New York – onde dormir sem frescura!
Como o mundo todo já sabe, hospedagem em NY é uma das coisas mais caras que existe e faz seu orçamento para a comilança e, admita que isso é importante, para as compras, reduzir tristemente.
Como quem conhece o blog já sabe, eu prefiro mil vezes ficar num cafofinho do que não ir.
As dicas de hospedagem aqui são, mais até do para mãos de vaca, para as pessoas desapegadas do luxo e que arriscam ousar. Vou dar as dicas dos lugares que eu já fiquei com os prós e os contras e também algumas roubadas pelas quais passei e umas dicas de lugares legais que me passaram, mas que não esperimentei.
Se você não tem um amigo morando lá, USD 300,00 para pagar numa diária ou simplesmente quer gastar mais em outras coisas, continue.
De qualquer forma, sempre procuro ficar em lugares de fácil acesso para as coisas que pretendo fazer, então, essa dica sempre servirá para quem tem esse interesse.
Na minha primeira vez para os lados de Manhattan recebi diversos conselhos para ficar no Brooklin, onde o aluguel de um apartamento inteirinho só para você por uma semana ou duas sai bem baratinho. O Brooklin é um bairro todo charmosinho e moderno, cheio de artistas, judeis ortodoxos e barzinhos e deve sem dúvida fazer parte do seu roteriro, mas principalmente para a primeira vez, achei que não valia a pena ter que cruzar o rio East para conhecer as milhares de coisas que estão ali do outro lado, em Manhattan. Além disso, para para sair baratinho mesmo, é lá no meião do Brooklin, então coloque na conta o tempo gasto no metrô ou ônibus e a dificuldade para carregar as sacolas e não se engane, vai ter sacolada.
Descartada essa opção, fui lá para o AirBnB. O site é bacana, bem estruturado e tal, mas NY tem um zinzilhão de ofertas. Se prepare para gastar uma eternidade procurando o que servirá melhor para você. Os preços são mais baratos que os hotéis (descartando neste caso os absurdamente xexelentos), mas variam e podem ser bem carinhos. Avalie bem o custoxbenefício considerando principalmente se é perto do metrô, o meio mais rápido e fácil de locomoção, e sem esquecer jamais da sacolada. Sem falar no clima e na possibilidade de ter que andar muito sob um sol escaldante ou uma neve incessante.
A ilusão dura pouco, tudo que parece mais arrumado ou é melhor localizado é caro. E nem sempre você ficará sozinho e nem sempre terá uma cama confortável ou uma cozinha onde tomar café. Leia com atenção a descrição do local, da cama, taxas extras por pessoa e limpeza, entre outros.
Depois disso tudo, você se cadastra e tem que ser aprovado pelo dono da casa!
Escolhi um apê, acertei tudo com a dona e tcharam, 15 dias antes da viagem, em pleno feriadão, a maluca me avisa que só teria disponibilidade pela metade do período. Fiquei tão doida da cara que cancelei tudo. Tentei marcar com outra pessoa e ela queria receber tudo adiantado. Tentei negociar o pagamento em cash na chegada, mas não teve jeito e fiquei desconfiada.
Experiência ruim a minha, mas a maioria das pessoas gosta bastante do AirBnB, não sei se é o caso de cortar essa possibilidade, mas vale ter mais atenção. O Viagem na Viajem publicou recentemente que a sublocação é proibida na cidade e que há pessoas sendo multadas.
Naquela altura do campeonato, os hostels não tinham mais vaga e o hotel mais em conta que achei foi o Days Hotel Broadway. Nem é tããão barato assim, mas ainda bate muito hotel bem mais mequetrefe.
Ele não tem atrativos, não tem café da manhã, a internet só é livre na recepção, não é lá uma belezura e, embora esteja passando por uma renovação, a maioria dos muitos quartos ainda é bem antigão, com carpetes nos corredores e chineses carregando malas.
Os quartos tem um bom banheiro, boas camas, TV, cafeteira (quem não conhece os benefícios de uma cafeteira no quarto não sabe de nada), espaço para a inevitável sacolada e, se der sorte, frigobar. Não é luxuoso, mas é suficiente para que eu tenha me hospedado lá duas vezes sem problemas.
A razão para o retorno, claro, são os prós. O hotel fica na esquina da Broadway com a 94th, no Upper Wst Side. Upper o suficiente para ser uma área predominantemente residencial, o que considero um plus plus plus e não tão upper para ficar no meio da Columbia University ou do Harlem. Ainda está há poucos passos da estação 96th do metrô nas linhas 1,2 e 3 ou há 2 quarteirões da 96th nas linhas A,B,C e D, com as quais você pode ir de norte a sul da ilha e chegar a quase tudo que interessa ou fazer uma fácil baldeação para realmente tudo o que interessa.
O lugar é tranquilo, tem mercados por perto onde você pode comprar umas coisas para economizar no café ou num lanchinho à noite e várias delis e restaurantes para comer a qualquer hora.
São só 2 quadras até o Central Park e se gostar de caminhar, algumas quadras do Harlem, do Museu de História Natural, do Columbus Center e até de uma loja da Century 21 (a 25 de março de NY onde baixa toda a brasileirada). Ainda é fácil de chegar à Salumeria Rossi, um restaurante muuuito gostoso sobre o qual contarei depois!
Em matéria de hostels já fiquei no famoso “YMCA”. Aquele da musiquinha, sabe? Mais precisamente no West Side YMCA, que fica na 63th. A localização é ótima, na porta do Central Park, de um dos PJ’s Clarke, do Columbus Circle, do Lincoln Center, com estação de metrô na 56th e na 66th.
O preço, além de tudo, é imbatível, mas tem que reservar com muita antecedência porque a procura é grande. Os quartos são espartanos, é opção para os duros mesmo, porque nem cabe muita compra. Os banheiros, coletivos, não são nenhuma Brastemp e os chuveiros deixam um pouquinho a desejar, mas o grande contra, na minha opinião é que só há 2 opções de quarto: sozinho ou duplo, mas em beliche. Nada de romantismo e nem de socialização…mas tem ar condicionado! Acho bem tranquilo para quem viaja com amigos e é ZERO frescura.
Para mim traz lindas recordações e uma surpresa agradável: na volta minha saída era às 5h30 da manhã e exatamente às 5h30 e zero segundo um funcionário do hostel praticamente derrubou minha porta para que eu não perdesse a hora (foi desnecessário, mas achei uma coisa muito simpática que nenhum hotel faz).
Ah e sim, está ligado à associação cristã, mas não tem chateação e ainda rolam várias atividades no mesmo prédio. É meio como se hospedar no SESC, mas nos andares dos quartos não tem bagunça.
Aqui vão umas dicas de um amigo que nunca experimentei. São uns hotéis boutique, os preços sobem, mas tem coisas interessantíssimas, principalmente se você se programar com antecedência: o The Jane, que é decorado como se fosse um navio e no qual, como num navio, você pode pagar caro por uma cabine grande ou barato por uma pequena com banheiro dividido. Parece divertido e fica no West Village colado no descolado Meatpacking District; o The Pod também tem quartos pequetitos, mas fofos. Fica na mais agitada região da Grand Central Station; e o Ace, todo liiindo, mas com preços mais salgados e numa região menos agradável na minha opinião, o Midtown.
Acredite, NY dá para todos os bolsos, só precisa procurar. O Booking tem várias opções para você escolher e clicando aqui você ainda dá uma ajudinha para o blog!
É isso, espero que este post te ajude na hora de tomar sua decisão sobre hospedagem. Se tem mais alguma dica, deixe aqui e enriqueça a experiência de mais alguém!
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