Ao redor de Ubud – Parte II
É verdade que depois do que tínhamos feito no dia anterior talvez não fosse necessário fazer esse segundo dia de tour com motorista, afinal haviam outras muitas possibildiades em Ubud, mas eu já tinha encasquetado.
O Budi nos pegou no horário combinado, me aguentou passando mal o dia todo e nos levou com a paciência de sempre para baixo e para cima. Os contatos dele estão no post anterior, vale a pena agendar um passeio com ele e, como já disse, ele facilita fazendo tudo por e-mail.
Como se não bastasse, ele é muito atencioso. Nos trouxe água (embora também tivessemos levado) e nos trouxe sarongs da casa dele para que usássemos onde fosse obrigatório (quase todo templo). Ele nos ajudou a vestir os sarongs corretamente e até a colocar uma espécie de “faixa” em tecido combinado igualzinho aos locais! Era só enfeite, mas achamos tão simpático da parte dele que usamos os sarongs até quando não precisava.
Em quase todo templo há sarongs para empréstimo ou aluguel, mas com tantas opções legais para comprar, você mesmo pode levar o seu!
Nossa primeira parada foi no que eu acho que era o lugar preferido dele: o Tirta Empul ou Holy Spring Water Temple.
Como o próprio nome diz, é o Templo das Sagradas Águas Naturais. Isso mesmo, tem uma fonte de água que brota do chão é considerada super sagrada. O templo é bem bonito e tem uma piscina onde o pessoal vai se abençoar no banho.
Tinha bastante gente, inclusive turistas, mergulhando feliz e orando, mas eu que tinha passado a viagem toda incólume e tinha resolvido passar mal bem agora na hora de ir embora, não molhei nem os pezinhos.
Não sei se tinha uma regra, mas os locais passavam de fonte em fonte, banhando a cabeça e fazendo orações. Para mim era tudo a mesma água, mas vai saber…
Só para esclarecer, o Budi não entrava conosco nos templos, embora acredito que o faria e daria toda a explicação se tivessemos pedido. Mas a verdade é que ele não se ofereceu e nós também preferimos ficar andando livres, leves e soltos enquanto ele descansava um pouco de nós nas pagodas com sombra, como aliás faziam vários motoristas.
Saindo de lá, pegamos o carro novamente e fomos para o Goa Galah ou Elefant Cave. Outro lugar super diferente, onde há uma espécie de gruta pela qual você entra no submundo dos deuses. Bom, foi o que me disseram. É um sítio arqueológico considerado patrimônio da humanidade e tanto a gruta/caverna quanto as piscinas são datadas do século 11, muito velho! E no entorno tem uma floresta com outras surpresas bem legais, não deixe de dar uma caminhada.
Na sequência, o Budi me explicou que tinha levado aquele monte de água porque na próxima parada tinha uma escadaria enooorme para descer e com aquele calorão era bom levarmos todas as garrafas para a subida de volta. Já fiquei apavorada porque normalmente quando alguém indica que eu posso ficar cansada eu quase morro.
Verdade seja dita, o Gunung Kawi tem uma escadaria sem fim mesmo. Eu quase morri, ainda mais passando mal, mas garanto que todo mundo consegue. E que vale a pena.
É um templo feito na rocha, gigante, muito lindo. E mais do que isso, bem mais vazio que outros lugares, permitindo aquele momento de introspecção que às vezes faz falta nos templos balineses. Foi um dos lugares que mais gostamos.
Ainda dá para fazer mais umas trilhas ali no entorno, mas depois de um tempinho começamos a achar meio perigoso e, sem chegar a lugar algum, voltamos. Mas acho que se você perguntar o Budi vai te dar umas dicas.
Pensamos ainda em ir até o Agung Beaskih ou Pura Besakih ou Mother Temple, outro templo com escadarias sem fim. O Budi explicou que seria difícil ir no mesmo dia porque ele fica bem já no começo do Mount Agung, o vulcão que vai fazendo fundo para todo nosso percurso e que é a razão de tanta subida dentro do templo. Teríamos que dar uma boa volta e talvez fosse o caso de irmos direto para lá num outro dia de manhã.
Não tínhamos outro dia (tínhamos, mas era o último e não queríamos sair de carro de novo, queríamos ficar tranquilos pela vila mesmo) e seguimos para Tegallalang, o terraço de arroz mais famoso de Ubud. Sinceramente? Achamos igual ao de Jaliluwih, que tínhamos visitado no dia anterior. É lindo, mas acho que você pode optar por um só.
Não paramos para almoçar porque eu não estava bem e demos uma apressada na volta. É nessa hora que você percebe que parando aqui e ali não sabe quanto andou, mas estava bem longe!
De novo: entrada em torno de 20.000 rúpias e mais estacionamento em torno de 5.000 rúpias em cada lugar.
Acho que com essas dicas já dá para você montar um roteiro legal, seja igual ou diferente. O próprio Budi se ofereceu para nos levar à Celuk Village, aos produtores de café Luwak e outros lugares bastante procurados, mas preferimos visitar “só” esses lugares.
Vale a pena. ♥
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