Nusa Lembongan é uma ilha que fica a 30 minutos de Bali. Tão pertinho que serve para passeios de 1 dia para quem está em Bali, principalmente no lado leste da ilha, em Kuta e Denpasar.
Nós achamos que valia a pena passar 2 noites. E valia mesmo. Em 1 dia só dá para ter um cheiro da ilha, mas não dá para ver as casas arrumadas com seus templos, os alunos voltando da aula em 4 numa scooter, a paz em que vivem as pessoas.
Ao invés do caminho fácil Bali-Nusa Lembongan (barcos de todos os tipos e tamanhos saindo mais ou menos a cada 1h de Sanur), fomos primeiro para Gili e de lá para Lembongan. Ao invés de gastarmos 30 minutos, gastamos 2 horas no trajeto… Não que tenha sido sofrido, mas quando compramos o ticket para o barco ninguém avisou que ele ia até Bali e depois ia para Lembongan e com isso perdemos uma boa parte do dia…
Pelo menos o nosso barco, da empresa Eka Jaya, era ótimo e não custou mais caro por conta do rolê.
Maior loucura foi o fato do barco parar no lado leste de Nusa Lembongan, bem próximo à ponte que liga Lembongan à Nusa Ceningan. Pergunte essas coisas antes de embarcar. Nós estávamos totalmente do lado contrário, do lado mais próximo de Bali e sabe-se lá Deus porque paramos lá se milhares de barcos param ao lado da Mushroom Beach.
O que sei é que chegamos num canto feio e abandonado e tivemos que pegar uma jardineira (mais conhecida como caminhão com bancos de madeira) e só custou 5 dólares por pessoa porque choramos muito. Pergunte para a sua pousada se eles fazem o transfer. A Mola Mola faz, quem não estava hospedado lá veio conosco chacoalhando nas estradinhas.
Sim, estradinhas. Os únicos meios de transporte ali são as jardineiras e as scooters, mas o simples fato de haver motores tira um pouco a graça do lugar para mim, tornado Gili a campeã no quesito vida tranquila.
Enfim, a ilha tem uma espécie de “vila” na praia de Jungut Batu, onde ficam muitas pousadas, alguns lugares para comer e o famoso cultivo de algas. É de lá que, pelo que entendi, saem os barcos para os picos de surf mais famosos (e sossegados de Bali): Playground, Laceration e Shipwrecks.
Preferimos ficar coladinhos na Mushroom Beach, uma praia sossegada e ma-ra-vi-lho-sa.
Escolhemos a Bali Belva. A Pousada foi beeem barata, estava novinha em folha, limpíssima, toda equipada com tudo que você pode precisar, com seus banheiros a céus aberto (quem nunca sentiu vontade de olhar para o céu estrelado tomando um belo banho?) e uma comida sensacional. Melhor e mais bonito Nasi Goreng de toda a viagem e de quebra tinha deliciosas sobremesas. A pousada fica no Sunset Point, a 5 minutos andando da Mushroom e da Dream Beaches. O restante da ilha é mais longe, mas você pode alugar com eles uma scooter por 5 dólares ou por 8, ser levado na garupa. Não fizemos nem uma coisa nem outra porque ficamos com medo de andar pelas ruas minúsculas e sem nenhuma visibilidade e porque no dia da cremação, justamente o dia mais livre que tivemos no local, eles não levam ninguém.
A pousada valeu cada centavinho e ainda saiu barata, mas não se preocupe, todas são bem similares, super bem cuidadas como tudo que tem o toque hindu de Bali. A Mola Mola é uma das mais famosas de Mushroom Beach, mas fica no ponto mais agitado da praia. Se você quiser mesmo ficar ali pé na areia, eu sugeriria mais o Mushroom Beach Bungalows, que fica mais escondido, mas com piscina, spa e restaurante no cliff de frente para a praia! Fica a dica para almoçar aqui quando for passar o dia: comida simplesmente perfeita!
Veja outras opções de hopedagem aqui.
A Mushroom Beach é mesmo linda, fora o lado com os barcos, tem o lado secreto, totalmente vazio e sensacional. Você só precisa atravessar o morrinho para meditar, nadar, dormir, enfim, relaxar totalmente.
O Sunset Point (que na verdade fica do lado da Bali Belva e não propriamente em frente), é um cliff de onde você vê o sol se por exatamente na sua frente, com o vulcão Agung ao fundo. Lindo, maravilhoso, incrível.
Caminhando no sentido contrário você chega a Dream Beach e Devil’s Tear. É um lado mais isolado e igualmente bonito. Devil’s Tear é uma espécie de penhasco, com uma caverna que “devolve” as ondas com som e cores incríveis. Dá para ver um pouco aqui. É para sentar e curtir o momento mágico.
Cansou dali, desça até Dream Beach. A praia é tão linda quanto a Mushroom Beach, mas é mais difícil de curtir o mar porque tem muitos corais e correnteza. Há um canal que facilita para entrar na água porque não tem corais, formando uma mini piscininha. É fácil de ver porque fica bem azulzinho e cheio de gente, mas na maré baixa já fica difícil de entrar.
O Dream Beach Huts tem um day use, com a piscina infinita de frente para o mar, mas não acho que vale a pena.
Tem altas ondas ali, mas não é aconselhável para iniciantes, exceto se você for completamente fearless, como esses meninos que estavam lá aprendendo: sem botinha para não machucar o pé, sem lash, com prancha velha e quebrada, sem roupa especial, aliás, quase sem roupa nenhuma… Não tinha onda perdida em horas de dedicação total! E você achando que ama o mar….
À noite não havia nada para fazer dos nossos lados. Só piscina, comida e cama. Nada mau!
A ilha também tem vááários pontos de mergulho, com saídas para Nusa Cenigan e Nusa Penida também. Não me aventurei, mas tenho certeza de que ali não tem erro.
Na hora de ir embora fomos mais espertos: pegamos o barco saindo de Mushroom Bay. Só que foi uma lanchinha minúscula. Você não pode ser muito sensível… O pessoal da pousada foi simpático e nos levou com nossas malas enormes em 2 scooter numa cena bizarramente engraçada.
Chegamos em Sanur e tivemos que lutar por um táxi que nos cobrou 25 dólares para ir até Ubud, o que achamos que foi um pouco caro. Em Ubud, é outra história, que fica para a próxima!
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Bali – Uluwatu/Balangan – La Joya Biu Biu
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