Não existem vôos diretos para Guimarães, mas o aeroporto de Porto está ali do lado, apenas 40 minutos de carro ou pouco mais de uma hora de trem . O trem ou ônibus são as opções para quem vem de outras cidades de Portugal (cerca de 4hs de Lisboa) e há dezenas de passeios à cidade organizados por empresas que se encarregam do transporte.
Não me hospedei em Guimarães e sim no Porto, mas o Hostel Prime Guimaraes fica bem central e tem muitas recomendações. Para quem quer economizar, mas quer hotel, pode optar pelo Mestre de Avis, que tem bom custo benefício e a cidade tem um Ibis e pensões bacanas. Agora, para quem quer algo mais fofo, a Casa de Sezim é uma vinícola histórica com um clima bem regional e a Pousada Santa Marinha, na mesma linha histórica com conforto, e com uma bela vista da cidade, fica em um antigo Convento dos Agostinhos!
A comida em Guimarães é sensacional, não apenas típica portuguesa, mas preparada com aquele amor. Sugiro fortemente pelo menos uma refeição no Nora do Zé da Curva (o antigo, não o novo que fica na rua da Rainha) que, para ser encontrado, requer solicitação de informações, tão escondidinho que fica (pergunte na rua Gil Vicente ou na Santo Antônio) Há dezenas de bares e restaurantes no Largo das Oliveiras e Praça de Santiago, basta escolher. Os doces ali são uma perdição e um dos mais tradicionais é o Jesuítas, uma coisa de louco. Procure a confeitaria Gil Vicente , na Rua Santo Antonio, 177, e se delicie.
O lugar imperdível de Guimarães é o Castelo , mas como a cidade toda é pequena e linda, não acho possível sair de lá sem ver tudo de lindo que há.
Acredite, a atmosfera da cidade é tão bacana que vale pelo menos um pernoite para curti-la com calma, conversar com os moradores, beber em mais de um café, ir e voltar nas ruas limpíssimas, organizadíssimas e floridíssimas. Não deixe de prestar bastante atenção ao trabalho de restauração e preservação.
Guimarães é uma daquelas cidades que soube preservar, reconstruir, consertar e se modernizar sem que nada disso tenha entrado em choque . A zona do patrimônio histórico é impecável, mas não tem crise ao sair dela e entrar no espaço natural, pelo contrário, é possível ver uma transição equilibrada entre velho e novo, arquitetura e natureza.
Guimarães tem muito artesanato, mas foge um pouco do tradicional, dos azulejos e cortiças. Há boas peças de artistas locais espalhados por lojinhas por toda a cidade. Entre, saia, visite, a sensação que tive é de que ali a idéia não é apenas empurrar triques triques aos turistas. Também há uma feira semanal, que fica muito apropriadamente ao lado do Mercado Municipal. E não esqueça os doces!
O Parque da Cidade é o lugar onde parece haver mais contato com a natureza, mas no Centro Cultural Vila Flor e no entrono do Castelo há áreas para piquenique e descanso e toda a cidade tem um paisagismo lindo (profissional e de varandas).
O pôr-do-sol mais bonito fica no Castelo, mas uma boa opção é o teleférico.
A noite em Guimarães é uma desconhecida para mim, mas a julgar pelas mesinhas e pela concentração, deduzo que um bom lugar para começar é a Praça de Santiago e o Largo das Oliveiras! Ouvi falar de um lugar chamado Tasquilhado, que parece atrais os universitários e do Nãmuche Bar, onde parece rolar uma pista de dança. No mais, só indo lá para ver.