Estive em Lisboa em 3 oportunidades diferentes. Acho que gostei!
Lisboa tem vários vôos diretos do Brasil pela TAP e pela TAM e outras empresas operam para lá, normalmente com escalas sem sentido que farão sua viagem demorar muito mais. Somente na minha terceira visita fui diretamente do Brasil e meu amigo querídissimo Marco me pegou no aeroporto que, boa notícia, fica super próximo do centro!
Como usar o Transporte em Lisboa
Para sair do aeroporto há metrô e ônibus. O aerobus 91, que sai do terminal 1 tem paradas próximas à quase todos os hotéis e destino final na estação Cais de Sodré, que é ponto de partida para vários lugares. O bilhete custa cerca de 4 euros, é válido pelo dia todo em qualquer ônibus e dá 25% de descontos naqueles ônibus de turismo.
Outros ônibus como o 44 e o 208 passam pelo aeroporto e são mais baratos, mas não são propriamente para turistas, dão mais voltas e são mais cheios. Um táxi, porém, custa entre 10 e 15 euros até o centro, então acho que vale a pena.
De metrô são apenas 2 estações do aeroporto até a Oriente e seus vários hotéis! Agora para o centro, seja perto do Marquês de Pombal, Restauradores ou para a Baixa-Chiado será necessário baldeação, o que pode ser um transtorno de malas, mas nada grave, pois o metrô de Lisboa é bem agradável (mapa das linhas). De qualquer forma, não esqueça que o táxi é baratim…
Nas 2 primeiras vezes já estava em Portugal e vinha do Porto. Fui de trem – acostume-se a chamar de comboio – e você chegará mesmo a qualquer lugar por este meio, inclusive à Madrid! Lembre-se apenas que existem 4 tipos de trens: o Alfapendular, mais rápido e caro; o Intercidades, menos rápido e menos caro; o Reginal, com inúmeras paradas e mais baratinho e o suburbano, para as regiões mais próximas como Cascais e Sintra.
A maioria dos trens pára na estação Oriente, que por si só é uma atração, com lindíssima arquitetura de Santiago Calatrava e com ligação com o metrô para outros pontos da cidade. Na região desta estação ficam diversos hotéis em estilo mais moderno, o Parque das Nações, o Oceanário e outras atrações, mas fica um pouco distante.
Alguns trens também páram na estação Santa Apolônia, que fica na beirada do badalado e tradicional bairro de Alfama e que tem ligação bem mais rápida à região central de Lisboa, conhecida como Baixa, onde estão muuuitas outras atrações e hotéis mais tradicionais.
Os trens suburbanos em geral tem ligação na estação Cais de Sodré (para Cascais) e Rossio para (Sintra).
De ônibus – acostume-se a chamar de autocarro – também é possível ir para quase todo o lado. É bom checar pelos sites da Comboios de Portugal e da Rede Expressos os horários do trem e do ônibus e o tempo de viagem para decidir como ir. Se decidir mesmo pelo ônibus, o terminal rodoviário fica na estação Sete Rios, que tem ligação (meio complicadinha, mas basta perguntar) com a estação Jardim Zoológico do metrô.
Dentro de Lisboa, o metrô e os trens cobrem praticamente todo lado e é fácil pegar um mapa nas estações. Na sua primeira viagem você compra um cartãozinho do Viva (na máquina mesmo) que pode ser carregado com uma viagem só para o transporte que você desejar ou com um determinado valor que pode ser usado em qualquer transporte. O cartão custa 0,50 e pode ser usado para sempre, basta recarregar. Você deverá passar o cartão na entrada e na saída nos metrôs e trens!
Se você não tiver o cartão, pode andar nos ônibus, bondes e elevadores, mas paga bem mais caro, especialmente nos elevadores em que você deve pagar a ida e a volta. Como quase ninguém volta pelo elevador, acaba pagando quase 4 euros para subir uma ladeira…
Além das estações Oriente, Santa Apolônia, Sete Rios/Jardim Zoológico, Rossio e Cais do Sodré que já citei, outras estações importantes são a São Sebastião, onde fica o El Corte Inglês, a Baixa-Chiado para a Baixa e o Bairro Alto, a Restauradores e a Marquês de Pombal para a Avenida da Liberdade e a Altos Moinhos para o Estádio do Benfica.
Os bondes tem 2 trajetos mais utilizados, o 28 que corta toda a baixa e é circuito obrigatório, e o 15, que vai para Belém. Em ambos, máxima atenção aos ladrões de carteira!!!
Se quiser descer ali bem na porta do Castelo de São Jorge, melhor pegar o ônibus 737 na Praça da Figueira e se quiser ir um pouco mais longe e conhecer o Palácio do Marquês de Fronteira, pegar o 070 em frente à estação Jardim Zoológico do metrô.
O trem, além de levar à Cascais e Sintra, pode levar ao Palácio de Queluz, que fica na estação Queluz-Belas da linha de Sintra.
Onde se hospedar em Lisboa
Já adiantei acima que alguns dos hotéis mais modernos e recém-construídos de Lisboa estão na região da estação Oriente, hoje um pólo hoteleiro. A região é super bonita, tem vários restaurantes, o imenso shopping Vasco da Gama e metrô para todo lado.
Se os seus principais interesses estão nessa área, se você prefere ficar próximo da estação que te levará a outras cidades ou se você preferir se hospedar em modernos apartamentos, muito comuns na região, essas são ótimas sugestões: os apartamentos do Panoramic Living e o Tryp Lisboa Orient Hotel tem ótima localização, bons quartos e diárias entre R$ 300,00 e R$ 400,00. Por cerca de R$ 200,00 também fica na região o Ibis Lisboa Parque das Nações.
Como a maioria das atrações de Lisboa está mesmo na Baixa e arredores, acredito que fica um pouco mais fácil se você estiver na região.
Me hospedei em 3 lugares diferentes quando estive lá.
A primeira, num fim de semana mais curtição com minha companheira Rosana e outros amigos, foi no muito, muito, muito bom hostel Living Lounge, na Rua do Crucifixo, nº 116. O hostel fica num prédio antigo, mas é moderníssimo por dentro, com uma decoração super cool, diferente em cada quarto.
Ainda tem um pequeno bar para um esquenta, faz jantares coletivos excelentes e baratos que facilitam a convivência e tem um café de manhã de deixar qualquer um feliz pelo dia todo. O preço é óoooootimo (Diárias em torno de R$ 50,00) e há quartos privados, mas nenhum tem banheiro exclusivo (não digam que não avisei). O melhor, porém, é a localização. Beeeem em frente ao metrô Baixa-Chiado, há poucos metros da Rua Augusta, do elevador de Santa Justa, da Praça do Comércio e todas as outras atrações da Baixa que podem tranquilamente ser visitadas à pé. Além das atrações, o Bairro Alto, com toda a sua concentração de bares e baladas fica ali ao lado e dá para curtir a noite alfacinha (como é conhecido tudo que provém da cidade) sem preocupação com táxis e guardas, como fizemos!
Na segunda vez fiquei 4 dias e estava em família, então procurei um hotel mais bonitinho e com suíte. Optei pelo micro Hotel Inn Fashion Residence também na Baixa, mas mais próximo ao metrô Restauradores e à estação Rossio. Escolhi pelo menor preço na região (Diárias em torno de R$ 200,00) e por ter algumas recomendações. O prédio é super antigo, mas o (único) andar do hotel foi todo reformado e os (poucos) quartos são novinhos.
Não tem sala para convivência nem restaurante, mas o café da manhã num café ao lado do hotel está incluído na diária. Achei interessante, pois não enrolávamos para sair já que tínhamos que nos arrumar para tomar café e ainda tivemos chance de acompanhar um pouco o dia-a-dia do pessoal da região que bate cartão ali.
O ponto forte do hotel na minha opinião é que além de ser super central, tem umas atendentes suuuper simpáticas, atenciosas e brasileiras, para quem faz questão. O ponto fraco é que mesmo sendo no primeiro andar, não tem elevador e pode ser meio difícil se, como eu, você estiver com malas pesadas.
Minhas sugestões de hotel nessa região são: O Hotel Chiado, além de uma localização in-crí-vel, tem vistas de cair o queixo (ainda vou ficar nele) e é ótimo (Diárias em torno de 600,00), também super bem localizado fica o Santa Justa (Diárias entre R$ 400,00 e R$ 1000,00) e o The 7 Hotel (Diárias em torno de R$ 300,00).
Na região do Rossio há outras opções, mas é uma região um pouco mais perigosa à noite. Sugiro subir um pouco mais a Avenida Liberdade e ficar em torno das estações Avenida ou Marquês de Pombal que ainda são ótimas localizações com acesso fácil à algumas atrações, bares, restaurantes e, com o metrô a poucos passos. Ótimos hotéis na região são: HF Fenix Garden (Diárias em torno de R$ 250,00), Tivoli Jardim e Turim Av. Liberdade (Diárias em torno de R$ 350,00) e os chiques e lindos Altis Avenida, Browns Dowtown e Inspira Santa Maria (Diárias a partir de de R$ 550,00).
A terceira vez foi na casa dos meus amigos Marco e Carla (que nem posso dizer como foram maravilhosos!!!!!) no bairro de Algés. É uma região residencial que fica um pouco depois de Belém, onde ficam os pastéis, o Padrão dos Descobrimentos, o Mosteiro dos Jerônimos e a Torre. Acho que não há hotéis em Algés, mas há alguns em Belém, como os chiquérrimos Altis Belém e Palácio do Governador (Diárias acima de R$ 800,00).
Poucas pessoas consideram se hospedar ali porque fica distante, mas pode ser interessante, especialmente porque quase ninguém visita a região à noite, quando também é lindo. Aproveitei para curtir os pastéis de Belém às 9 da noite, praticamente vazio e acredite que isso é quase impossível, e para tirar lindas fotos das belezuras dali.
Por fim, a região do Castelo de São Jorge tem algumas das vistas mais lindas da cidade. Dá um pouquinho de trabalho ficar ali porque é muita ladeira! Mas nada impeditivo e você vai ter mais contato com moradores locais. Alguns hotéis da região: Solar dos Mouros, Solar do Castelo e Olissippo (Diárias em torno de R$ 450,00).
Espero que a sua viagem seja incrível!
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