Dicas para quem quer viajar para o Irã: vamos falar desse país encantador, começando com 12 dicas básicas para fazer turismo no Irã, como tirar o visto, como se vestir e tudo o mais.
Se você está pensando em viajar para o Irã, aproveite que vai ficar bem mais fácil fazer o planejamento! E se você nunca pensou em ir para lá, não sabe o que está perdendo!
O Irã foi um dos países mais incríveis em que eu já pisei. Vários amigos diziam isso e eu achava que era meio romantismo de um lugar pouco acessado. Mas é de fato uma experiência fantástica pela beleza, história e o povo mais acolhedor que já conheci. Animou?
1- O Irã é seguro, inclusive para mulheres que viajam sozinhas
Esqueça toda a imagem de que o Irã é perigosíssimo, cheio de extremistas, terroristas e outras bobagens que você viu na TV. Na vida real o país é um mar de tranquilidade, especialmente se comparado ao Brasil. Ninguém pensa em violência urbana ou guerras. Mal vimos polícia, ninguém nos alertou de algum perigo e andamos por toda parte, mesmo de noite, com câmera na mão e sem medo.
Também não me senti mal, como mulher, em nenhum momento. Ninguém ficou me secando nem tentando me comprar do meu marido, ao contrário de outros países com maioria muçulmana como, por exemplo, o Egito. Na verdade, embora muçulmanos, os iranianos não são árabes, são persas com muito orgulho. A diferença se reflete também no tratamento às mulheres.
De modo geral, elas são bastante independentes e respeitadas. Claro que há famílias super conservadoras e opressoras, mas muitas outras, especialmente nas cidades maiores, ainda mantém o comportamento mais secular que tinham antes da revolução político-religiosa. Ainda que haja muito controle dos “costumes”, a vida dentro das casas é bem diferente, o que fica para outra conversa.
Assim, apesar de eu ter viajado com o Gabriel, eu tenho certeza de que é tranquilo uma mulher viajar sozinha pelo Irã. Você pode ver aqui nesse post do Mulher na Estrada a experiência da Fernanda, que foi sozinha.
Se existem pessoas radicais por lá? É possível, porque existem malucos em todo lugar, não é mesmo? Mas ninguém se apresentou para nós, nos ameaçou ou aliciou para alguma organização secreta. Aliás, já fique sabendo que embora o país seja teocrático, nem todo mundo é muçulmano, nem todo muçulmano é praticante, eles não odeiam os EUA e a maioria esmagadora das pessoas é simplesmente gente como a gente, que quer arrumar emprego, encontrar o amor, curtir a vida e ser feliz. Pode viajar para o Irã sem medo!
2- Como Tirar Visto para o Irã
Brasileiros precisam de visto para entrar no Irã. Pode ser tirado com pelo menos 15 dias de antecedência da viagem pelo processo online da embaixada, ou lá na chegada ao aeroporto. O Visa On Arrival (visto na chegada) só pode ser obtido nos principais aeroportos, como o de Teerã, ou seja, se você for cruzar alguma fronteira terrestre de trem ou ônibus, como a da Turquia por exemplo, precisa obter o visto antecipadamente.
Eu fiz o visto na entrada e achei o processo muito simples. Exigem um passaporte válido por no mínimo 6 meses e com duas páginas em branco, uma foto 3×4 (embora eles copiem a do passaporte, é melhor garantir), reserva em hotel para pelo menos as 2 primeiras noites, passagem de volta, um seguro viagem válido para o Irã e pagar a taxa, que varia conforme o país, mas para nós brasileiros é de 80 euros (em 2019).
Importante dica para quem quer viajar para o Irã: leve todos os documentos impressos, especialmente o seguro, onde deve constar claramente que é válido para o Irã. Eu não levei impresso e apesar de mostrar no celular a apólice que cobria o mundo todo, entenderam que isso não era válido. Na verdade é uma pequena malandragem deles. Eu pude entrar, apenas tive que pegar uma outra fila e comprar um “seguro válido”, ou seja, tiver que pagar 16 euros por algo que eu já tinha.
O visto é de 30 dias. Se for ficar mais tempo, peça o visto antecipadamente.
Assim que descer do avião já vai ver placas indicando o balcão para o Visa on Arrival (VOA), é só entrar na fila, que costuma ser pequena porque o turismo no Irã ainda é pouco, preencher um formulário com seus dados pessoais, roteiro e o endereço do seu hotel para as primeiras noites, entregar no guichê e esperar. Em uns 15 minutos te chamam, podem perguntar algo ou não e voilá… te entregam o passaporte com um visto enorme colado nele. Depois de viajar para o Irã você pode ter problemas para entrar nos EUA e em Israel, infelizmente. Eu ainda não fui nem para um nem para outro depois de lá, mas parece que só complica se você for logo em seguida ou até 6 meses depois.
3- Que moeda levar para o Irã e quais formas de pagamento são aceitas
Como você deve saber, o Irã vive um embargo econômico capitaneado pelos EUA que nunca superaram um probleminha com eles dos anos 70. Por causa disso, as empresas de cartão de crédito não podem trabalhar por lá. Você não vai poder sacar nem pagar nada com cartão, nem o que conseguir reservar pela internet. Tem que levar cash, bufunfa, dinheiro. E não qualquer dinheiro: euros, porque dólares não são aceitos.
Então o negócio é preparar o cuecão… Rá-rá. Não, brincadeira. O Irã é bem barato e você não vai precisar levar nenhuma fortuna, exceto se quiser fazer umas comprinhas. (E tem muita coisa linda para comprarmos! Sem falar nos tapetes persas…)
Para dar uma ideia, gastamos em média 35 euros por dia em 2 pessoas com hospedagem, alimentação em bons restaurantes, entradas nas atrações e todo o transporte interno, sem muita economia. Nós ficamos muitos dias em casas de família (veja abaixo), mas se você for passar todos os dias em hotéis de razoável qualidade, pode considerar 40 euros por dia por pessoa que dá. Se você preferir, pode levar um pouco mais para ter uma margem de segurança. Azulejos, cerâmicas, doces e enfeites custam barato. Já um tapete persa lindo, original e grande custa cerca de 800 euros. Os pequenos custam a partir de 200 euros.
Recentemente o Irã lançou um tipo de cartão pré-pago para os turistas não ficarem circulando com tanto dinheiro, o Mah Card. É preciso solicitar o cartão online e eles te entregam no hotel. Você pode fazer transferência do dinheiro pelo site ou levar e pagar quando receber o cartão. O cartão é carregado na moeda local. Se não for gasto tudo, eles te devolvem em euros.
Eu não usei o Mah Card, até porque não comprei nada e gastei pouco, então preferi evitar conversões que sempre comem um pouco do dinheiro. Andávamos com o dinheiro e os passaportes em um compartimento interno da mochila e foi bem tranquilo. Se alguém já usou o cartão, por favor conta como foi!
Existem casas de câmbio em todas as cidades turísticas e são bem seguras (mas sempre conte tudo antes de sair). Trocamos dinheiro somente no aeroporto e em Teerã, numa casa de câmbio que um dos nossos hosts nos levou.
4- A louca moeda do Irã
Depois que trocar os euros você vai ter que lidar com a loucurada da moeda do Irã e, como se já fosse pouco nó no cérebro, tem que lidar com os números persas que não seguem o numeral romano.
A moeda do Irã é o Rial e um euro equivale a cerca de 45mil rials (em 2019). Aí, para não ter que lidar com tantos zeros, os iranianos simplesmente inventaram uma outra moeda com menos zeros, não oficial, chamada Toman e cada toman que equivale a 10 rials. Às vezes você vai ver um preço em rial, mas 90% das vezes o preço vai estar em toman. Então quando você vir, por exemplo, uma placa de 2000, isso é toman e o preço é 20.000 rials. Se vir apenas 2 ou apenas 20 isso também significa 2000 toman ou 20.000 rials. É doido, mas aos poucos a gente se acostuma. Se ficar confuso, pergunte o preço em rials.
Para nos ajudar com ônibus, localizações e com preços, olhávamos no celular uma foto dos números, mas depois de uns dias também decoramos tudo.
5- Dicas para quem quer viajar para o Irã: seu hotel vai ficar com seu passaporte
Os hotéis iranianos tem uma regra de pegar o seu passaporte na chegada e só devolver no dia de saída. A princípio achamos esquisito e ficamos preocupados com os passaportes em pastas num arquivo ou na recepção mesmo. Nunca ouvimos nenhum caso de problemas, apenas ande com uma cópia do passaporte e visto por garantia.
A gente se incomodava e sempre pedia os nossos de volta, mas eles resistiam. Diziam que era a lei e só uma vez devolveram. Eu não entendi qual é a lei até hoje, mas a maioria das pessoas deixava o passaporte numa boa.
6- A Internet não é livre no Irã, mas o chip para celular é barato e funciona
A internet no Irã não é livre e você pode ter dificuldades para acessar alguns sites e redes sociais (Facebook e Twiter são bloqueados, o Instagram e emails são livres) se não usar um VPN. O VPN é, simplificando bem, um serviço que esconde a sua localização, de modo que os bloqueios não funcionam. O melhor é baixar um VPN antes de chegar no Irã. Recomendo o Express VPN que usamos tanto no Irã quanto na China e sempre funcionou. Ele tem um período gratuito e depois é cobrado, mas existem vários VPNS gratuitos.
Ao chegar no Irã, compre um chip local. Pergunte e uns 500 iranianos vão te ajudar a encontrar onde vende. É necessário levar o passaporte. Usei o da Irantell que custou 200.000 rial, algo em torno de 4 euros, por ligações ilimitadas e 3 gigas de internet. Se precisasse de mais internet era só recarregar. Funcionou em todos os lugares, até no deserto.
7- Turismo no Irã: como se vestir
Uma das mais importantes dicas para quem quer viajar para o Irã é como se vestir. Todo mundo deve seguir o código de vestimenta, inclusive quem está apenas fazendo turismo no Irã. Não tem burca não, fique tranquila!
Homens não podem usar bermudas nem regatas e mulheres tem que cobrir as pernas até o tornozelo, os braços até o cotovelo, a bunda, o topo da cabeça e, em resumo, disfarçar as “formas”. O que pode: sandália, calça skinny, legging, cinto, roupa acinturada e até justa, desde que cubra a buzanfa, não seja transparente e nem coladérrima.
Para os homens só é meio chato no verão, mas para as mulheres é chato sempre. No inverno é bem mais simples, um casaco longo e lenço na cabeça resolvem. Mas no verão, quando eu fui, tanta roupa é uma sofrência. Muitas mulheres usavam camisas longas de tecido leve como são comuns aqui no Brasil também, mas a maioria usava um manteaux que é um tipo de blusão que a gente veste por cima das camisetas/regatas/calças justas e pronto, está dentro da lei. Meu mochilão para minha viagem longa era bastante restrito, eu tinha apenas uma túnica e um vestido que usei por cima da calça pra quebrar um galho, então segui as locais e comprei um manteaux, o que aconselho muito pela praticidade.
Os manteaux são vendidos em todos os lugares e custam cerca de 8 euros. Comprei um de linho bem leve, todo diferentão. Só sofri quando fez mais de 40 graus, mas depois que comprei as velhinhas começaram a me olhar feio e as pessoas a falarem comigo em farsi, então acho que mandei bem.
Por fim, o lenço na cabeça, véu ou hijab, é obrigatório para todas nós, o tempo todo. Para você ter uma ideia, quando o comandante informou que entramos no território iraniano a mulherada, que estava bem à ocidental, começou a vestir seus manteaux e lenços. Ninguém desembarca se não estiver vestido conforme a lei. Vi gente fazendo conexão em Teerã com uma jaqueta na cabeça! Achei meio doido ver as pessoas se arrumando já no “céu”, mas no embarque avisam as regras. O olho do comissário quase saltou para fora quando me viu de short e regata. Ele disse que eu não podia viajar assim e tive explicar que vinha da Indonésia e por causa de uma confusão da própria companhia não deu tempo de trocar de roupa, mas que ia trocar no avião. Tive que mostrar a muda de roupa.
Eu não me incomodei muito com o lenço, tava me achando meio fashionista até. Em Teerã a mulherada é toda modernosa, especialmente as jovens, que usam o véu cobrindo só o cocoruto e deixando à mostra a frente do cabelo. Mas nas cidades do interior, não. Fique meio atenta se o véu cair, porque em tese você pode ser levada à uma delegacia se estiver sem. Na prática vão apenas te mandar arrumar.
Existe uma roupa que deixa somente o rosto descoberto e que normalmente é preta chamada chador. O chador você vai ver bastante, mas ninguém espera que você as vista, inclusive consideram ofensivo. Nas mesquitas eles pedem para as mulheres usarem e tem para empréstimo nas entradas. É um pano enorme que você tem que segurar sobre o corpo como nessa foto abaixo em que estou linda demais. Rá-rá.
Em uma pousada familiar que ficamos deixavam as hóspedes circularem sem hijab, mas nos demais hotéis é preciso usar véu nas áreas comuns. Nas casas das pessoas ninguém usa véu e as roupas são normais. Todo mundo troca de roupa assim que entra em casa, você vai ver que as lojas vendem de tudo.
Não à toa as iranianas são as rainhas da vaidade. Como estão sempre cobertas, investem no outfit. Uma amiga tinha mais de cem lenços, todos impecavelmente passados e pendurados perto da porta para ela escolher na hora de sair. Eu me senti meio mal às vezes porque minhas roupas já estavam velhas e às vezes nem combinavam, mas era o que tinha no momento.
Agora, eu tive mesmo é que encontrar minha pouca make perdida na mala, porque todas andam sempre montadas. Como disse a dona dos cem véus, “só podemos mostrar o rosto, tem que estar perfeito”. E dá-lhe maquiagem! Se você gosta, pode usar bocão, olhão e delineador desde as 7hs da manhã! Dê uma olhada aqui e aqui para ter uma ideia de looks por lá (sim, tem blogueirinhas iranianas!)
8- Melhor época para visitar o Irã
As melhores épocas para visitar o Irã são a primavera, entre março e maio e o outono, entre setembro e novembro, quando as temperaturas são amenas, ainda que variem entre deserto e montanha. No ano novo iraniano, que acontece entre março e abril (varia em cada ano), fecha tudo e pode ser difícil fazer turismo no Irã.
O verão, entre julho e setembro, é bem quente. Fui no fim de agosto e peguei vários dias com 40 graus. Tinha até uns esguichos de água pelas ruas de Teerã. Nas cidades mais perto do deserto, como Kasham, não dava para fazer nada entre 13h e 16hs. Nesse horário a gente ficava como os iranianos: deitados nas almofadinhas dos restaurantes tomando sorvete. Em compensação, as cidades fervem quando anoitece, tudo fica aberto até bem tarde.
No inverno faz bastante frio e na região de Tabriz neva e tem até uma famosa pista de ski.
9- Como viajar pelo Irã
O trânsito em Teerã é caótico e o melhor é circular com o moderno (e fácil de usar) transporte público. O metrô leva à praticamente todas as atrações da cidade. Tanto metrô quanto ônibus tem vagões separados para homens e mulheres, estes indicados por um desenho de véu. Não sabíamos e entramos num vagão feminino do metrô. Todo mundo ficou olhando pro Gabriel, porque os homens não podem viajar neles, mesmo que acompanhando uma mulher. Então nós descemos na outra estação e entramos no masculino, onde as mulheres podem viajar. Nos horários de rush o lado masculino é sempre super lotado e o feminino não, mas achei de boa andar no masculino.
Táxis usam taxímetro e não são muito caros. Um táxi do aeroporto ao centro de Teerã custa aproximadamente 20 euros. Tem um aplicativo igual ao Uber chamado Snapp. Não consegui baixar, mas usei algumas vezes que amigos pediram para nós.
Já entre as cidades você pode alugar um carro se quiser flexibilidade. Nós viajamos sempre de ônibus. São bons, comar condicionado, paradas boas para comer e ir ao banheiro e são baratos, sempre menos de 10 euros. Fizemos uma viagem noturna, de Isfahan para Shiraz e também foi boa e segura, só achei ruim porque tinha que ficar de véu!
Minha dica para quem quer viajar para o Irã é começar por Teerã e pelo norte (se quiser montanhas) e depois descer para o sul porque os ônibus que voltam de Kashan e Isfaham param no aeroporto de Teerã, que fica no caminho. Como a maioria dos vôos internacionais são de noite, fica bem prático e barato.
10- Banheiros Turcos ou Asiáticos
Uma importante dica para quem quer viajar para o Irã é que a maioria das casas e dos restaurantes mais tradicionais iranianos só possui o banheiro conhecido aqui como modelo turco ou asiático, cujo vaso sanitário é rente ao chão e a gente precisa ficar de cócoras para usar.
Depois de 10 meses na Ásia eu já estava mais do que acostumada, mas sei que é um problema para muita gente. Tente relaxar, afinal dizem que é o melhor para a saúde. Dica: use sempre o chinelão que eles deixam na porta para manter o ambiente limpo.
11- Os iranianos são o povo mais simpático da Terra – fique na casa deles!
Sim, eles são! Todo mundo quer conversar, servir chá, contar coisas, saber do Brasil. Fazem as mais diversas e particulares perguntas sem constrangimento, mas é tudo numa boa. Mesmo que você seja mais introspectivo como eu ou desconfiado como o Gabriel, relaxe porque é tudo muito natural para eles, sem golpes, apenas querendo se aproximar.
Sempre perguntavam qual a imagem do Irã para nós. São super orgulhosos de sua história e ficam muito chateados por serem genericamente rotulados como perigosos, terroristas, excluídos do mundo. Se esforçam para que a gente tenha uma boa imagem do país. Eu nunca vou esquecer do carinho de pessoas na rua, de gente que vinha nos dar doces, nos contar sobre os lugares, nos ajudar com tudo. Minha imagem deles é, sem brincadeira, do povo mais simpático da Terra.
Um exemplo disso é o prazer que eles sentem em nos hospedar. Coloquei no couchsurfing (site que liga pessoas que tem um espaço com pessoas que precisam de um lugar para dormir) que estaria no Irã e recebi, sem nem pedir nada, mais de 30 ofertas de hospedagem e milhares de pedidos de amizade. Nos hospedamos com pessoas maravilhosas, fomos a jantares na casa de amigos deles, fomos guiados por atrações e restaurantes. Sério, reserve pelo menos uma cidade para se hospedar na casa de um iraniano. Isso é que é uma boa dica para quem quer viajar para o Irã!
12- Proibidão no Irã – Carinho em Público, Álcool, Gays, Cachorros, Divórcio, Sexo
No Irã é proibido fazer demonstrações de carinho em público. Não pode beijinho, nem no rosto, nem abraços, nem nada. Umas poucas pessoas ousam andar de mãos dadas. Dançar e cantar em público, embora não seja “carinho”, também não pode e é engraçado como as pessoas ouvem música no talo dentro dos carros, com todas as janelas fechadas e de vez em quando soltam uma dancinha involuntária num restaurante quando toca uma música boa.
O homossexualismo também é crime, sendo o Irã um dos poucos países que ainda mantém a pena de morte por causa de orientação sexual. Há muito tempo não tem execuções, mas não deixa de ser bizarro. Sim, existem gays no Irã. Não são abertamente e não fazem nada que possam comprometê-los, mas estão lá, vivendo a vida. Não posso afirmar com certeza, mas acho que é tranquilo viajar para lá sendo gay porque já que ninguém pode se tocar em público e ninguém pergunta sobre isso, ninguém nem vai saber sua orientação sexual. Mas você tem que ser disposto a conhecer esse lugar apesar da homofobia forçada pela religião e viajar na discrição…
Também vi mulher divorciada bem sucedida e feliz, casal não casado morando junto, leitor de tarô, ateus, e ainda conheci uma família que tinha um cachorro. Tudo proibidão. O cachorro não podia sair na rua, mas curtia a vida no quintal.
Perguntei num dia em que saí com amigos como eles faziam para se conhecer e namorar, se eles (desconhecidos) não podem conversar em público. Me contaram tranquilamente que fazem festas em casa e sempre aparecem pessoas novas. Nas festas rola churrasco regado à… muito álcool feito em casa! Pois é, não tem álcool em lugar nenhum do Irã, exceto na casa de todo mundo. O melhor, segundo eles? Não tem bafômetro.
E viva as pessoas que acreditam que devem quebrar barreiras e serem felizes. Faça o mesmo e vá para o Irã! (mas siga as leis e seja respeitoso sempre)
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