Lisboa não é tão barata quanto outras regiões portuguesas para comer e por ser grande e cheia de turistas, também não é difícil escolher errado, mas vou te ajudar os melhores custo-benefício, os bares mais legais e até dar dicas de baladas!
(Está procurando também onde é melhor se hospedar? Dá uma olhadinha aqui: Lisboa – Transporte e Hospedagem)
Onde comer em Lisboa (bem, muito e barato)
O bacalhau é mesmo o carro chefe, seguido das sardinhas assadas e adianto que a alheira em Lisboa (comi em vários lugares) é meio esquisita, tipo à milanesa (??!!).
O restaurante Martinho da Arcada, famosíssimo por ser um dos preferidos do Fernando Pessoa, não impressionou nos pratos e ainda consideramos caro. Vale por ter tudo do Pessoa por todo lado e ser um patrimônio da cidade. Fica na Praça do Comércio, no nº 3. Não apenas este, mas também os demais restaurantes e bares da Praça do Comércio são muito mais caros que o normal por ser um ponto super mega turístico. Eu aconselho a evitar, a não ser que você queira sentar ali ao ar livre, ver e ser visto (por outros turistas).
Se quiser investir nas tasquinhas, que são como nossos botecos: mais feinhos, porém com as comidas mais saborosas, pode tentar um lugar na Adega dos Lombinhos, uma portinha onde se come o tradicional lombo português e se toma um bom vinho na Rua dos Douradores, nº 52, uma paralela da Rua Augusta.
A Cervejaria Trindade, sugestão da minha irmã Lais e do meu cunhado Calil, não é cara e tem uma comidinha divina, com destaque para o bacalhau. Meu porém fica por conta da cerveja, que não é artesanal, é da industrial Sagres. Não que a Sagres seja ruim, muito pelo contrário, mas tira um pouco do charme né?? Ainda mais porque o lugar é todo cuidado para transparecer os mais de 100 anos de sucesso. Fica na Rua Nova Trindade, nº 20-C.
Se quiser dar uma olhada no belo Estádio da Luz, casa do Benfica, o restaurante Catedral da Cerveja não é tão barato, mas também não é tão caro e tem boas opções de comida e de cerveja, vista para o estádio e um atendimento que te faz sentir nas nuvens. Fica aberto todos os dias, a um pulo da estação Altos Moinhos do metrô.
Em Alfama há milhares de restaurantes, com preços diversos, mas em geral muito estilosos (estilo português, quero dizer) e muitos com fado ao vivo. Próximo à Casa dos Bicos fica a tasquinha O Fernandinho, barato e gostoso e a Taberna Moderna, com precinho mais salgado, mas lindo, moderninho e com bom menu.
Em Belém, a melhor pedida é o Vela Latina, que fica na Doca do Bom Sucesso, no caminho da Torre. Tem menus completos (sopa, prato, bebida e café ou salada e salgado ou outras opções) gostosíssimos por cerca de 10 euros. Essa dica é ótima, pois nessa região é difícil encontrar lugares que sirvam comida, sendo mais comuns café e, claro, os famosos pastéis de Belém.
Além dos Patéis de Belém (em Belém), a Confeitaria Nacional, na Praça da Figueira, também é uma tradição em doces da melhor qualidade. Mas lembre-se que quase todas as pastelarias – acostume-se que pastel em Portugal são bolos, bolos são queques, e bolinho de bacalhau é pastelzinho de bacalhau – são excelentes e podem trazer boas surpresas, não deixe de entrar na maior quantidade possível.
A cafeteria A Brasileira, onde fica a famosa estátua do senhor Pessoa tomando seu cafezinho, pode ser uma boa paradinha para imitá-lo, mas não é propriamente barata.
Se estiver em um shopping e não resistir à fome, aconselho 3 fast foods de qualidade: o Vitaminas, com lanches e saladas, bem saudável; o Alentejo, com a ma-ra-vi-lho-sa comida alentejana, com especial dedicação aos doces e, por fim, o H3, uma rede de hamburguers gourmet que tem uma entradinha de alheira muuuito boa. Please, pelo menos uma vez na vida, esquece o McDonald’s!
No Parque das Nações fica uma extensa região de restaurantes, cheias de garçons brasileiros que te pegam na rua. Pode comer, são bons para todo tipo de peixe, mas dê uma pesquisada…
No Bairro Alto, aconselho o Toma lá da cá, que me foi apresentado pela simpaticíssima Ana Sena. Fica na Travessa do Sequeiro, nº 38 e tem comida e atendimento excelentes. Chegue cedo porque está sempre cheio e de locais (melhor indicador de qualidade, impossível).
Já o Adega do Ribatejo, na Rua do Diário de Notícias, nº 23 tem boa comida, preços pagáveis e ainda conta com uma turma do fado pouco convencional. Quem canta são os próprios funcionários. Sim, do captador de clientes (simpaticíssimo) à cozinheira (uma senhorinha animadíssima), todo mundo canta um pouquinho, numa versão mais descontraída dos tradicionais shows de fado. Além disso, não se paga para entrar e, nos intervalos dos shows, você pode colaborar comprando cds se quiser. Só não esqueça de respeitar os cantores e fazer silêncio!
Fado, Bares e Baladas na Noite de Lisboa
Já que chegamos ao fado, o que não faltam em Lisboa são casas onde se pode ouvir a mais tradicional canção lisboeta e jantar, em geral gastando pelo menos 30 euros. Não deixe de ver um como se deve, é muito emocionante.
Ali no Bairro Alto tem algumas como o Café Luso na Travessa da Queimada nº 10. A maioria das mais tradicionais, porém, fica em Alfama ou na Mouraria, bairros super tradicionais da cidade, com aquelas casinhas apertadinhas, roupas nas janelas, e uma porção de malandros.
Nenhuma semelhança é mera coincidência: tem um quê da Lapa carioca. Bom, saiba que o fado nasceu nestes bairros e que os cantores “modernos” como a Mariza nasceram ali. Fique atento à noite, assim, como se estivesse no Brasil sabe, e dê uma pesquisada onde acha melhor ir, de preferência indo direto ao ponto. É que os restaurantes e casas de fado têm captadores nas ruas e eles são meio chatinhos e difíceis de despachar…
Algumas opções interessantes são a Casa Linhares no Beco dos Armazéns do Linho nº 1, a Coração de Alfama na Travessa Terreiro do Trigo, nº 8 e o Clube de Fado na Rua de São João da Praça, nº 92, mas confesso que só dei um conferida, não assisti a nenhum show nem jantei em nenhuma.
Para a noite, o negócio é o Bairro Alto. A partir das 23hs, é só circular, são milhares de restaurantes, bares, portinhas onde se vende bebida, gente bebendo na rua, paquerando, fazendo o footing… Tenha aquela atenção básica e de preferência deixe no hotel as coisas que não quer perder.
O Mahjong, no nº 3 da Rua do Atalaia, me conquistou. Com uma decoração beeeem alfacinha, que amei, tem bons lanchinhos, cerveja barata, boa música e um staff muito, digamos, carismático.
Não deixe de conferir o cardápio, cheio de boas idéias! O meu senão é que no lugar, pequeniníssimo e fechadíssimo, é permitido fumar e agora que me acostumei com a ausência de fumacê aqui no Brasa, fico muito chateada em acabar a noite como um grande cigarro ambulante.
O Bar da Velha Senhora na Rua Nova do Carvalho é uma balada muito doida. Um misto de danceteria, restaurante e sex shop, tem decoração exótica, um clima muito caliente e também não requer muito investimento. Só que o atendimento é no mínimo antipático.
O bar A Paródia fica meio fora do vuco vuco, mas tem uma decoração toda antiguinha que dá um clima excelente e ainda se pode tomar um belo moscatel com gelo. É, eu desconfiei que não fosse boa idéia tomar na balada um vinho tão doce e que no Brasil estamos acostumados em tomar em pequenos cálices e sem gelo, mas além de delicioso geladinho, é super anti ressaca! Experimente.
Com essas dicas você já garantiu a barriga quentinha e a noite agitada. Se joga!
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