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Havana – Bares, Drinks, Música Muito Boa

O que importa em Cuba é que a cada esquina tem uma banda tocando música como se não houvesse amanhã com qualidade “Buena Vista”. Na rua, nos bares, nos restaurantes. Quase não cansa. Só cansa quando os músicos passam o chapéu por você 5 vezes, mesmo sabendo que você já contribiu. E não é tcha tcha tcha, tem muito jazz em Havana, inclusive daquele tipo chato em que temos que ficar no mais completo silêncio contemplativo por horas…

Durante o dia, os melhores lugares  com boa música em que estivemos foram: Plaza da Catedral, Café Paris e Bodeguita del Medio. O Bodeguita para mim foi o lugar mais maravilhoso e fez jus à fama. Não sou muito de drinks e nem sei identificar bem diferenças entre mojitos, mas lá tem algo a mais. É maravilhoso, um refresco numa tarde de inverno super quente num botecão todo rabiscado e pagando pouco!

A bodeguita do Bodeguita!

Também fomos durante a tarde ao Floridita. Já na porta percebemos que não era para nós toda aquela tradição e pompa dos anos 50, mas o grande problema é que sequer sabíamos o que era um daiquiri, apenas que se Hemingway disse que era bom, tínhamos que tomar. Na verdade ele disse “Daiquiri no Floridita, Mojito no Bodeguita”, mas turista que é turista vai lá e prova sem discutir muito.

Exatamente às 16hs,  sentamos numa mesa brilhante e pedimos 2 daiquiris. Achamos que o copão de azeitonas que veio junto era o mínimo que se podia esperar pelo muito que pagamos nos drinks, mas a verdade veio meia hora depois. O daiquiri é bem alcoólico e tomado muitas horas depois do almoço e após longas caminhadas pela cidade nos deixou doidonas. Nem tenho fotos adicionais, saíram sem condições de reprodução. Acho que as azeitonas eram a bóia de salvação!

“Daiquiri no Floridita e Mojito no Bodeguita”

Clima intimista anos 50 do Floridita

Aproveite o dia. À noite nem sempre é legal. Fomos, em razão de muitas recomendações, à Casa de La Musica, em Miramar (Calle 20 com avenida 35). De fato, o show é incrível e o pessoal que sabe dançar dá um verdadeiro baile. Por outro lado, além das mulheres que já chegaram lá acompanhadas, éramos as únicas garotas que não estavam vendendo o corpitcho.

Nem vou dizer que foi triste, porque foi uma das coisas mais surreais que vivi. Não conseguimos uma mesa, então tivemos que ficar num canto perto da porta, no meio das amigas, para não atrapalhar quem via o show. Elas não ligaram à mínima para nós, já que estávamos totalmente vestidas e elas, bem, não muito. Nenhum homem entrava para o salão sem antes entrar num corredor polonês de prostitutas. Uma coisa de maluco. Vimos uns poucos sobreviventes chegarem ao fim do corredor e escaparem sozinhos. Tudo bem, eu nunca tinha estado num lugar desses, então achei tudo muito educativo, mas a verdade é que tivemos que arrumar um lugar no bar para ficarmos mais tranquilas e ai exageramos nos mojitos.

Claro que não posso dizer que isso seja uma regra, porque são inúmeros bares e casas de shows na cidade, mas se esse era o recomendado, desistimos de conhecer outros, até porque aproveitamos muito nosso tempo e precisávamos descansar.

Bom, só sei que o Gabri não pisa naquela ilha sozinho.

Mojito na Plaza da Catedral!

Fomos também à 2 bares de jazz: no Jazz Café (esquina da Av. 1ª  e Paseo, 2º andar) e, 3 dias depois, no El Gato Tuerto (Calle O, entre a 19 e a 21). No Jazz Café achamos tudo muito elegante e, sabe como é, meio chatinho, com gente reclamando se você ficasse em pé, mesmo que estivesse assim porque ainda não tinha achado uma cadeira. Mas a banda era indescritível. Muito boa mesmo. É para os verdadeiros amantes de jazz  e olha que eu e Amanda somos ex estudantes de sax!

Já o Gato Tuerto é, como o próprio nome já diz, mais estilo tudo junto e bagunçado que gostamos. As entradas de ambos foram 10 CUCs e incluiam um drink (em 2010).  No Gato você tinha que sentar, mas não passava perrengue, as cadeiras brotavam conforme as pessoas entravam e eram colocadas na primeira mesa que tivesse a frente e no fim todo mundo já estava amigo. Curiosamente, era a mesmíssima banda, só que eles também já tinha entrado no clima, tocavam muito mais livres e alegres. Vale a pena conhecer pelo menos 1 deles, há dezenas de CDs e DVDs de vários artistas à venda e você vai se surpreender.

Clima delícia do El Gato Tuerto!

Por fim, mas não menos importante, o after hours é no Delirios Habaneiros (no top do Teatro Nacional). Um lugar assim, especial, que combina com o nome, provavelmente porque você já chega lá meio calibrado dos runs que tomou nos lugares anteriores. Fica num prédio na Plaza de la Revolución e tem uma vista incrível. Aquela coisa meio filme, meio sonho… aquela praça enorme e vazia com o Guevara e o Cienfuegos sorrindo ao fundo para você, sabe como é? Enfim, sempre tem banda (porque lá a profissão de DJ não anda muito valorizada mesmo) e é sempre boa. Só os fortes aparecem por lá e o lugar é barato e muito legal. Só tem um porém: na saída, fora de qualquer circuito turístico de bares e já altas horas da madrugada é um milagre aparecer um táxi. Graças a Deus apareceu para nós, mas a cobrança veio cara, com uma ressaca que me fez perder completamente o dia seguinte.

Aproveite!

Para saber mais sobre Cuba:

Havana – Comer e dormir em casa de família

Havana – Conhecendo a cidade e evitando golpes

Havana – Hotel, Dinheiro e Transporte

Cuba – Varadero e Cayo Largo

Cuba Libre!

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