Como Chegar na Cachoeira Santa Bárbara e Dicas Para Curtir!
Vem ver como chegar na cachoeira Santa Bárbara, uma linda piscina natural na Chapada dos Veadeiros famosa pela cor turquesa! Essa é uma dos principais atrativos da região e não fica de fora de nenhuma lista do que fazer na Chapada dos Veadeiros, mas a visitação não é simples. Por isso fique aqui para ver todas dicas para conhecer a Cachoeira Santa Bárbara e aproveitar melhor esse lugar mágico!
Cachoeira Divina com Piscina Natural na Chapada dos Veadeiros de cor Turquesa
Você talvez já tenha visto fotos quando procurou o que fazer na Chapada dos Veadeiros de uma cachoeira com uma piscina natural de um azul-verde caribe e deve ter se surpreendido em saber que esse lugar fica ali no meio do cerrado de Goiás.
A Cachoeira Santa Bárbara virou nos últimos anos um dos cartões postais da Chapada dos Veadeiros e a fama é justa.
As descrições que recebia de quem já conhecia eram de que o lugar é uma pintura, o éden ou o lugar mais lindo em que já foram.
Desconfiei que com as expectativas colocadas na estratosfera, eu ia acabar frustrada. Mas não foi o que aconteceu!
A queda tem cerca de 20m e a aguaceira desce por um lindo paredão de pedra cercado por vegetação nativa, culminando numa ampla e linda piscina natural na Chapada dos Veadeiros.
A beleza é realmente indescritível e a sensação de nadar naquele azul-esverdeado de lápis de cor é divina. Sem falar que a água não é tão gelada, não tem muitas pedras no poço e dá para ir até a queda. Perfeito!
A cor da águaé resultado da formação de calcário no fundo do poço e é acentuada entre 10hs e 13hs quando o sol incide mais diretamente na água.
Tem que ver para crer!
Outra lugar com cachoeiras bem azuis tem aqui: Trilha da Cachoeira do Macaquinhos.
Como chegar na Cachoeira Santa Bárbara
Chegar na cachoeira Santa Bárbara dá um pouco de trabalho, mas vale a pena e qualquer um consegue.
Ela fica localizada no povoado Quilombola Kalunga Engenho II que fica a 22kms de Cavalcante, cidade que por sua vez fica a cerca de 100kms de Alto Paraíso e 125kms de São Jorge, onde a maioria dos turistas se hospeda para explorar as belezas da Chapada dos Veadeiros (já dei aqui nesse post várias dicas de onde ficar em Alto Paraíso, aproveite!).
A estrada entre São Jorge/Alto Paraíso e Cavalcante é boa e asfaltada, e a estrada entre Cavalcante e o Povoado é boa também, mas é de terra e requer mais atenção.
Fui com carro normal, um Ford Ka, e deu perfeitamente para chegar lá. Não há necessidade de ser 4×4, embora em época de chuva (de novembro a abril) as condições possam ficar mais complicadas.
Não há posto de gasolina no trajeto, portanto não esqueça de encher o tanque antes de sair de Alto Paraíso ou lá em Cavalcante.
Ao chegar em Cavalcante, você vai precisar procurar a sinalização para o Engenho II, mas se não a vir, não se preocupe que a cidade tem um Centro de Atendimento ao Turista (CAT) bem na entrada e qualquer um na rua saberá te indicar a saída para a estradinha.
Há um ônibus que faz o trajeto entre Alto Paraíso e Cavalcante, mas o horário é incerto e ao chegar em Cavalcante você ainda precisaria encontrar uma forma de chegar no povoado que, como eu disse, é afastado. Então o ideal é ir de carro mesmo.
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O acesso à cachoeira é feito de dentro do povoado, que é organizado para receber os visitantes. É obrigatório pagar a taxa de visitação, e contratar um guia local. Já explico como tudo funciona.
A caminhada até a cachoeira tem no total cerca de 6kms e é bem tranquila, sem muita dificuldade.
Embora os 5kms iniciais sejam uma estradinha acessível por 4×4, somente os carros de apoio dos Kalunga (uma caminhonete com a caçamba adaptada com bancos ou jardineiras) podem transitar nesse trecho e eles fazem transporte de turistas com um custo, mas quem quiser pode fazer tudo a pé e sem esse custo extra.
O trecho final de 1km, de qualquer modo, deve ser feito a pé.
Como a Cachoeira Santa Bárbara ficou muito conhecida e procurada, a entrada foi limitada a 300 pessoas por dia e cada pessoa pode ficar apenas 1h no local, de modo que não fique uma muvuca insana e seja possível controlar e preservar a área.
Além da Santa Bárbara, também é possível visitar a Cachoeira da Capivara e a Cachoeira do Candaru que ficam no povoado, tudo no mesmo dia ou em dias separados.
A maioria das pessoas visita a Santa Bárbara e a Capivara no mesmo dia, já que só é possível ficar 1h na Santa Bárbara.
A trilha até a Cachoeira da Capivara é leve e demora mais ou menos 1h cada trecho. Embora não tenha as cores da Santa Bárbara, é bonita também e tem um poço grande com linda vista do vale.
Já a Cachoeira do Candaru tem uma trilha intensa, com 2kms íngremes que nem todo mundo está preparado para fazer. Se houver carros disponíveis no dia, eles levam os turistas até 800ms da cachoeira, mas como é uma subida complicada, nem sempre os carros estão disponíveis.
A Candaru é uma cachoeira grande e bem bonita também que, por ser mais difícil de chegar que a Santa Bárbara e a Capivara, costuma estar menos cheia.
Veja também esse Roteiro de 7 dias na Chapada dos Veadeiros.
Quanto Custa Visitar a Cachoeira Santa Bárbara
Como já disse acima, a entrada é paga. O custo é de R$ 25,00 para visitar somente a Santa Bárbara, R$ 15,00 para visitar somente a Capivara e R$ 15,00 para visitar somente a Candaru e você escolhe quantas e quais quer conhecer.
O ingresso é vendido na portaria, mas agora dá para comprar online antecipadamente aqui. A ideia é que com o tempo os ingressos sejam vendidos somente online para organizar ainda melhor e ninguém mais ter que madrugar nem correr risco de dar com a cara na porta.
Os ingressos na portaria você pode pagar com cartão, mas todo o resto – guias, carro, comida – deve ser em dinheiro.
Além desse custo, tem o guia local, que é obrigatório. O guia pode levar até 6 pessoas por um custo fixo, que é de R$ 100,00 só para a Santa Bárbara, R$ 130,00 para Santa Bárbara e Capivara e R$ 150,00 para Santa Bárbara e Candaru ou só Candaru.
Se você tiver num grupo, não fica muito caro e mesmo se estiver sozinho ou em menos de 6 pessoas você pode esperar mais gente chegar e combinar de ir junto, dividindo o valor.
A contratação é feita lá na hora da entrada. Os guias credenciados são designados conforme uma lista, de modo que todos se revezem e tenham trabalho.
Algumas agências de Alto Paraíso tem guias credenciados, mas exceto se você não tiver como ir sozinho e for realmente necessário contratar uma agência para te levar, contrate o guia lá na porta para que o turismo seja mais sustentável para a própria comunidade local.
Fora isso, tem o valor do transporte interno para quem usar: R$ 10,00 ida e volta para Santa Bárbara e R$ 20,00 ida e volta para Candaru.
Se quiser almoçar lá, os restaurantes são em casas de moradores no esquema coma à vontade e custam R$ 35,00 por pessoa. A comida é deliciosa, baseada na plantação local, bem caseira e farta.
Eles pedem para que, ao chegar, avise se vai almoçar, assim o guia controla mais ou menos o horário de voltar para o restaurante, já que tudo é feito demoradamente no fogão à lenha e a quantidade preparada é mais correta, evitando desperdício.
Atenção, pois o povoado mantém as tradições locais e fecha durante certas festividades: Folia de Reis (6 e 7 de janeiro), São Sebastião (de 17 a 21 de janeiro), Santo Antônio (de 9 a 14 de julho) e Nossa Senhora das Neves (de 1 a 6 de setembro). Se informe sempre antes de ir, pois pode fechar em outros dias também.
Dicas para conhecer a cachoeira Santa Bárbara
Já adiantei acima que o melhor horário para visitar a cachoeira Santa Bárbara é entre 10h e 13h, mas tem mais. A melhor época é a seca (entre maio e outubro), sendo outubro o melhor mês.
Essa melhor época está relacionada ao período – do dia e do ano – em que a incidência do sol é maior nas águas e fazendo o verde-água mais verde-água ainda. Como é uma piscina natural entre um paredão e vegetação, o sol só atinge o poço quando está mais alto no céu, geralmente lá pelo meio dia.
Mas isso não significa que nos outros meses e horários não seja incrível do mesmo jeito.
Eu mesma fui em junho e cheguei lá por volta das 8h para fugir das multidões e pude contemplar, nadar e me embasbacar sozinha na cachoeira, o que considero uma benção ainda maior do que vê-la com a maior incidência do sol de outros horários!
Na verdade eu tinha recebido uma sugestão enfática de sair de Alto Paraíso até no máximo 5h da manhã para garantir que conseguiria visitar a Cachoeira Santa Bárbara, pois como o número de visitantes é limitado e essa é uma das principais atrações da Chapada dos Veadeiros, a coisa é concorrida.
No Hostel Catavento, onde me hospedei, me disseram que dava para sair umas 9h tranquilamente, mas achei melhor seguir a dica do meu amigo Daniel, que até então tinha acertado todas.
Saí 5h30 e fiz parte do trajeto ainda de noite, mas o nascer do sol que vi na estrada foi um dos mais lindos da minha vida e eu faria tudo de novo mil vezes só para ver aquilo.
Como era baixa temporada, quando cheguei lá por volta das 7hs não tinha ninguém. Zero pessoas. Fui tomar um café, comer um lanche que tinha levado e lá pelas 8hs segui para a cachoeira. Só eu, o Gabriel e a guia numa paz total.
Como não tinha ninguém, a guia não nos apressou e acabamos ficando mais de 1h na cachoeira. Eu e o Gabriel nem percebemos o tempo passar, perdidos que estávamos na beleza do lugar. Fotografamos, nadamos e sentamos embaixo da queda e de um lindo arco-íris onde ficamos um tempão com cara de bobos felizes.
Deu para ter uma noção exata do paraíso que devia ser aquilo ali quando ainda era apenas uma piscina (sobre)natural escondida na comunidade!
Então a dica para conhecer a cachoeira Santa Bárbara é ir cedo mesmo na baixa temporada se você, como nós, gosta dessa solitude.
Já nos feriados e finais de semana ir cedo não é uma dica para conhecer a Cachoeira Santa Bárbara, mas uma necessidade. Vai tanta gente, mas tanta gente, que os ingressos acabam por volta das 7hs. Para não ficar frustrado, o jeito é comprar antecipadamente e/ou madrugar.
Particularmente eu só iria num feriado se não tivesse nenhuma outra oportunidade de conhecer essa belezura, porque acho uma tortura passar por toda essa dúvida se vai entrar ou não e ainda ter que se aglutinar com a multidão que faz FILA para tirar fotos numa pedra em frente à cachoeira enquanto sua hora de visitação se esvai sem que a pessoa tenha dado ainda um mergulho!
Mas se o seu caso é de feriado e você não quer perder de jeito nenhum essa maravilha, então minha sincera sugestão é a de que você se hospede em Cavalcante ou até no próprio povoado.
Algumas dicas de hospedagem lá em Cavalcante são: Pousada Toca da Raposa, Pousada Aruana, Pousada Manacás e uma opção mais em conta: Hostel Marta Kalunga. No povoado a hospedagem é em camping ou alugando a casa dos locais e deve ser negociado lá na hora. Tem muito mais o que fazer em Cavalcante, conto abaixo!
No dia da visita, leve água e alguma coisa para comer, mesmo que você almoce por lá e especialmente se for madrugar, pois cachoeira consome nossas energias.
Se fizer todos os trajetos à pé, vá com tênis e roupas confortáveis e leve protetor solar!
E a última dica para conhecer a Cachoeira Santa Bárbara: aproveite para conversar bastante com seu guia e entender o que é ser quilombola, como é vida no cerrado, aprenda sobre a história do lugar, sobre as plantas, sobre as pessoas. Conecte-se.
Cavalcante – O que fazer na Chapada dos Veadeiros
Uma vez que o passeio pela Santa Bárbara é de no máximo meio dia e pode ser até que você se hospede lá em Cavalcante, aproveite para conhecer as outras atrações da cidade, que são muitas e valem a pena.
Cerca de 70% do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros está em Cavalcante (há um projeto para que seja aberto ouro portão para o Parque por aqui), que tem também mais de 100 cachoeiras catalogadas. Apesar de ser menos famosa que Alto Paraíso e São Jorge, Cavalcante também é cheia de belezas naturais!
Algumas dicas para sua visita:
* Cachoeira Poço Encantado – fica na Pousada Poço Encantado, que é acessível pelo trajeto Cavalcante – Alto Paraíso. É uma enorme piscina natural na Chapada dos Veadeiros, com 2 quedas bem altas.
É fácil de chegar e como tem até uma prainha, é um lugar bem agradável para relaxar e curtir, inclusive para quem está com crianças. Tem um restaurante e aluguel de stand up.
Por tudo isso, pode ser a sua parada depois da visita à Santa Bárbara. Custa R$ 25,00 a entrada
* Complexo de Cachoeiras da Prata – um complexo com 7 quedas e muitos poços, além de mirantes lindos. É um dos lugares mais comentados de Cavalcante!
Custa R$ 20,00 para visitar apenas 5 cachoeiras ou R$ 40,00 para incluir também as cachoeiras Rei a Rainha da Prata. É preciso ir com guia, pois alguns trechos da trilha são mais complicados. O complexo fica a cerca de 65kms da cidade.
Veja aqui outro lindo Complexo de Cachoeiras na Chapada dos Veadeiros: Tudo sobre a Catarata dos Couros!
* Cachoeira Santana – tem uma deslumbrante piscina com borda infinita com uma linda vista dos vales do cerrado e ainda por cima uma queda d’água maravilhosa.
É daqueles lugares que quero conhecer um dia! O acesso não é livre, mas você pode se informar na cidade e tentar visitá-la.
* Cachoeira Veredas ou Veredão – a pousada Veredas fica a 8kms de Cavalcante e tem essa linda queda num paredão imenso, com um delicioso poço.
Apesar da trilha inicialmente ser fácil, a caminhada entre os cânions e o rio é mais difícil, por isso é recomendado ir com guia. A pousada tem outras cachoeiras que podem ser visitadas no mesmo dia e a entrada custa R$ 20,00.
Pensamentos sobre o Turismo Consciente
Depois de te dar todas as dicas para conhecer a Cachoeira Santa Bárbara e Cavalcante, queria te deixar com algo mais.
Os Kalunga são a maior comunidade quilombola do Brasil e tem muita história. O povoado Engenho II é bastante isolado e os moradores viviam basicamente de agricultura até começarem a explorar o turismo, que aconteceu com certa organização.
Graças ao turismo o povoado teve algumas melhorias como a instalação de internet e água encanada, além da renda.
Por outro lado, a explosão do interesse na Santa Bárbara despertou a ganância de algumas pessoas, crises internas e preocupação tanto com a preservação do meio ambiente quanto das tradições locais.
Eu me senti um pouco incomodada com algumas coisas na minha visita, que me levaram à reflexão sobre o todo. Veja só.
Avisei na chegada que queria visitar Santa Bárbara e Candaru. A guia que foi designada para nós tentou nos convencer a fazer o circuito comum: Santa Bárbara e Capivara, mas insistimos e ela topou.
Durante o trajeto até Santa Bárbara ela ficou repetindo que a trilha pro Candaru era difícil, que muitos turistas passavam mal e tinham que descer com ajuda. Percebemos que na verdade ela simplesmente não estava disposta a fazer a trilha.
Normal, até porque ela tinha mais idade e o esforço era grande, mas como avisamos desde o começo e mesmo assim ela aceitou ser nossa guia, ficamos numa situação meio esquisita.
Conversando sobre a vida na comunidade, entendemos que por serem muitos guias e ter uma ordem de designação, cada um consegue guiar somente uma ou duas vezes por semana. Se perdem ou passam a vez, vão para o fim da fila.
Vendo sob essa perspectiva, me pareceu que no final do mês cada um deles ganhava pouco demais e eu até me senti mal de considerar os preços salgados.
Vi quão complexo era toda aquela comunidade de quase 1000 pessoas estar vivendo daquela pequena porção de turismo. Segundo a própria guia, ninguém quer optar por ficar de sol a sol trabalhando a terra para no final ganhar menos ainda.
Paradoxo comum dos nossos tempos, em que cada um se vira como pode. Além dos guias, os donos dos carros querem ganhar o deles, os donos dos restaurantes querem ganhar o deles e assim, começaram disputas e atritos por clientes que transbordam para a visitação.
Por fim a guia resolveu que iria se fossemos de carro, que naquele dia estava disponível. Aceitamos por falta de opção.
O motorista só iria com o carro lotado, por isso esperamos uns 30min por outros interessados, que no fim apareceram. Enquanto isso, o carro sumiu. Esperamos mais 1h até que descobrimos que o carro tinha quebrado quando subia para Candaru, fechando o caminho, que teria que ser percorrido a pé.
Já estávamos com fome, cansados de esperar num calorão que só aumentava e, de um modo geral, desconfortáveis com todo esse imbróglio temperado com discussões entre os locais que estavam quase concluindo que para o bem geral o ideal era acabar com o turismo na comunidade.
Decidimos ir embora. Antes que você leia isso tudo como uma reclamação babaca só porque não saiu tudo exatamente como eu queria, a questão não foi essa. Não estragou nossa visita, que foi maravilhosa, e volto outro dia para conhecer Candaru.
Mas tudo isso me deixou pensando e viajar, afinal, é para isso. Comentei com o pessoal do hostel (uns fofos ótimos de conversa) que me senti mal naquela confusão, como se nada mais importasse além do dinheiro que eu poderia deixar ali. Eles trouxeram ainda outras questões e passamos um tempão refletindo sobre o turismo consciente e responsável.
Enquanto viajantes, não apenas temos que entender o lugar que visitamos e nos preocupar em muito mais do que simplesmente tirar fotos instagramáveis, mas também em como nosso turismo afeta aquele local e tentar transmutar o que é negativo.
Os Kalunga tiveram preocupação com a preservação, se organizaram, estão transformando os ganhos em benefícios para a comunidade, mas claramente ainda é necessário algo mais, que eu não sei o que é, mas que eles mesmos terão que descobrir.
Eu penso sempre em algo que ouvi uma vez: por melhor que seja elaborado um projeto que tem impacto social (como entendo que foi esse), a gente precisa lembrar que o impacto precisa ser maior que o ganho financeiro.
Dinheiro é muitas vezes destrutivo. Pode levar ao alcoolismo, ao extermínio de relações de ajuda mútua, ao fim de tradições. E traz interesseiros e golpistas. O planejamento tem que ser holístico, englobando os diversos fatores da vida em sociedade.
Uma dica legal que o pessoal do hostel me deu e passo adiante se você quiser saber mais sobre a questão das comunidades kalunga e do cerrado como um todo é o documentário Ser Tão Velho Cerrado que está na Netflix! Boa pedida para antes da visita.
É isso, espero que além das dicas para conhecer a cachoeira Santa Bárbara eu tenha trazido um pouco de reflexão também e te faça aproveitar ainda melhor a visita!
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