Sul da Namíbia – De Cape Town (África do Sul) até Maltahohe
Viajar para Namibia é uma aventura e um desafio! Já contei que meu roteiro pelo país sem 4×4 foi de 26 dias e que saímos de Cape Town, na África do Sul e fomos até Victoria Falls, na Zambia e Zimbabwe (link abaixo). Também já falei que a melhor forma de viajar por lá é alugando um carro (link abaixo). Vou contar melhor o que visitamos e como foi a viagem em 4 partes: sul da Namíbia, Centro da Namíbia, Etosha e Caprivi. Aqui explico como foi ir de Cape Town até Maltahohe, no caminho para as dunas vermelhas.
Fique tranquilo se for começar por Windhoek e não for para a África do Sul, porque as dicas todas servem no sentido contrário. =D
Veja aqui o completo roteiro de viagem para a Namíbia.
Viajar para Namibia – Da África do Sul até a Fronteira
Se você for começar seu roteiro em Cape Town, aproveite as incríveis belezas da cidade por alguns dias antes de partir para Namíbia! Você pode pegar o carro no aeroporto ou no centro da cidade, mas é tudo cheio, então tente pegar o carro bem cedo ou na noite anterior.
De Cape Town até Nordooewer, na fronteira com a Namíbia, são 684kms, mais ou menos 7hs de viagem por uma estrada muito boa, praticamente uma reta e com lindas paisagens. É possível fazer esse trajeto de uma vez, mas além de cansativo, essa parte da África do Sul tem vários lugares legais para você conhecer. Vou deixar os detalhes sobre a África do Sul para outro post, mas na minha opinião, os 2 melhores lugares para parar são em Algeria, no Cederberg Park ou em Vanrhysdorp. Os dois são lindíssimos e valem um dia de exploração pelas montanhas (ou mais dias se você gostar de escalada e trekking).
Como eu já conhecia a região, optamos por ir direto até Springbok, dormir lá e seguir para a Namíbia logo cedo de manhã para passar pela fronteira com tranquilidade. Aproveitamos a noite em Springbok para encher o tanque e fazer umas compras no Spar, um supermercado grande que tem por lá. Dormimos na Faithful Guesthouse. Era um lugar meio simples, mas a cama era super confortável, tinha ar condicionado e foi ótimo para uma noite. Pagamos USD 42 para 3 pessoas, sem café da manhã. Se quiser um lugar um pouco mais estiloso ou de melhor qualidade, sugiro o Springbok Inn, ou o Apollis
Cruzando a Fronteira África do Sul/Namibia – Visto e Documentos do Carro
Pegamos a estrada cedo para a Namíbia. São 100kms até a fronteira entre Vioosldrif e Noordoewer, e ao chegar lá você pára o carro e vai à pé carimbar a saída da África do Sul no seu passaporte. É simples e rápido.
Ai você pega o carro, anda um pouquinho, pára e vai para a imigração da Namíbia. Você vai preencher um formulário de entrada e carimbar. Brasileiros não precisam de visto, só um passaporte válido por 6 meses e com página para o carimbo, podem ficar 90 dias no país e não é exigido o certificado de febre amarela, embora eu te aconselhe a levar. Ninguém fez nenhuma pergunta.
Veja aqui como viajar de carro, overland tour e tour privado na Namíbia.
Depois você pega o formulário para a entrada do carro, precisa preencher com dados como chassi e outros detalhes (que tinham na carta de autorização de saída do país que a locadora deu). Daí você paga a taxa do carro, de USD 15, que pode ser em dólar, dólar da Namíbia ou Rand Sul Africano e pronto. Eles te dão um recibo e você precisa guardar até o final da viagem, pois pode ser solicitado. Se você pretende sair e voltar para a Namíbia, avise e pague o múltiplas entradas que custa USD 5 a mais e você não precisa pagar mais nada. Ninguém olhou o carro. Demoramos uns 40 minutos para fazer tudo, mesmo estando meio vazio.
Logo depois da fronteira tem o Orange River Lodge, que pode ser uma parada no seu roteiro para pescar, fazer rafting, enfim, navegar num rio africano! Optei por não parar ali, mas conheci um pessoal que curtiu.
Viajar para Namibia – Águas Termais no Ais Ais Resort
Seguimos até o Ais Ais Resort, que ficava a 140kms. Existiam duas opções de caminho: um pela estrada B1 (asfaltada) e depois mais 70kms pela estrada de terra C10 e outro caminho pela B1 e depois pela de terra D316, que era 30kms mais curto. Como as estradas D costumam ser piores que as C, optamos pela B e C, mas demoramos apenas 15min a mais e foi muito, muito tranquilo.
O Ais Ais é um lodge com quartos e casas e camping. Tem piscina, bons banheiros, cozinha e churrasqueiras (porque os africanos fazem MUITO churrasco). Fica a 70kms do Fish River Canyon, que pretendíamos visitar com calma no dia seguinte. Não é um super resort, mas é bem confortável. Pagamos USD 45 por um quarto com vista para os babuínos (você vai entender lá) e um ótimo café da manhã. Como o camping custava USD 16 por pessoa sem café, achamos que valeu a pena.
O restaurante tem opções limitadas (no almoço um prato feito ou sanduíches com batata frita e no jantar duas opções de prato com carne), mas era bem gostoso e as refeições custaram em média USD 10 por pessoa, com cervejinhas! As opções para vegetarianos e veganos são praticamente inexistentes. O legal do Ais Ais são as piscinas termais em várias temperaturas que chegam a 45º graus. Passamos a tarde toda entre a piscina aberta e a coberta, foi muuuito gostoso. Quem fica no camping precisa pagar USD 15 para usar as piscinas cobertas, mas vale.
Não tem nada ao redor do resort e lá dentro só uma lojinha precária, por isso, leve tudo o que precisar. Também não tem wifi.
Do Ais Ais você pode fazer o trekking de 4 dias e 86kms pelo Fish River Canyon, o próprio resort organiza. Você pode ver um ótimo relato sobre o trekking aqui no Sting Nomads. Nós não fizemos porque fomos no verão e não tinha a menor graça andar sob sol naquele calor acima dos 40º graus desde as 8hs da manhã.
Se você quiser apenas curtir o Fish River Canyon, siga direto para lá (uma hora a mais de viagem por terra) e durma no Hobas Camping , no Canon Hoadhouse, ou no Fish River Lodge , conto abaixo.
Veja aqui curiosidades e informações básicas para viajar para a Namíbia.
Viajar para Namibia – Fish River Canyon – O segundo maior do mundo
No Ais Ais você já está no Fish River Canyon, mas a entrada oficial fica 70kms adiante. A estrada é de terra, mas em boas condições. É cobrado USD 6 por pessoa para entrar e mais USD 1 por carro. Eles não aceitam cartões. Dali até o mirante do canyon são mais 10kms de estrada bem ruizinha, mas dá para ir devagar.
Tem um mirante estruturado, mas se você for mais para a direita ou mais para a esquerda tem outros mirantes naturais bonitos. Para esses outros não tem bem estrada, tem que seguir os 4×4, mas fomos com um carro comum e voltamos para contar história! Ficamos umas boas horas por lá tirando fotos, mas eu achei que a vista deve ser incrivelmente mais bonita logo ao amanhecer ou no pôr-so-sol.
Como fiquei no Ais Ais, não dava para estar lá nesses horários porque é perigoso dirigir à noite (e o seguro do carro não cobre nada que ocorra depois de escurecer). Então fica a dica para dormir no Hobas Camping, que é bem na entrada no canyon. Tem uma pequena piscina, um bom banheiro, sombra, uma loja com poucas coisas e muitos babuínos, mas o que realmente achei fraco é o restaurante.
Resolvemos almoçar por lá e as únicas opções eram torta de carne e batata frita (porque nunca falta batata frita na Namíbia). A dona ficou com pena da Amanda, que é vegetariana, e fez uma saladinha pra ela. Foi super baratinho e gostoso, mas não foi exatamente um bom almoço.
Só depois que saímos descobrimos o Canyon Roadhouse, a 16kms de distância, e acho que não tinha nada no Hobas porque todo mundo come ali. O restaurante tem várias opções e é uma atração à parte, todo decorado e cheio de carros antigos. Você vai ver outros lugares parecidos pela Namíbia, mas esse é o mais legal, aproveite! Eles também tem um lodge e pode ser uma boa opção para dormir também. Tinha posto de gasolina e Atm, mas nenhum dos dois estava funcionando….
Se você estiver de 4×4 e estiver com o orçamento mais tranquilo, fique no excelente Fish River Lodge, no meio do Canyon ou no Canyon Village. Dizem que dali você pode andar um pouco pelo canyon, o que não é permitido nos mirantes, exceto para quem faz o trekking oficial.
Achei o Canyon bem bonito e curti muito, mas se você já esteve em outros canyons ou se tiver com pouco tempo e for começar o roteiro por Windhoek, não sei se vale a pena descer até lá e nem até o Ais Ais. É fora de mão das outras atrações e como você só pode chegar ao mirante, é menos impactante.
Viajar para Namibia – Quiver Tree Forest – Para amantes da natureza e céu estrelado
Após visitar o Canyon, partimos para Ketmanshoop pelas estradas C12 e B4. A Parte da C12 era de terra, mas a maior parte do caminho é asfaltado. A cidade tem uma boa estrutura, mercado, gasolina, ATM e chip para celular, que é absurdamente barato na Namíbia, custou USD 0,50 e mais USD 2 por uma semana de telefone e internet na MTC.
Dormimos no Quiver Tree Camping. Da cidade até lá são 16kms de terra mais ou menos ruim. O camping tem alguns chalés e dormimos em um que era um misto de iglu com bunker, foi bem divertido e custou USD 30 por pessoa, incluindo as entradas na floresta e no giant playground que é USD 3 por pessoa. Tinha ar condicionado, geladeira e uma cozinha coletiva onde fizemos nossa comida junto com uma simpática família de férias que passou umas 10hs fazendo churrasco. No restaurante, tinha umas opções interessantes, bebidas geladérrimas e wifi. O camping custa USD 10 por pessoa.
Tem uma piscina essencial para a tarde escaldante e vários animais: cavalos, javalis e 2 cheetas que você pode até alimentar se quiser. Eu não vi sentido em ter aqueles animais presos, mas depois entendi que várias fazendas cercam uma área para as cheetas ou leões ou leopardos porque se eles ficam soltos acabam sendo mortos ao atacar rebanhos de pequenos fazendeiros que não estão nem ai com preservação. Quem preserva é fiscalizado e segue uma série de regras de espaço e cerca. Lá no Quiver Tree as cheetas viviam numa área meio grande e só vinham próximos da cerca quando o simpático alemão dono do camping trazia alimentos. Achei que ve-las comendo foi meio assustador, mas é legal ver tudo bem de perto.
É também dentro do camping que fica a a Quiver Tree Forest. As quiver trees tem um formato meio diferente, parecendo que estão de ponta cabeça. São lindas, super fotogênicas tanto de dia quanto no pôr-do-sol e à noite.
Foi uma das coisas que mais curtimos na Namíbia e se você tiver com calma e curtir fotografia, sugiro que fique ali 2 noites, eles até organizam umas sessões de fotografia noturna se você quiser. Vimos uma lua vermelha simplesmente incrível (que não consegui fotografar a tempo porque ela desceu muuuito rápido) e o céu era estreladíssimo porque praticamente não tem luzes em volta.
Só fique atento porque tem escorpião na área. Estávamos curtindo nossa varanda quando vejo pelo canto do olho uma mancha preta se movendo para baixo da mesa. Foco a vista e vejo um escorpião imenso, que parecia um carro alegórico na avenida balançando todo aquele trambolho… Quase infartamos, mas enquanto eu gritava, todo mundo levantava rolava aquela correria, uma lagartixa iniciou uma luta com o escorpião, que perdeu e foi obrigado a sair vazado! Bom, o resumo é, se for fotografar de noite, fique de bota e mantenha os olhos abertos. E leve uma lagartixa! Depois me disseram para não esquentar a cabeça com os escorpiões pretos e grandes, porque eles raramente atacam e o veneno é fraco, mas sei lá, Deus me livre!
No dia seguinte acordamos cedo e fomos até o Giant Playground, uma área do Quiver Tree Camping, mas alguns quilômetros depois. Não é nada demais, são umas pedras gigantes, mas é bonito para tirar umas fotos.
Viajar para Namibia – Luderitz e a Cidade Fantasma de Kolmaskop
Da Quiver Tree Forest, seguimos para Luderitz. A estrada é a B4, bem tranquila, asfaltada até lá e paramos num lugar qualquer para almoçar um sanduba perto de Aus. Porééém, como viajar na Namíbia é sempre uma aventura, venta loucamente em Luderitz e quando você vai chegando perto da cidade tem umas dunas enormes e toda tarde fica meio que uma tempestade de areia. Pegamos uma dessas e gente, foi assustador. Quando finalmente chegamos e descemos do carro, parecia que ele estava estampado de leopardo. Tivemos um minuto de pânico achando que tinha riscado tudo, mas era só areia grudada e saiu com uma aguinha…
Luderitz não é um lugar super incrível. Até me lembrei do Amir Klynk contando sua conturbada saída de Luderitz em “Cem dias entre o céu e o mar” e entendi quão corajoso ele é… Venta muito, muito, muito. Por isso, não aconselho ficar em camping aqui. Tem 2 hospedagens mais em conta: O Luderitz Backpackers e o Element Riders Hostel que custam mais ou menos USD 30 por quarto duplo ou USD 10 por pessoa em quarto coletivo. Mas como são baratos e limpos, estão sempre lotados, tem que reservar com antecedência ou chegar bem cedo, como sempre na Namíbia.
Nós ficamos no Obelix Guest House onde por sorte pegamos o último quarto. Pagamos USD 20 por pessoa em um ótimo quarto triplo com café da manhã gostosinho. É bem confortável e o pessoal foi muito simpático. O dia seguinte era Natal e não sabíamos o que fazer, o que estaria aberto, onde poderíamos jantar. Íamos ficar mais uma noite porque ali teria uma ceia, mas sabendo que não teríamos o que fazer na cidade, eles nos ajudaram a reservar uma noite já no caminho de Sesriem (dunas vermelhas) num chalé com cozinha. Foi muito legal da parte deles.
Outras opções de hospedagem um pouco mais caras, mas com lindas vistas do mar: Luderitz Nest, The Cormorant e Alte Villa.
Tem gasolina, ATM, supermercado grande e alguns restaurantes em Luderitz. Jantamos no ótimo Essenzeit: comida super saborosa, uma vista bonita e ainda por cima é barato! Eles servem café, almoço e jantar. Se aguentar, experimente o delicioso Cheddamelt Schnitzel. Gastamos aproximadamente USD 12 por pessoa num excelente jantar tomando até vinho.
A tarde a cidade é meio fantasma porque ninguém quer ficar no vento comendo areia. Aos domingos não abre nada e aos sábados tudo fecha às 13hs, programe-se. No centro tem alguns prédios antigos para ver, uma igreja que só pode ser visitada entre 17 e 18hs e não achei nada de especial e a House, uma casa dos tempos de ouro da cidade que só pode ser visitada entre 16 e 17hs e não pegamos aberta.
Outras opções de passeio são: ir até Diaz Cross, um farol e uma cruz no ponto onde Bartolomeu Diaz parou (são 19ks em uma estrada de terra bem ruim, o lugar é apenas OK e venta a ponto de achar que você vai ser levado), algumas praias entre o Diaz Cross e Grusse Bucht, onde dizem que tem vários animais (não fomos porque achamos a estrada bem ruim), ir até Halifax Island de catamarã para ver pinguins (não fomos porque achamos que devia ser um sofrimento um passeio de barco naquele vento) e visitar Shark Island, um antigo campo de concentração alemão que hoje em dia é um camping (não achamos isso realmente um passeio). Fora isso a grande atração é visitar Kolmanskop.
Kolmanskop fica a 12kms de Luderitz, já na saída da cidade pela B4. As visitas guiadas são às 9h30 e às 11hs ou às 10hs aos domingos e feriados. Como era véspera de Natal, só teve visita às 10hs e no Natal estaria fechado, cheque sempre antes de ir, embora não precise reservar. Na visita guiada, que custa USD 6, você vai ouvir toda a história da cidade abandonada e vai visitar algumas salas preservadas e um pequeno museu. Mas se você quiser visitar sozinho pode entre 8hs e 13hs.
Kolmanskop tem uma história muito louca. Um limpador de trilhos de trem encontrou algumas pedrinhas na areia em 1908 e tcharam, eram diamantes. Aonde foi construída a cidade, não havia sequer necessidade de mineração, as pedras rolavam na areia, foi só uma questão de catar. Administrada por alemães, a cidade teve uma produção absurda de pedras preciosas e foi em torno disso que a cidade foi construída no meio do deserto, sem água doce e cheio de cobras. Sim, está cheio de avisos das amigas cobras por lá…. (Não dê um google em cobras venenosas da Namíbia pra não estragar a viagem). E era tudo muito luxuoso para a época. Porém, os dias de glória foram rápidos e por volta dos anos 30 já não havia mais nada, a cidade foi abandonada e hoje é um curioso mar de areia com casas caídas ali no meio. Mas é um passeio bem interessante e ouvir as explicações de como eles viviam naquele calorão sem água doce e ainda faziam gelo (!!!) te faz viajar! Você ouviu bem, Luderitz, com todo aquele mar, não tem água doce e o encanamento só veio muito tempo depois…
Em Kolmanskop desmontei uma parte do meu tripé para uma foto e acabei esquecendo dentro das ruínas do hospital que só pelo tamanho, função e abandono era meio assustador. Já estávamos longe quando lembrei e voltamos porque ia perder o tripé. Já estava tudo fechado, banquei a criminosa, invadi o lugar e corri até lá no meio de uma tempestade de areia (lembra delas?). Quase morri do coração quando cheguei no hospital e dei de cara com 2 vultos lá dentro!!!
Honestamente não sabia se era gente ou espíritos, não conseguia ver direito de tanta areia, peguei a peça, sai correndo o quanto antes, o pé afundando, quase morri de falta de ar, uma loucura! Era muito obstáculo para uma pessoa pouco atlética como eu. Rá-Rá. Os malucos ficaram gritando “hey, hey” porque acho que eles também se assustaram comigo, mas não virei pra ver não… Resgatei o tripé, mas entrei no carro com 400kgs de areia em todas as partes do corpo e só fiquei limpa de novo 2 dias depois…
Com isso, perdemos metade do dia e estávamos preocupados porque era véspera de Natal. Voltamos para a estrada e até conseguimos ver os famosos cavalos selvagens da região, mas bem distante. Existe um poço de água em Garub e eles ficam por lá por razões óbvias, mas é um desvio de 20kms por uma estrada de areia, ou seja, é melhor de 4×4, então não fomos. Como já sabíamos que tinham poucas opções para comer no caminho, paramos perto de Aus no hotel Klein Aus Vista. É um lugar lindo e acho que é uma boa opção de hospedagem para quem quer mais conforto para explorar Luderitz. O restaurante é aberto, gostoso e o preço é acessível. Foi uma boa escolha, mas demorou muito na nossa viagem já atrasada.
Viajar para Namibia – Maltahohe – Ótima para entre Luderitz e Sesriem/Sossusvlei
De Kolmanskop pegamos a C3 no sentido de Sesriem/Sossusvlei e eram mais de 200kms na estrada de terra, que começou horrível e não tinha viva alma. Mesmo preocupados com o horário, andamos bem devagar. Estávamos comentando a possibilidade de dar muito ruim se o carro quebrasse ali, quando nos deparamos com um carro parado no meio da estrada e uma senhora pedindo ajuda. O pneu da mulher estava de um jeito que eu nunca pensei que fosse possível ficar. Simplesmente só restaran as calotas, todo o resto estava comido! Não sei como ela tinha conseguido andar daquele jeito e foi muita sorte dela pararmos para ajudar, porque acho que ela ia perder o Natal com a família….
O visual nessa estrada é simplesmente fantástico. Vai mudando de cor, uma hora tem vegetação, outra hora não tem, vão crescendo montanhas, aparecem vários animais, é surreal! Existe uma outra rota pela D707, mas só aconselhável de 4×4. Dizem que o visual pela D é sensacional, é o outro lado das montanhas que vemos pela C, mas ainda mais inabitado. Eu achei que nossa viagem já foi incrível.
Nosso chalé ficava no Betta Camp, que embora seja em Maltahohe, é bem antes da cidade no cruzamento das estradas C27 com D826. Esse camping é uma ótima parada no caminho para Sesriem porque a distância entre as cidades é bem grande. Os locais de camping tem banheiro privativo, pia e uma cobertura, é super bom!
A vista é incrível, por sorte conseguimos ver o fim do pôr-so-sol. E nosso chalé era uma graça, muito confortável e com uma pequena cozinha onde fizemos nossa louca ceia de natal de cuscus com maionese de legumes e tomamos uma champa trazida lá da África do Sul. É, somos roots, mas somos phinos!!! E esse Natal já entrou para a história como um dos melhores de todos os tempos.
Eles tem um restaurante e uma lojinha boa até, que estavam fechados porque era véspera de Natal. Ainda assim, eles nos perguntaram se precisávamos de algo e abriram a loja para comprarmos um gelo, super atenciosos. Pagamos USD 30 por pessoa num chalé com 2 quartos, sem café da manhã.
Ah, e eles tem um borracheiro que salvou nosso primeiro pneu furado por USD 10.
Ali perto tem 2 outras ótimas opções, um pouco mais caras: Greenfire Desert Lodge e a Duwisib Guest Farm, que inclusive é perto do Castelo de Duwisib, que decidimos não visitar, mas também é uma opção.
É isso! Logo mais conto como é visitar as famosas dunas vermelhas de Sesriem e as dunas na praia de Swakopmund no centro da Namíbia.
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hahaha Angie, cara a gente viu os bichos dando cada corrida maluca, uns saltos mega altos, dava medo até!
Vai sim, Gisele! Ao vivo é ainda mais lindo!
Aline, menina, é legal demais mesmo! Olha, não tiramos muitas fotos na estrada porque quando fomos estava aburdamente calor. Era meio sofrido ficar no sol nas horas mais quentes. Chegamos a pegar 45 graus um dia… E também porque a gente não consegue ver os animais direito, porque eles ficam meio camuflados e ai dá um medinho… rsrsr
Bruna, AMEI!!! Que viagem maravilhosa, cada lugar, cada foto.. tudo encantado demais, até o resort tem comida a um preço ótimo! Menina, pq vc não sentou em uma dessas estradas e tirou uma foto bem no meu delas? Ri horrores, mas também não pagaria para ver se eram pessoas ou fantasmas no museu kkk. Salvei o Pin para nunca perder essa viagem de vista.
Ahhh fiquei encantada com suas fotos! Que lugar incrível! Morri de vontade de conhecer pessoalmente!
namibia ta nas minhas viagens dos sonhos! imagina q lindeza encontrar esses animais no habitat e dando essas corridas malucas (aquela ta foto eh super pernuuuda haeuaheu)
Tomara que você vá mesmo um dia, Denise! A Namíbia é demais!
A Quiver Tree é demais mesmo, Lulu! Obrigada!
Lindas as imagens! Tenho muita vontade de conhecer a Namíbia. Quem sabe um dia?!? Gostei muito da ideia do seu roteiro. Abraços!
Sensacionais as fotos da Quiver Tree Forest!!! A viagem toda é uma linda aventura, com direito a muito animais ao longo da estrada e um resort de águas termais. Amei! Queria me jogar naquela piscina. Estou adorando acompanhar a sua viagem pela Namíbia
É linda mesmo! Bora pegar as dicas e partir!
Que viagem linda!! Meu sonho ir para a África…