sugiro comprar uma original, porque já tivemos toalhas horríveis que não secam nada.
25) Filtro solar: não dá para viver sem. É um sol super forte e você deve passar em todos os pedaços do corpo que fiquem expostos, inclusive mãos e orelhas. Leve um para a boca também. Você compra esses itens bem barato em Kathmandu, cerca de 5 USD para os 2.
26) Lenços umedecidos: para o banho nos dias em que não tem chuveiro e outras limpezas. Leve uns 2 pacotes.
27) Hidratante e talco: o talquinho é para passar depois do lenço umedecido e ficar mais seco, cheiroso e com sensação de limpeza. Não é essencial, mas sério, vale a pena. Já o hidratante é vida. Leve um bem líquido porque fica meio congelado. Levamos um Bepantol para a boca que nem conseguimos usar lá no alto, ficou completamente duro.
28) Sabonete, shampoo, condicionador: leve o básico e em pequenas quantidades. Seja realista: vai ter pouco banho mesmo.
29) Papel Higiênico e Lenços: todo mundo fica chupando nariz no trekking. Você pode levar lencinhos (uns 2 pacotinhos) ou usar papel higiênico, mas nesse caso, calcule bem porque um rolo de papel minúsculo no trekking custa mais de 1 USD, preço de um pacote com 4 grandes em Kathmandu e uns 10 pacotes de lenço. Você vai precisar de uns 2 rolos para o dia a dia e mais o que for usar para o nariz. Quando for comprar, veja com atenção as metragens e qualidade. A diferença de preço é pequena, mas sério, no Nepal tem uns rolos tão pequenos e com papel tão fino que não dura nada!!! Compre um extra soft grande.
30) Eletrônicos: algo para ler e ouvir música são muito bem vindos, pois temos bastante tempo livre nos primeiros dias; celular se quiser usar internet, carregadores. Algumas pessoas estavam com ipads e computadores, vendo filmes e tal. Acho bobagem porque recarregar essas coisas é mega caro e, afinal, você foi até a casa do chapéu para viver a natureza! Nós fomos bem muquiranas e só carregamos nos lodges em que era de graça (até Namche) e em um ou outro pub ou bakery que deixava carregar. Depois sobrevivemos com o que tínhamos e, veja só, nem doeu.
Saiba como evitar o mal de altitude e se cuidar no trekking para o Everest Base Camp aqui.
31) Câmera fotográfica: essencial, né? Leve baterias extras, se tiver, pois recarregar é mega caro!
32) Bandeira do Brasil e canetão: para mostrar pro mundo que você é brasileiro com muito orgulho e deixar seu nome em tudo quanto é lugar. Nem sequer lembramos disso.
33) Caderno/Diário: para registrar suas emoções. Pequeno, acho que não dá tempo de escrever um livro.
34) Remédios: leve tudo o que você toma normalmente e mais os remédios de trekking. O mais comum em todo mundo do trekking são bolhas, resfriados, dor de garganta, de cabeça, de barriga e nariz congestionado. Em casos mais graves, infecções respiratórias e mal de altitude, então convém levar remédios para diarréia, reidratação, gripe, pastilhas para dor de garganta, antiinflamatório, analgésicos (de preferência ibuprofeno), um remédio para infecções das vias respiratórias e Diamox para o mal de altitude. Se você for independente, não esqueça do kit de primeiros socorros. Se for com guia/agência, veja se eles providenciam. De qualquer forma, leve alguma coisa para desinfetar e cobrir ferimentos com você, sempre vale a pena.Você encontra tudo em Kathmandu, com preço ok. Principalmente o Diamox, não compre mega caro no Brasil e ainda confira se sua agência leva, normalmente sim. Lá em Kathmandu eles vendem um genérico que chama Zolamide. Aqui uma observação: algumas pessoas tomam o Diamox/Zolamide como prevenção, um por dia desde 2 dias antes de iniciar o trekking. Eu particularmente acho que a gente só deve tomar remédio quando é estritamente necessário então nem eu nem o Gabriel entramos nesse time, mas se você preferir tomar, consulte um médico para entender direitinho porque tem efeitos colaterais. Tem gente que acha trapaça com o trekking tomar o remédio preventivamente, mas sei lá, cada um com suas decisões…
35) Snacks: um ou dois por dia, dependendo de como você come. Nós levamos 2 e voltamos com vários porque as refeições eram super bem servidas. O que mais comemos foi snickers, o chocolate, que depois do almoço dava aquela dose de energia.
36) Lençol: próprio para sleeping bag. Vendido aos montes lá em Kathmandu, tem de todos os tipos, até com repelente de insetos. Compramos uns bem baratinhos – 5USD – só para não deitar direto no sleeping bag alugado (vai saber quem andou por ali), mas não era nenhuma maravilha e também não é essencial. A Decathlon tem um bacana.
Pronto, é isso! Dá um pouco de trabalho organizar, mas não é tanta coisa assim! Se você optar por comprar várias coisas em Kathmandu, deixe pelo menos um dia inteiro para isso, porque são várias lojas para pesquisar preços e opções e toma um tempo. Depois ainda tem que arrumar a mala… Se você for chegar, por exemplo, na tarde anterior à saída do trekking, sugiro que você leve tudo do Brasil.
Dicas extras:
Um ponto importante é a questão do peso. Primeiro porque o vôo para Lukla tem limite de peso de 20KG por pessoa (mala despachada e de mão juntas) e cobram extras. Segundo porque as malas com essa tralha toda são levadas pelos carregadores (exceto se você for um montanhista que todo mundo respeita e que leva a própria mala), mas não é porque não é você que vai se matar que você não pode se colocar no lugar do cara e maneirar na bagagem, né? Lembre que cada carregador costuma levar a bagagem de 2 pessoas mais as próprias coisas (facilmente chegando a 40kg) !!! Não tire nada de essencial, mas não leve supérfluos tipo camisetas extras, roupas para sair à noite, montes de snacks, 4 gorros para variar a cor, sei lá que outras bobagens. Eu e o Gabriel levamos uma mala só, que pesava 22kgs. Tudo bem que somos práticos, mas não nos faltou nada e não ligamos a mínima se repetimos looks várias vezes (afinal, é um trekking!). A maioria das malas de 1 pessoa pesava entre 15 e 17kgs, vimos ao embarcar no vôo. Ai o pessoal ficava desfilando com bota de “night”, camisa de “night”, etc… Enfim, é da consciência de cada um, mas na boa? Todo mundo sabe que você não tomou banho, pra quê tanta firula?
A outra questão é: o restante das suas coisas de viagem, se você tiver, fica em Kathmandu. Todos as acomodações deixam guardar malas e as agências e guias oferecem esse mimo também. Nunca ouvi dizer que alguém cobrou por isso, inclusive deixamos malas em outras viagens que fizemos, em diferentes hotéis, sem problema nenhum!
Agora siga o chamado da montanha!!!! =D
Ah, e não deixe de pegar todas as dicas de Kathmandu, sua parada obrigatória no Nepal antes do trekking!
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Que bom saber, Fernanda! Espero que vc esteja indo curtir esse trekking e que seja tudo maravilhoso!
De longe o melhor relato que já li sobre o trekking. E olha que li centenas!
Parabens
Eu é que agradeço essa mensagem alto astral, Maria Cecília!
Bruna!!!!! Obrigada pelo blog maravilhoso e inspirador… que a vida lhe trate muito bem, sempre, e que tenha energia para continuar inspirando nossas viagens através das suas experiências!
Oi Adriana! Vc encontra sim tanto crocs quanto lanternas, agora os preços dependem de ser original ou fake…rsrsr Mas é mais barato que aqui de qualquer forma. E no caso das lanternas, depende também da qualidade, pois alpinistas profissionais compram as que tem baterias que não congelam e que duram mais. Mas eu fui com uma muito simplona e funcionou super bem.
Um beijo!
Oi Bom dia!! Em Katmandu tem crocs com um precinho camarada? E lanternas de cabeça vale a pena comprar em katmandu? Obrigada.
Oi Rodrigo, tudo bem? Vamos ver se consigo te ajudar…
O saco de dormir acredito que seja mais do que suficiente, mas isso depende de onde vc vai dormir e em que época vai. Se vc for dormir nos lodges dá com certeza em qualquer época. Se vc for dormir em barraca ai sugiro que vc leve um isolante térmico também, especialmente se for no inverno.
Com relação à bota, eu também tenho uma “enorme queda”pelas botas da La Sportuva, mas eu nunca tive uma, então não tenho muito como avaliar.
Mas posso te dizer o seguinte: o trekking comum não tem caminhada em gelo e neve, então não tem necessidade de um equipamento tão específico. Se vc for no inverno, pode até ser mais útil, mas ainda assim, com uma bota comum de trekking dá para fazer e até com um tênis de montanha.Eu pessoalmente prefira a bota, mas tenho um amigo que prefere tênis e foi bem também.
Se vc for pela trilha via Gokyo há um trecho com gelo e ai a bota pode ser mais útil, mas ainda assim, dá para ir de bota ou tênis de trilha comuns.
Só não deixe de levar chinelos, porque vc vai precisar para tomar banho!
É isso, espero que tenha te dado um help e boa viagem!
Bruna
Bruna, boa noite. Estou decidido a fazer este ano o Base Campe tenho voltado a ler alguns artigos sobre a ruta e gostei muito do seu post pela simplicidade e lógica dos equipos. Minha bota TNF infelizmente faleceu depois de duas patagônias, uma no inverno e outra no verão e estou a procura de algo novo mais robusto para a BCT (base camp trail). Tenho uma enorme queda pela La Sportiva Nepal CUBE GTX. Apesar de ser uma bota de alta montanha para pratica em ambiente com piso congelado ou com neve, ela se destaca com boa estabilidade também em rocha. Estou pensando em levar também um tênis de montanha rápido para uso esporádico e substituição das sandálias, bem leve e de pratica utilização. Quando ao saco de dormir tenho um inferno -29 (não sei se segura a onda). O resto eu acredito que tenha tudo ja bem organizado e testado, inclusive os buffs para vários tipos de eventos, salvando 2 que levarei na trilha. Me fale sua opinião sobre a bota e o saco de dormir se acha que vai ser produtivo. Obrigado pelo post, Rodrigo.
Bruna, boa noite !
Oi Mikéyas, desculpe a demora em te responder, esse mês foi meio corrido por aqui! Eu não tenho um guia local para te indicar, porque o que fez conosco só trabalha com agência. Mas em Kathmandu tem mais guias por metro quadrado do que turista, então você conseguirá facilmente algum guia chegando lá, nós mesmos conversando com 3 guias locais antes de optar pela agência. Todos os hostels, hotéis, restaurantes e pessoas que você encontrar na rua vão ter alguém pra indicar, te juro! Uma outra opção é você contratar em Lukla (assim também não tem o custo do vôo do guia…). É só desembarcar lá que o esquema é o mesmo, inúmeras opções para você escolher aquele com quem simpatizar mais. Se você quiser indicações, uma outra opção é dar uma procurada no site do Mochileiros, certamente vai ter alguém com alguma indicação… Desculpe não poder ajudar mais, mas vai com tudo que sua viagem vai ser incrível! Um abraço, Bruna!
Ótimas dicas…
Quero ir sozinho (Sem agência) e contratar um guia local para subir comigo.
Possui alguma informação sobre guias locais que fazem a subida?
Que legal, Lais! Essa é uma experiência única na vida, você vai amar! E fico feliz que o post tenha te ajudado =D. Boas trips pra vc tbm!!!
Excelente narrativa, e parabéns pelo feito! Muito legal! Estou planejando o trekking para 2019, também com agência – mas de SP, e suas dicas me ajudaram muito! Super obrigada e boas trips!
É isso ai, Yuri, volta pro trekking! Na verdade acho que todo mundo fica com esse sentimento de querer voltar depois de conhecer esse canto do mundo. E eu já me prometi voltar pela yoga! Bjo!
Muito Legal Bruna, bacana a sinceridade que você coloca na narrativa… a linha deve ser esta mesmo.
Acabei de voltar de uma trip pela India e Nepal… a idéia estava mais voltado ao Yoga, mas me apaixonei pelas montanhas quando estivemos em Pokhara e prometi que um dia vou voltar para um trekking, seja na região do Annapurna ou pelo Everest base camp.
Grande abraço!
Oi Clayton, obrigada!!! Espero que seu trekking seja fantástico também!
Fantastico seu post. Parabens.