Países que Exigem Vacina de Febre Amarela – Certificado Internacional de Vacinação
Quais países que exigem vacina de febre amarela? Como tirar o certificado Internacional de Vacinação de Febre Amarela? Onde tomar vacina de febre amarela? Afinal, o que é febra amarela e por que existe todo esse cuidado?
Essas são preocupações e dúvidas comuns de quem vai fazer uma viagem internacional. Se você está programando sua próxima viagem, leia todas as dicas e informações para embarcar tranquilo, sem risco de ser barrado! E aproveite ainda para ficar protegido contra essa doença perigosa.
O que é Febre Amarela? Como é transmitida?
A febre amarela é uma doença infecciosa bastante grave que pode causar insuficiência hepática, renal, hemorragias e levar à morte. A infecção se dá por vírus que só é transmitido por mosquitos, que em áreas urbanas é o nosso conhecido aedes aegypti, o famoso mosquito da dengue.
Não há contaminação de macacos para pessoas nem de um indvíduo para o outro.
O vírus da febre amarela é mais comumente encontrado em áreas de mata, por isso vários países da América do Sul, Central e África são observados para que o vírus não se dissemine mundo afora.
Os sintomas mais comuns são febre alta, dor de cabeça, náuseas, vômitos e calafrios que em geral duram cerca de 3 dias. Na versão mais intensa do vírus a pessoa melhora um pouco e depois de 2 dias volta a sentir os sintomas, mas com várias complicações que podem levar até à necessidade de um transplante de fígado, por isso é importante não se auto medicar e procurar um médico sempre que houver risco de contaminação.
A identificação da doença é feita por exame de sangue e o tratamento é basicamente atacar os sintomas e ajudar o corpo a reagir contra a infecção, porque não existe um medicamento que extermine o vírus.
Vacinação Febre Amarela
Além de tentar erradicar o mosquito da dengue, a melhor forma de se proteger da febre amarela é pela vacinação que pode ser recebida por pessoas de 9 meses até 60 anos que não tenham nenhum problema de imunidade (doenças auto-imunes ou recebimento de tratamentos como quimioterapia) nem alergia ao ovo.
Em 2018 houve um pequeno surto da doença no Brasil e todos foram aconselhados a tomar a vacina, que está disponível na rede pública.
Muita gente ficou em dúvida se tomava ou não a vacina porque houve relatos de reações, mas isso é comum à todas vacinas, apenas teve mais destaque porque todos estavam falando desse assunto, então se você não está num grupo de risco, fique despreocupado que você pode tomar a vacina normalmente.
Idosos e gestantes devem consultar um médico antes para ter certeza da necessidade e riscos.
Como e Onde Tomar Vacina de Febre Amarela
Como mencionei, a vacinação de febre amarela é feita na rede pública, e também na privada. É uma injeçãozinha que não dói nem nada.
Por conta do grande número de pessoas que procurou a vacinação contra febre amarela em 2018, o governo brasileiro passou a aplicar uma dose fracionada da vacina para dar conta de atender a todos.
Essa dose tem a mesma eficácia contra a doença que a dose integral, porém, não é aceita para emissão do certificado internacional de vacinação, que é o documento exigido por vários países para permitir a entrada de turistas.
Assim, se além de ficar protegido contra a doença, você quiser emitir o certificado para viajar, precisa se dirigir à um posto de saúde que aplique a dose integral da vacina ou, caso tenha tomado a fracionada, precisa tomar a segunda dose.
Cada Município tem indicado uma lista de postos onde tomar a vacina de febre amarela para vermos o local mais próximo e o Ministério da Saúde tem essa página com as principais dúvidas.
Para quem é de São Paulo, uma boa opção é agendar um horário no Ambulatório de Viajantes do Hospital das Clínicas onde é possível tomar a vacina e emitir o certificado internacional de vacinação no mesmo local (já explico onde emitir o certificado abaixo).
Na maioria dos postos de saúde, a vacina integral só está sendo aplicada mediante a apresentação de passagem que comprove a viagem marcada para um país que exija a vacina, fique atento!
Depois de aplicada a vacina, o posto deve indicar na sua carteira de vacinação a data e o lote da vacina de forma totalmente legível para que seja possível o próximo passo, que é a emissão do certificado.
Fique bastante atento ao seguinte ponto: a vacina deve ser tomada pelo menos 10 dias antes da viagem! Não deixe para a última hora ou poderá ter problemas para embarcar e entrar no país de destino.
Certificado Internacional de Vacinação – Emissão
Com o comprovante da vacina com data e lote legíveis e seu documento pessoal em mãos você deve seguir para um posto de emissão do certificado internacional de vacinação, que é feita gratuitamente pela ANVISA.
Alguns locais, como o Hospital das Clínicas aqui em São Paulo que já citei, dão a vacina e emitem o certificado, mas somente para quem tomou a vacina lá mesmo. Se você tomar em outro lugar, nem adianta ir até o HC para obter o certificado.
O certificado internacional de vacinação é emitido em portos e aeroportos. Aqui em São Paulo o lugar mais fácil de obtê-lo é no aeroporto de Congonhas, onde o atendimento é feito com agendamento ou sem, das 8h às 11h30 e das 13h às 17hs, mas você pode ver a lista completa de locais que fazem a emissão aqui.
O certificado fica pronto na hora e sugiro que você na mesma hora grampeie na última folha do passaporte para não perder nem esquecer em nenhuma viagem.
Se na sua cidade não há um lugar para emitir o certificado, você precisará ir ao local mais próximo, sempre pessoalmente. Apesar de ser emitido na hora, não deixe para fazer isso no aeroporto no dia de embarque, porque o serviço além de ter horários meio restritos pode simplesmente estar fechado.
Recentemente a Anvisa passou a permitir que o próprio viajante imprima o certificado em casa. Você precisa fazer um cadastro pelo site e depois de receber o certificado é só imprimir, veja aqui o passo a passo.
Achei ótimo, a gente precisa mesmo evoluir para a desburocratização, mas aparentemente esqueceram de avisar os russos.
Recentemente estive num evento em que estavam presentes os representantes do turismo na África do Sul que confirmaram que esse certificado impresso em casa não está sendo aceito lá e nem em alguns outros países, que não receberam do nosso governo as orientações para validar o documento.
Dei uma pesquisada e não achei muitos relatos sobre isso, mas eu deixo aqui o conselho de pelo menos por enquanto não correr riscos e emitir o certificado internacional de vacinação num local indicado pela ANVISA mesmo.
Falo isso porque já passei por uma situação similar que me deixou louca. Fui impedida por uma mau humoradíssima atendente de companhia aérea de embarcar num vôo porque estava sem a passagem de volta, mesmo explicando que deixaria o país de ônibus, mostrando o itinerário, reservas e tudo o mais.
Ela tinha um protocolo dizendo que precisava de passagem aérea e ponto final. Acredito que seja mais ou menos isso com o certificado, até que estejam todos com o “protocolo atualizado”, pode dar confusão e é melhor evitar a dor de cabeça.
Certificado Internacional de Vacinação – Validade
Outra questão importante: até 2016 o certificado tinha validade de 10 anos, mas agora ele é válido por tempo indeterminado ou “à Life” – a vida toda. Isso também ajudou bastante a desburocratizar, mas mais uma vez tem pegadinha.
Todo certificado que é emitido agora já vem com o prazo indeterminado e todos os já impressos tiveram a validade automaticamente estendida, segundo resolução da OMS. Teoricamente ninguém deveria ser barrado ou impedido de embarcar com certificado vencido, mas quem garante que todos os protocolos estão atualizados?
O meu certificado vai vencer logo mais e fui atrás para ver o que eu faria, já que eu prefiro manter os documentos sempre em dia para não perder nenhuma oportunidade de viagem que possa aparecer de repente.
A boa notícia é que dá para emitir um novo certificado. É só levar o certificado antigo e documento pessoal num posto de emissão e eles fazem na hora um novo “à life”. Em alguns lugares eles estão pedindo documentos que comprovem a viagem marcada, mas é bem raro.
Mais uma vez a emissão de novo certificado é apenas precaução, mas acho o trabalho pequeno para ter um documento definitivo e evitar grandes problemas.
Atestado Médico de Isenção de Vacinação
Se você, por algum motivo, não pode tomar a vacina de febre amarela, não se preocupe que não vai precisar cancelar a viagem! Mas vai precisar de um atestado médico de isenção de vacinação.
O seu médico deverá emitir o atestado em inglês e legível com todos os seus dados e com o nome dele completo, CRM, endereço e detalhando as razões que te impedem de tomar a vacina. Somente essas razões abaixo são aceitáveis de acordo com a ANVISA:
- Crianças menores de 9 meses de idade
- Mulheres amamentando crianças menores de 6 meses de idade
- Pessoas com alergia grave ao ovo
- Pessoas que vivem com HIV e que têm contagem de células CD4 menor que 350
- Pessoas em de tratamento com quimioterapia/ radioterapia
- Pessoas portadoras de doenças autoimune
- Pessoas submetidas a tratamento com imunossupressores (que diminuem a defesa do corpo
Convém conferir com a ANVISA se há algum dado adicional exigido antes de embarcar, ok?
Países que exigem Vacina de Febre Amarela
Para terminar, quais são os países que exigem a vacina de febre amarela e a apresentação do certificado internacional de vacinação ou o atestado de isenção? Afinal toda essa trabalheira é para você poder sair por esse mundo grande sem porteiras!
Bom, nem tão sem porteiras, afinal 135 países fazem essa exigência para deixar você entrar.
Os países mais visitados por brasileiros e que exigem o certificado são: África do Sul, Aruba, Austrália, Bolívia, Camboja, China, Singapura, Colômbia, Cuba, Egito, Filipinas, Jordânia, Indonésia, Índia, Malásia, Malta, Namíbia, Nepal, Paraguai Tailândia e Vietnã, mas você pode ver a lista completa de países aqui nesse link, que tem os dados de saúde indicados pela OMS. Confira sempre na OMS, pois as exigências mudam de tempos em tempos.
A lista inteira de países que fazem essa exigência é esta (que inclui vários lugares que nem sei onde ficam):
Afeganistão, África do Sul, Albânia, Angola, Arábia Saudita, Argélia, Aruba, Antígua e Barbuda, Austrália, Bahamas, Barein, Bangladesh, Barbados, Belize, Benin, Burundi, Butão, Bolívia, Bonaire, Botsuana, Brunei, Burkina Faso, Cabo Verde, Camarões, Camboja, Cazaquistão, Chade, China, Cingapura, Colômbia, Congo, Coreia do Norte, Costa do Marfim, Costa Rica, Cuba, Curaçao, Djibuti, Dominica, Egito, El Salvador, Equador, Eritreia, Etiópia, Fiji, Filipinas, Gabão, Gâmbia, Gana, Granada, Guadalupe, Guatemala, Guiné, Guiné Bissau, Guiné Equatorial, Guiana, Guiana Francesa, Haiti, Honduras, Ilhas Pitcairn, Ilhas Salomão, Índia, Indonésia, Irã, Iraque, Jamaica, Jordânia, Laos, Lesoto, Libéria, Líbia, Madagascar, Malawi, Malásia, Mali, Maldivas, Malta, Martinica, Mauritânia, Maurício, Mayotte, Montserrat, Moçambique, Myanmar, Namíbia, Nauru, Nepal, Nicarágua, Níger, Nova Caledônia, Nigéria, Niue, Omã, Panamá, Paquistão, Paraguai, Polinésia Francesa, Quênia, Quirguistão, Quiribati, Reunião, República Centro-Africana, República Democrática do Congo, Ruanda, São Bartolomeu, São Cristóvão e Névis, Santa Lúcia, Saint Martin/Sint Maarten, São Vicente e Granadinas, Samoa, São Tomé e Príncipe, Santa Helena, Senegal, Serra Leoa, Seychelles, Somália, Sri Lanka, Sudão, Suriname, Suazilândia, Tailândia, Tanzânia, Timor-Leste, Trinidad e Tobago, Tristan da Cunha, Togo, Uganda, Vietnã, Wallis e Futuna, Zâmbia e Zimbábue.
Alguns países não exigem o certificado em caso de conexão, mas se você quiser sair do aeroporto, vai precisar do mesmo modo, como o Panamá.
Por isso, minha sugestão é simplesmente fazer o certificado e levar sempre com seu passaporte, ainda mais agora que é válido para sempre. Você terá um pouco de trabalho, mas vai ser uma vez só e depois vai ser só sossego e viagens!
Cuidados Extras com as Vacinas e Seguro Viagem
Algumas doenças consideradas já erradicadas têm reaparecido pelo mundo todo como a tuberculose e o sarampo e outros vírus estão sempre se modificando, como o da gripe e H1N1.
O ideal, portanto, é estar sempre em dia com as vacinas porque aeroportos, aviões e aglomerações em pontos turísticos são focos de transmissão de doenças virais.
A vacina do sarampo, por exemplo, tem sido reaplicada em pessoas entre 15 e 29 anos porque hoje em dia sabe-se que a dose dada na época de infância destas pessoas precisa de reforço.
O Centro de Viajantes do Hospital das Clínicas é um ótimo local para se informar sobre quais vacinas são aconselhadas.
Além disso, mesmo que você esteja com tudo em dia, não viaje sem seguro. Nenhuma vacina tem 100% de eficácia e ficar doente durante uma viagem pode exigir cuidados específicos e muitas vezes transporte de emergência.
O seguro custa pouco e te dá uma segurança que nem tem preço.
Já contei nesse post como o seguro foi essencial quando o Gabriel pegou dengue nas Filipinas e teve que ser tratado na Indonésia e dei todas as dicas sobre seguros, dê uma lida: Seguro Viagem Cobre Doenças, Acidentes e Imprevistos.
Você pode contratar o seu seguro de viagem com o nosso parceiro Seguros Promo. Utilize o código EXPRESSINHA5 no final e ganhe 5% de desconto!
Pronto, você já tem tudo para viajar tranquilo, agora aproveite!
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