O bairro Cosme Velho no Rio de Janeiro é um dos mais tradicionais e bonitinhos da cidade e tem muita história para contar. Por isso, quando me hospedei por lá aproveitei para fazer o Walking Tour “Histórias do Cosme Velho Rio de Janeiro” da agência Sou Mais Carioca para me inteirar melhor e amei!
Vou contar aqui como foi o meu tour para você se animar a fazer também, e ainda vou listar os locais de interesse no bairro para quem quer explorar sozinho. Vem junto conhecer mais desse cantinho lindo do Rio!
Onde fica e como chegar no Cosme Velho Rio de Janeiro?
O bairro Cosme Velho fica numa localização privilegiada do Rio de Janeiro, fazendo divisa com o bairro de Laranjeiras e incrustado entre o morro do hypado bairro de Santa Tereza e o inigualável Corcovado com seu Cristo Redentor.
É um bairro essencialmente residencial, que desde os tempos do império tem um ar elegante, com grandes casarões construídos pela elite carioca que pôde aproveitar a exuberante natureza da região, com muita mata e águas que deixavam a área com clima mais fresquinho e até hoje meio bucólico.
O bairro Cosme Velho é mais facilmente acessado de ônibus, que partem de várias partes da cidade para o Terminal Cosme Velho, que fica bem central e é um ótimo ponto de partida para explorar o bairro. Use o Moovit, um aplicativo bem prático para ver a melhor opção de transporte de onde estiver.
A estação de metrô mais próxima é a Largo do Machado, mas é uma caminhada de cerca de 20 minutinhos.
Se você quiser combinar a visita ao Cosme Velho RJ com o bairro de Laranjeiras, que também tem seus atrativos como conto abaixo, é uma ótima pedida seguir da Rua Cosme Velho pela Rua Laranjeiras até o Largo do Machado. É tudo praticamente plano.
Se você preferir andar de carro, fique avisado que o bairro Cosme Velho é bem desprovido de locais para estacionar, então o ideal é seguir para lá de táxi ou uber.
Vamos falar do que ver e fazer por lá?
6 Atrações Imperdíveis do Bairro Cosme Velho
Um passeio pelo bairro Cosme Velho é, essencialmente, um passeio cultural, já que a história do bairro é super conectada à do Rio de Janeiro.
Digo isso para que você saiba que talvez algumas atrações podem não impressionar tanto visualmente, mas elas são de extrema importância para a cidade e conhecê-las sem superficialidade é mergulhar num Rio de Janeiro de outros tempos e nos leva à reflexões sobre a cidade atual.
Sabendo disso você vai amar. Além de tudo o clima do bairro é de pura tranquilidade.
1) Trem para o Corcovado e o Rio Carioca no Bairro Cosme Velho
O Cosme Velho costuma ser visitado por turistas que sobem ao Cristo no bondinho, pois é lá que fica a pitoresca estação do trem do Corcovado, fundada em 1884 por Dom Pedro II. Se você nunca fez o passeio, faça! A sensação da subida pelo meio da mata é maravilhosa e não é à toa que o Cristo vive ali feliz abençoando a cidade, a vista dele é fantástica. Compre aqui o ingresso antecipado.
Apesar do passeio de trem ser imperdível (veja esse videozinho para dar água na boca), é uma pena que a maioria destes turistas não aproveite para conhecer também um pouco mais do bairro.
Primeiro, porque é ali que surge a expressão “carioca”, que vem do Rio Carioca (nome de origem tupi), que nasce na vizinha Floresta da Tijuca e corta o bairro Cosme Velho pelo Vale do Carioca até desaguar na Praia do Flamengo.
Além de ser o primeiro rio à ser explorado para abastecer a cidade, era fundamental para a região do Cosme Velho, tanto para os povos indígenas que ali viviam quanto para as famílias que se instalaram após a colonização e cujas construções e estilo de vida tinham muito a ver com suas águas, coisas que poucos sabem hoje em dia.
Bom, a culpa pelo desconhecimento do bairro Cosme Velho e da própria existência do Rio Carioca não é dos turistas encantados com o Cristo e nem mesmo dos moradores da cidade. Falta mais divulgação, mais cuidado e com certeza falta preservação histórica e ambiental.
A única placa indicando o local tombado onde o Rio Carioca pode ser visto no bairro do Cosme Velho foi arrancada e o próprio local é quase imperceptível, perdido entre os ônibus do Terminal.
Eu soube de tudo isso com a ajuda da Dida, que me levou pelo tour com a agência Sou Mais Carioca. Jamais teria ligado aquele lugar à toda essa história sozinha. Uma pena que isso fique assim tão mal tratado!
A nascente do Rio Carioca fica no meio da Floresta da Tijuca, que hoje é um Parque Estadual, e continua intacta e meio escondida para que assim permaneça.
Ao longo da descida, no entanto, o Rio Carioca foi canalizado e vai abastecendo os bairros da cidade. E também recebendo esgoto e lixo até chegar completamente morto à Baía da Guanabara (atualmente é desviado para tratamento de esgoto).
Ali mesmo no Cosme Velho dá para ter uma dimensão da degradação que o rio sofre em sua trajetória ao vermos e compararmos o estado das águas na Casa Roberto Marinho e depois no local tombado no centro do bairro.
Apenas a título de curiosidade, foi para transportar as águas do Rio Carioca da Tijuca até o centro do Rio de Janeiro que foi construído o Aqueduto da Carioca, hoje desativado e conhecido como os Arcos da Lapa. Você sabia disso?
2) Águas Férreas do Cosme Velho RJ e a Bica da Rainha
Mas as águas da região do bairro do Cosme Velho não são conhecidas apenas por nomearem os nascidos no estado. Também eram famosas por seus poderes medicinais!
Por muito tempo, inclusive, o bairro era conhecido por esse nome, Águas ou Agoas Férreas, que também nomeavam uma bica de água que foi destruída. No seu lugar, na esquina da Ladeira dos Guararapes com a Rua Cosme Velho, hoje há um prédio lindinho e um resquício da água corrente.
O poder curativo dessas águas que nasciam na parte mais alta do bairro já famoso entre os povos indígenas e sua fama chegou à D. Maria, Carlota Joaquina e à aristocracia portuguesa, que se dirigia até uma bica localizada na Rua Cosme Velho (na altura do atual número 381) e que por isso recebeu o nome de Bica da Rainha.
Há registros desta bica desde o começo do século XIX, mas ela foi modernizada ao longo do tempo. Existe até hoje e é outro monumento tombado no coração do bairro do Cosme Velho RJ.
Essas águas eram, basicamente, água mineral, mas tinham concentração ferruginosa e por isso bebê-la provavelmente ajudava em casos de convalescência e anemia. Mas o povo achava que melhorava dores, inflamações e outras doenças.
A Bica da Rainha acabou recebendo o mesmo tratamento do trecho do Rio Carioca no bairro, ou seja, está meio abandonada, degradada e sem água. É até um pouco difícil de identificar, massacrada que está entre os prédios novos.
Mas vale a visita para conhecer a história, preferencialmente com uma guia como a Dida, que vai te dar vários detalhes interessantes!
3) Arquitetura no Bairro Cosme Velho e o Largo do Boticário
Considerando a ocupação do Bairro Cosme Velho desde o princípio pela nata dos comerciantes e da nobreza portuguesa, ainda que o bairro fosse uma região mais de veraneio e até de plantações, é fato que o casario construído por ali seguiu a abundância dos donos.
Há vários casarões impressionantes, antigos solares e chácaras que até hoje são preservados e utilizados como moradia e também como sedes de institutos, empresas, museus e embaixadas. E também há locais que se degradaram com o tempo, como o Solar dos Abacaxis, atualmente lacrado.
De qualquer forma, andar por ali é um deleite para quem aprecia arquitetura e gosta de se demorar nos detalhes.
Repare na disposição das casas com relação à rua e ao rio, nas janelas e gradis, nos azulejos, nas portas. Há de tudo um pouco desde o século XVIII com alguns restauros e algumas modificações, mas as cidades são assim, estão em constante transformação!
Alguns casarões infelizmente foram demolidos para construção de prédios meio sem graça.
Ao mesmo tempo, os espaços históricos estão meio largados e falta até um pouco mais de cuidado com a bela estação do bondinho, que fica cercada de vendedores, guias e outras ofertas de serviços, quase nos impedindo de vê-la durante o dia.
Ainda assim, a arquitetura faz por merecer a visita ao bairro. E um dos locais que foi lindamente restaurado e reutilizado é o Largo do Boticário, um beco na beira do Rio Carioca em que foi construída uma espécie de vila em estilo neoclássico por um rico comerciante e boticário nos idos de 1830.
As 6 casas que formam o Largo do Boticário estiveram por anos abandonadas. Foram invadidas, saqueadas e estavam em estado de dar dó até serem compradas em 2018 pelo Grupo Accor, que restaurou toda a fachada e parte das casas e fez uma ampliação transformando o espaço no hotel Jo&Joe Rio de Janeiro. Já contei tudo sobre o Jo&Joe Rio de Janeiro aqui nesse outro post que vale a pena você ler.
Além de poder se hospedar lá, qualquer um pode visitar o Largo do Boticário e parte do Hotel, incluindo o restaurante onde ocorrem vários eventos abertos ao público. Te garanto que mesmo não sendo hóspede dá para conhecer segredos do restauro e ter um vislumbre da lindeza que foi aquele lugar no passado.
Ah, e bem na entrada do Beco do Boticário (que está na altura do número 834 da Rua Cosme Velho) há uma interessante galeria de design chamada gozto. Dê uma olhada se há alguma exposição aberta quando for e aproveite!
4) Santuário de São Judas Tadeu – Bairro Cosme Velho
Um passeio pelo bairro Cosme Velho não pode terminar sem um pulo no Santuário de São Judas Tadeu, que fica quase em frente à estação de trem do Corcovado.
A igreja tem belos vitrais, mas em geral é simples e tem estilo moderno, pois foi construída já no século XX.
Apesar disso, é bem relevante pra cidade. Apesar do santo não ser muito popular no princípio, ganhou as graças do povo e é um dos santuários mais frequentados do Rio de Janeiro, especialmente em 28 de outubro, dia oficial de São Judas Tadeu ou quando o Flamengo está precisando de uma força.
O Santuário é tombado e há nos fundos uma gruta para os pedidos e agradecimentos, afinal esse é o santo das causas difíceis!
Não deixe de dar uma olhada nas inusitadas placas de agradecimento e quem sabe você não aproveita e faz uma fézinha também?
5) Casa de Machado de Assis e + Artistas no Cosme Velho
Com toda a beleza natural da região e a nata da sociedade carioca vivendo no bairro do Cosme Velho desde o império, nada mais natural que alguns artistas se instalassem por ali, seja em busca de inspiração ou por meio de apoio financeiro de alguns mecenas.
O mais conhecido deles é Machado de Assis, que morou durante anos no número 174 da Rua Cosme Velho. Foi ali que ele recebeu o famoso apelido de “Bruxo” ou “Bruxo do Cosme Velho”.
Dizem que ele costumava queimar papéis no meio do quintal, dentro de um caldeirão. Os vizinhos viram e pense na fofoca que não virou? Rá-Rá!
Imagino que Machado deve ter adorado ver a imaginação do povo correndo solta. Mal sabaim os vizinhos que o apelido caiu bem, afinal, ele fazia mesmo magia com as palavras.
Dizem que o dono do Largo do Boticário era padrinho do Machado de Assis e que foi isso que o levou ao bairro. Será? Não sei, mas que o boticário promovia vários encontros de artistas e eventos culturais na sua casa é verdade. Mais uma razão para visitar o Beco do Boticário!
Bem, a casa onde Machado viveu foi demolida para a construção de um prédio e no térreo deste hoje há um restaurante todo dedicado ao escritor chamado Capitu Café. O lugar é uma gracinha, com as paredes cobertas de textos de Machado, mesinhas na sombra das árvores da calçada e boa comida. Vale conhecer.
Ali há algumas placas indicando que esse é o local onde viveu Machado de Assis, um movimento de identificação histórica que parece vir crescendo no bairro e que acho ótimo.
A poeta Cecília Meireles também morou entre 1946 e 1963 no bairro, na rua Smith de Vasconcelos. A casa é tombada e ainda está lá com o arquivo pessoal e biblioteca dela. Mas está mal cuidada e não é acessível ao público.
Amigo de Cecília, Candido Portinari também morou no Cosme Velho praticamente na mesma época, de 1943 a 1950. Foi no ateliê projetado por Niemeyer para o número 343 da Rua Cosme Velho que Portinari pintou os painéis da capela Mayrink e a maravilhosa série Retirantes, entre outras importantes obras (mais de mil).
Infelizmente, a casa de Portinari é outra que está em estado avançado de degradação. A Associação Cultural Cândido Portinari (que recomendo conhecerem, pois o filho dele faz um trabalho incrível de preservação do maravilhoso legado do pintor) tentou transformar o local num museu, mas não conseguiu fundos e a casa permanece fechada.
Tanto na casa de Cecília quanto na de Portinari rolou muito agito cultural. Por lá passaram vários artistas e houve muita troca de ideias e pelo menos caminhando por aquelas ruas podemos imaginar quanta energia criativa havia por ali.
6) Instituto Casa Roberto Marinho
E se é para falar de arte, não podemos deixar de falar da Casa Roberto Marinho.
A casa fica na altura do número 1105 da Rua Cosme Velho, após o túnel Rebouças, e pertenceu de fato a Roberto Marinho, dono do Jornal e da emissora Globo.
A casa foi construída em 1939 pelo mesmo arquiteto que projetou o Copacabana Palace e o Palácio das Laranjeiras, Joseph Gire, e é um lindo solar com muitas janelas e vista para o amplo jardim projetado por Burle Marx – com sua própria fonte de águas férreas.
Enquanto viveu, Roberto Marinho promoveu tantos eventos e encontros culturais nesta casa que é até difícil de relatar. Passaram por lá de Pixinguinha à Amália Rodrigues, de Tônia Carreiro à Tarcísio Meira, entre tantos outros.
Dá para ter uma ideia da movimentação da casa assistindo ao filme que é exibido lá, atualmente um museu que abriga a coleção de arte de Roberto Marinho que inclui quadros e esculturas, inclusive algumas feitas pelo próprio, e que são exibidos na casa e no jardim.
O Instituto Casa Roberto Marinho só abre a partir das 12h e vale a pena se organizar para conhecer. Ali tem um ótimo restaurante, o Metiers, que serve comida sofisticada e de qualidade do café da manhã ao café da tarde e estacionamento gratuito para os visitantes.
Tour pelo Cosme Velho com a Agência Sou Mais Carioca
Como contei, fiz o tour pelo bairro com a guia Dida, da agência Sou Mais Carioca, e foi o máximo!
Fiz o tour privativo porque não casou a data da minha estadia com os tours já agendados pela agência. Como a guia tinha disponibilidade, fui sozinha mesmo.
Conto isso para que saiba que basta entrar em contato com a Gaby da Sou Mais Carioca e combinar o tour privativo se for o caso. Não achei que ficou caro mesmo sozinha e em 2 ou 3 pessoas compensa bem. E também porque sei que um tour sozinha assim pode ser meio difícil se não der muito match com quem guia, o que acho praticamente impossível com a Dida.
A Dida é super alto astral, simpática, sabe tudo sobre o bairro e é bem flexível. Ela rapidamente percebeu meus interesses e foi direcionando o tour para as coisas que gosto.
Graças à ela conheci detalhes do próprio Jo&Joe onde eu estava hospedada e que até então, mesmo explorando muito dos tesouros do hotel, eu não tinha visto. Me explicou sobre a arquitetura das casas e prédios, me contou e mostrou o Rio Carioca e a Bica da Rainha, pelos quais passei várias vezes também sem assimilar bem. Me ajudou a achar as placas mais autênticas do Santuário de São Judas.
Quando achei que era tudo, ela ainda foi comigo até a Casa Roberto Marinho, me falou sobre os artistas em exposição e me deu várias dicas para explorar melhor depois com calma.
Foi uma ótima manhã caminhando com a Dida. Além de ter aprendido muito sobre o bairro, batemos muito papo e ela tirou mil fotos minhas, que sozinha seriam muito complicadas e provavelmente não existiriam. Rá-Rá.
Se tivesse mais tempo na cidade teria feito outros tours com a agência Sou Mais Carioca. A Dida leva por Santa Tereza e Paquetá e há outras opções com outras guias como o tour da Pequena África e o Herança Africana em Madureira (este com o Guia Negro), além de opções de trilhas diversas. Veja aqui os passeios oferecidos pela Sou Mais Carioca.
Ah! E o tour pelo Cosme Velho tem uma opção de tomar café da manhã no Jo&Joe. Então, quem não se hospeda ali também tem oportunidade de curtir o cafezão!
Roteiro pelo Cosme Velho no Rio de Janeiro
Já dei uma ideia geral de tudo o que fazer no bairro do Cosme Velho e deixei a dica da agência Sou Mais Carioca que faz um tour completo. Mas sei que tem gente que prefere explorar sozinho, então vou deixar aqui umas sugestões de roteiros para facilitar sua organização.
Seja lá como você chegue ao bairro Cosme Velho, comece o roteiro pelo Terminal Cosme Velho. Você poderá ver ali um pouco do que restou do lendário Rio Carioca.
Roteiro 1: Caso tenha começado o rolê de manhã, desça a rua Cosme Velho para a esquerda, no sentido contrário ao do túnel Rebouças para terminar o tour na Casa Roberto Marinho por volta da hora do almoço, quando abre.
Visite então o Santuário de São Judas e em seguida a estação de trem do Corcovado e o vagão original mantido na praça ao lado. Se estiver no clima, faça o passeio de trem até o Cristo, mas compre aqui o ingresso antecipado para evitar surpresas.
Em seguida, dê um pulo na Bica da Rainha, que fica próxima e desça até o Café Capitu no local da casa de Machado de Assis. Tudo isso estará numa distância de no máximo 600 metros e é bem tranquilo de caminhar.
Depois, suba novamente a rua (é uma subidinha leve) e visite com calma o Largo do Boticário e depois a Casa Roberto Marinho. Entre um e outro há vários casarões e prédios interessantes para observar e até uma pequena agremiação de carnaval.
Dá para visitar todos esses principais pontos do bairro Cosme Velho em 3 ou 4 horas, até menos dependendo dos seus interesses, ou mais se incluir o passeio de trem.
Uma opção para fechar o dia é visitar também o Mirante Dona Marta. Há quem diga que o Mirante fica no Cosme Velho, mas na verdade fica em Santa Tereza. É bem próximo, está a cerca de 3,5kms de distância e tem uma vista incrível.
Em tese é possível ir à pé do Cosme Velho ao Mirante Dona Marta, embora seja uma caminhada com um bocado de subida. Mas não fiz e vi vários cariocas sugerindo que não é tão seguro, então recomendo ir de carro. São cerca de 5min de viagem. Se pegar um táxi ou uber, peça para o motorista esperar porque é uma visita rápida, assim você não corre o risco de ficar na mão.
Caso queira tomar café da manhã antes de começar o passeio pelo Cosme Velho, pode ir pro Largo do Boticário e comer na beira da piscina do Jo&Joe, ou tomar um brunch no Metiers que fica no jardim da Casa Roberto Marinho ou começar o dia entre os textos de Machado de Assis no Café Capitu. Siga depois pelos demais pontos sugeridos.
Para almoçar no bairro do Cosme Velho, novamente as opções são o Jo&Joe, que tem um menu a la carte e buffet, além de música ao vivo e outros eventos que agitam a tarde por ali; o Capitu, que tem lanches, crepes e algumas opções de pratos e não é muito caro; o Metiers, que tem pratos mais sofisticados lindamente apresentados e o Taberna 364, que pode parecer simples e pequeno, mas é espaçoso lá dentro e tem uma comidinha bem caseira, gostosa e farta, perfeito para dividir.
Para jantar só sobram o Jo&Joe e o Capitu e esse último fecha meio cedo.
Roteiro 2: Outra opção de roteiro, que acho até mais interessante, é começar o tour um pouquinho mais tarde, mais para o meio ou fim da manhã. Nesse caso, comece subindo a rua Cosme Velho sentido túnel, parando primeiro no Largo do Boticário e em seguida na Casa Roberto Marinho. Depois desça para a Bica da Rainha, Santuário de São Judas, Estação do Corcovado e Capitu Café. Mas esse roteiro fica apertado se incluir o trem pro Cristo, ok?
Fazendo o roteiro nesse sentido, quando terminar dá para emendar o roteiro com uma visita ao vizinho bairro das Laranjeiras, basta continuar descendo à rua Cosme Velho no sentido do Largo do Machado.
Cosme Velho + Laranjeiras
Laranjeiras já tem muitas outras opções de restaurantes e bares para você almoçar ou fechar o dia, além de lojinhas charmosas. O clima do bairro é descontraído e festivo, eu adoro!
Não deixe de reparar nas ruas transversais à Rua das Laranjeiras, há locais interessantes para observar e para fotos. Não vou indicar em detalhes porque são ruas bem residenciais que merecem continuar em paz. Os tranquilos vão encontrar e se divertir sem atrapalhar ninguém.
Vou deixar só a localização das Casas Casadas, uma edificação de casas independentes bem fofa que fica no número 307 da Rua das Laranjeiras. Atualmente ela é a sede da RioFilmes, então acho que se fizer fotos por lá não vai importunar ninguém.
Mais ou menos na altura do número 430 da Rua das Laranjeiras está a Rua General Glicério. Por ali aos sábados rola uma animada feirinha com choro e samba e é curioso observar como os prédios circundam a pracinha central.
Mais para baixo na Rua Laranjeiras fica o Parque Guinle, que é pequeno, mas é uma delícia para uma caminhada e para relaxar, além de fazer divisa com o Palácio das Laranjeiras, que pode ser visitado mediante agendamento prévio aos sábados, assim como o Palácio da Guanabara, um pouco mais abaixo. Ao lado do Palácio da Guanabara vale visitar também a Capela de Santa Teresa.
Saindo do Parque Guinle, pegue a rua Gago Coutinho, que é cheia de surpresas. Ateliers, cafés, restaurantes em casarões antigos e em portinhas escondidas, tem várias delícias escondidas ali.
No final da Rua Gago Coutinho ou da Rua das Laranjeiras você chega ao Largo do Machado, com outras opções gastronômicas e outra feirinha animada aos sábados. Você pode ficar por ali ou pegar o metrô e seguir adiante.
Do outro lado do Largo do Machado, fica a praça São Salvador. Ali, a feirinha é de domingo e o clima é o melhor possível, com muita música e animação bem no estilo desse delicioso bairro carioca!
Se optar por fazer o passeio pelo Cosme Velho e Laranjeiras no mesmo dia, pode ter certeza de que vai durar o dia todo e talvez até emende com a noite! Bons lugares para comer e beber por Laranjeiras: Café Maya e Glicerina na General Glicério, Lima (lindíssimo e delicioso peruano), Baixo Gago e Dim Sum na Gago Coutinho, Rotisseria Sirio Libanesa e Severyna no Largo do Machado, Tasca do Edgar e Boteco Sonho Lindo na Rua Alice.
Ah, e se preferir fechar o dia com banho de mar, veja aqui o Guia de Praias do Rio de Janeiro!
É isso, você já sabe tudo para conhecer o bairro do Cosme Velho no Rio de Janeiro e até por Laranjeiras. Divirta-se!
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