Bali – Uluwatu/Balangan – La Joya Biu Biu
Depois de umas aventuras em Singapura desembarcamos em Bali, uma das mais de 13.000 ilhas da Indonésia, em busca de sombra e água fresca.
O que você precisa saber: Bali é longe pra dedéu do Brasil, mas sim, você vai aguentar viajar até lá, veja umas dicas aqui; A Indonésia é um país predominantemente muçulmano e Bali é a única ilha hindu do país e isso no final faz toda a diferença para o clima local; a ilha é enorme e as coisas são longes uma da outra; o trânsito é infernal.
Todas essas coisas foram para explicar como escolhemos onde ficar.
Bali tem tudo para ter um clima super gostoso e harmonioso, com sua musiquinha tranquilizante e sorrisos cativantes, mas como todo paraíso, já foi invadido pelo turismo em massa.
As regiões de Kuta e Legian estão tomadas, eu ouso dizer. Claro que isso traz mais opções de hotéis, restaurantes, baladas, lojas, malandros, ambulantes, lixo, enfim, mais tumulto. As regiões de Seminyak e Nusa Dua estão menos tomadas e é por ali que estarão os resorts e hotelões com segurança anti-bomba e gente fina e elegante desfilando no melhor estilo hi-lo.
Apesar da honeymoon, estávamos mais a fim de sossego e de ficar num lugar com mais cara local do que internacional e perto das melhores praias.
Depois de muito pesquisar e já tendo muitos lugares lotados, optamos pelo La Joya Biu Biu, que fica em Balangan, na península de Uluwatu. Saímos do aeroporto, negociamos um táxi que custou 200.000 rúpias IDR (mai/14), mais ou menos o equivalente a 20 dólares e saímos rumo à pontinha da ilha. Conforme fomos saindo de perto do aeroporto as ruas lotadas foram se transformando em ruas menores e mais lotadas, as coisas ficaram mais feiosas, mais desertas até que começamos a andar por uma estrada de uma mão só, totalmente tortuosa e cercada de mato. Não dava para ver nada o que vinha da outra curva, um Deus nos acuda cheio de motos e carros cheios de gente prontinha para morrer.
Chegamos depois de mais ou menos 1 hora. Eu sempre acho que a chegada a qualquer lugar é meio assustadora. Esse momento de sair do aeroporto/estação/rodoviária sempre é meio tenso, passa por lugares feios, estamos cansados, você não sabe para onde está indo nem como é seu hotel, etc e tal, e eu sempre me preparo psicologicamente para esquecer tudo isso e curtir o local assim que eu me sentir instalada.
Só que quando chegamos, chegamos à um lugar deserto no meio da estrada, com um monte de barracos na frente, uns caras bem estranhos fazendo nada lá no meio do dia e só tinha uma portinha minúscula com o nome do hotel. Pensei: errei. Mas ai não tinha mais jeito.
Passamos pela portinha e encontramos chalés em construção. Pensei: errei muito feio. Mais ai não tinha mais jeito e fomos até a recepção. E ai vimos a piscina, a vista, o restaurante… olhamos para trás e não se via mais estrada, nem nada lá fora. Só a pura paz que a gente procurava.
Fomos levados para o nosso chalé, que ficava isolado dos que ainda estavam construídos e estava impecavelmente arrumadinho, do jeitinho que se vê no booking, com cara de Bali. O que não se vê no booking são os incensos, a decoração toda rústica, mas cuidadosa, as portas com a marchetaria mais bem feita que já vi na vida, a limpeza diária que não deixava nem uma poeirinha e levava todos os dias novos lençóis e toalhas cheirosas! Nem da falta de box no banheiro posso reclamar, porque tudo dava certo e todos os dias o banheiro estava impecável. Tudo isso por um preço beeeem camarada!
Só que o hotel é perigosíssimo! O restaurante é ótimo. Graças a Deus, porque não tem nenhum lugar para comer tão perto! Não há nada que se peça lá que não saia simplesmente ótimo e que custe caro. Fosse comida local ou um sandwich club que vinha enorme e lotado de batata. O café da manhã era o melhor que comemos em toda a viagem, com croissant quentinho (donos franceses…), pão de chocolate, sucos incríveis, frutas, um bom café, nham! Comer não é motivo para sair de lá.
O pessoal do hotel, simpaticíssimo. Piscou ta não mão o que você precisa e a diretora do spa, é ótima de papo e dicas e disse com sabedoria que o melhor a faze por ali era mesmo “relax and hang out”! Concordamos plenamente.
Mas não é só isso. A piscina é incrível, super fresquinha naquele calor de matar, sobre um penhasco de frente para o oceano na mais santa paz, com cadeiras, colchões e cantinhos para todos os gostos. Você até vê a praia lá embaixo, mas para quê se mover se você pode “hang out” ali mesmo?
E voltando ao spa… além de ser sem sombra de dúvida o spa com o visual mais incrível que já vi na vida e na morte, era o spa com o preço mais camarada do mundo e, sem sombra de dúvidas, com a melhor massagem de Bali. Sim, testamos várias em vários lugares. Ali é o lugar. Pode escolher a balinesa, a tailandesa, mas eu garanto, a massagem ayurvédica deles é algo inexplicável de tão bom! Ainda voltarei e farei a massagem ayurvedica todos os dias. Além de trazer uma paz para a cabeça (você só vai entender quando fizer), me deu tanta energia que parecia que eu tinha tomado um energético! Fantástico.
Considere no seu planejamento pelo menos 2 dias para ficar só no hotel, de bobeira, sem compromisso, sem medo de ser feliz, só tomando sol e vendo os aviões pousando lá longe no aeroporto…
E ai eu pergunto de novo, por quê sair dali? Bom, você vai sair porque tem muita coisa para se ver na ilha, mas se prepara, vai ser difícil! E você não vai ter aquela sensação estranha da chegada quando voltar!
Explicações importantes: 1) o hotel fica num penhasco, mas Balangan, uma praia paradisíaca, fica a 5 min de distância andando, e Padang Padang e Uluwatu estão há 10 min de carro, believe me, você estará muito próximo do que se chama paraíso. Nusa Dua e Jimbaran ficam a 20 min de carro, o “centrinho” de Kuta, Seminyak, Legian e tals fica a uns 40 min, Ubud fica a mais ou menos 2hs. 2) os barracos na frente do hotel eram do pessoal que estava terminando os chalés novos. Meio deprê, mas nada definitivo. 3) o pessoal que não estava fazendo nada lá na frente do hotel eram taxistas, essenciais para seus passeios e sempre disponíveis!
Pesquise outra opções de hospedagem em Uluwatu aqui! Em Nusa Dua aqui, em Jimbaran aqui, em Kuta aqui e em Ubud aqui.
Mais sobre a Indonésia em:
Bali – Centro e Sul da Ilha – Praias, Compras e Templos
Ubud – Onde comer e comprar bem
Ubud – Onde ficar e o básico para conhecer a cidade
Oi Thamiris, que bom que você gostou das dicas! Não nos sentimos inseguros em momento algum! Na verdade Bali é sossegado demais. Eu disse que o hotel era perigosíssimo de brincadeira, no sentido de que ele é tão gostoso que é perigoso não sair dele e não conhecer nada… rrsrrs Fique tranquila! Um beijo!
Olá!
Adorei as dicas, mas não entendi o perigosíssimo. Vocês se sentiram inseguros?
Obrigada