Como já contei aqui, o Centro de Lisboa é totalmente incrível e vai tomar muito do seu tempo na cidade. Mas Lisboa é muito mais e aqui você vai descobrir o que mais visitar.
(Está procurando também onde é melhor se hospedar? Dá uma olhadinha aqui: Lisboa – Transporte e Hospedagem)
Belém
Quem não quer comer os Pastéis de Belém? Ninguéééém. Para chegar lá,você pega o bonde nº 15 na Praça do Comércio até Belém. É possível visitar a região de 2 formas: começando pela Torre ou pelos Pastéis de Belém. Quer dizer, você pode visitar na ordem que quiser, mas essas 2 atrações estão em pontos opostos que ficam um pouco distantes.
O restaurante que considero mais apropriado para um almoço é o Vela Latina, na Doca do Bom Sucesso, que fica ali do ladinho da torre. Assim, você pode visitar a torre, almoçar e depois seguir até o Padrão dos Descobrimentos (que eu nem sabia que existia e acho sensacional), vendo-o de lado, quando parece um navio à caminho do mar sob a ponte 25 de abril e com a benção do Cristo Rei.
Entre um e outro fica o CCB ou Centro Cultural Belém, uma construção maravilhosa! Dê uma passada nem que seja para apreciar a arquitetura e lá, além de boas lojinhas, fica o Museu Coleção Berardo, interessantíssimo e FREE. Do ladinho, o Museu de Arte Popular , também simpático.
Chegando mais perto do Padrão você poderá conferir os descobridores e o mapa dos descobrimentos e até visitá-lo, por 4,50 euros. Para seguir para o Mosteiro dos Jerônimos terá que entrar na passagem subterrânea, pois não é possível atravessar a via rápida. Lá do outro lado você vai seguir pelos jardins e ver a espada do padrão, coisa mais linda!
Uma observação importante é que a subida até o topo da torre é meio difícil, pois a escada, antiga, apertada e em caracol, é a mesma para subida e descida e não há uma organização, ou seja, rola um sufoco quando o fluxo é dos dois lados, o que ocorre quase sempre. Pense bem antes de ir. A vista é bacana, em especial da Fundação Champalimaud, mas nada demais.
O mosteiro é enorme e um arraso . Ali fica o Museu Nacional de Arqueologia, que o Mario, nosso guia-arqueolojista lá de Évora disse ser muito bom, além do museu da Marinha e a Capela. Fique atento, pois está tudo fechado às segundas.
Ali colado ao mosteiro fica o Pastéis de Belém , o autêntico. Vamos lá, vou tentar não dizer besteira, mas o pastel de Belém nada mais é do que um pastel de nata. Só que além da receita deles ser ultra secreta e, portanto, impossível de reproduzir, eles registraram o nome e ninguém pode chamar um pastel de nata de pastel de Belém (avisem aqui no Brasil).
Bom, tenho 3 dicas importantíssimas para a apreciação da iguaria. A primeira é: deixe para ir para Belém nos seus últimos dias e coma a maior quantidade de pastéis de nata que puder antes, em locais diferentes. Somente assim você entenderá porque a casquinha tão crocante e o recheio tão cremoso são tão especiais e cerca de 20.000 unidades são vendidas por dia. A segunda é: por mais que tenha filas, não desista. A fila em geral é para comprar para viagem, pois apesar de parecer pequeno o local tem salas sem fim lá para dentro, sempre cabe mais gente! E a terceira é: sente-se e coma com calma, com um bom vinho do Porto. O grande lance do pastel de Belém é comer quentinho, na hora. Você pode até levar uma caixinha, mas não experimentar ali, com um bom drink, é um erro. E depois os pastéis ficam murchinhos e mesmo que você esquente será só uma lembrança…
Uma curiosidade é que há um concurso de pastéis de nata em Lisboa em que o Pastéis de Belém não entram, claro, mas um vencedor fica logo ali para frente, próximo ao museu dos coches, na pastelaria Chique de Belém. Boa opção!
Se você chegar cedo, comece pelos pastéis e depois siga o roteiro ao contrário, terminando com o almoço. Só preste atenção porque aos domingos Belém parece um formigueiro, já que o centro está todo fechado e a entrada na torre é gratuita até às 14hs, enquanto nos demais dias custa 5 euros (com vários descontos e possibilidade de bilhete conjunto com o mosteiro).
Os pastéis são surpreendentes e ficam abertos até 0hs. À noite é bem mais tranquilo e você pode comer calmamente, mas quase ninguém fica para descobrir e para ver as lindas atrações com a iluminação noturna e sem as muvucas de turistas habituais. Se tiver tempo ou ânimo, fique e não se preocupe, à noite há 99% de locais (o 1% de turista era eu), sendo um terço casais passeando de mãos dadas, um terço famílias jantando nas docas e 1/3 pescadores. Muito tranquilo, mesmo à meia noite.
Atrás do mosteiro fica o Restelo , um bairro elegantíssimo cheio de casarões e embaixadas. Pode ser bacana dar uma olhada, é só subir um pouco. Se tiver preguiça, pode pegar ali entre os pastéis e o mosteiro o ônibus 570, depois descer e pegar de volta no sentido contrário.
E, por fim, fica em Belém o excêntrico (na minha opinião) museu dos Coches ou dos carros. Um pouco para lá dos pastéis. Mais um pouquinho para lá e tem-se o Museu da Eletricidade , igualmente estranho (e igualmente na minha opinião).
Outro dia, outro lado de Lisboa. É lá que fica o Parque das Nações , construído para a Expo 98 e que revitalizou essa zona caidinha da cidade. Tem que descer na estação Oriente , liiiinda e com uma feirinha de livros e vinis e passar pelo enorme e ótimo Shopping Vasco da Gama para chegar lá.
Bom, se seguir em frente verá os prédios maravilhosos construídos para a Expo, com destaque especial para o renomado português Álvaro Siza e o lindo cais português. Depois, a Torre Vasco da Gama e poderá pegar o teleférico que te leva até a ponta esquerda do parque. Tá, é bacana ver o parque de cima, mas achei os 4 euros só de ida do teleférico meio demais. Você pode ir a pé mesmo ou voltar a pé pelos jardins ou pelos restaurantes, ou ambos. Do outro lado estará o Casino (lê-se cazino), o Oceanário, considerado um dos mais lindos do mundo e o Pavilhão do Conhecimento.
O parque todo é muito interessante e o passeio é bem gostoso.
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